segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Adeus aos 26 anos! Viva meus 27... E felicidades pro amigo!

Então é hora de me despedir dos meu 26 anos, faltam pouquíssimas horas, um pouco mais de uma precisamente, para dar adeus a um período da minha vida que para sempre irei lembrar e que talvez tenha sido fundamental para perceber que era preciso algumas mudanças, principalmente mudar que sou...

É impossível não reviver cada dia destes último doze meses, afinal ele foi intenso e pareceu que desde o inicio seria de perdas e despedidas... Chorei no primeiro instante em que as horas me fizeram aniversariar, me senti sozinho em meio a tantos olhares, me faltou acreditar que ainda podia ter o amor de quem tanto desejei... Horas depois voltaram as lágrimas, era meu pai quem me fazia voltar a chorar, parecia ignorar o fato de que era meu aniversário, e demorou muito a me parabenizar...

Um ano inteiro, contado por meses contrários, desenhado por um outono que semeia na primavera o verão... Risos, silêncios, mudanças, sentimentos, a morte e por fim a paixão... Tudo tão vivido, que é possível enxergar as marcas das transformações... O inverno se despedia entre um vento frio e uma garoa suave quando meu pai se foi, sim, as folhas começavam a cair no mesmo instante em que as lágrimas escoavam em meu rosto... A morte visitara-me e levava consigo um pedaço de quem sou... Não existe raiva, não existe tristeza, apenas saudades e muito amor... E o que parecia apenas o ano de desgraça, se desvendou em uma completa renovação de amor.

E o cheiro de terra molhada, fez brotar uma vida nova, o inicio de uma construção de um novo “eu”... E mesmo com a saudade sufocando, fui aprendendo a desenhar a felicidade nas folhas ainda molhadas, me permitindo a dar novos passos, e lentamente voltar a sonhar...

Mas o destino ainda não estava satisfeito, falta algo para me fazer realmente feliz, e completamente generoso, me mostrou que é possível viver um amor, basta apenas acreditar... Tornou-me livre de todo o passado que me prendia e livre eu pude voar.

E foi voando que entendi que é possível viver sonhando e que o “Era uma vez” pode se realizar... Conheci na simplicidade uma nova paixão e com ela comecei uma história que só me faz continuar a sonhar, a realidade em forma de carinho, cumplicidade... Um pedaço novo de mim que não quer nunca acabar.

Os 26 anos estão ficando para trás, uma nova idade começa a chegar, mas agora sem medo, enfrento a vida, lido com as mudanças, e agradeço à Deus pela oportunidade de poder recomeçar.

No entanto não termino aqui falando de mim, não! Uso as últimas linhas para desejar felicidades a um amigo, diferente de todos, um do tipo que não mente e faz questão de criticar meus passos “errados”, e que mesmo eu insistindo não estar “errado” ele teima em não acreditar.

Amizade é por muitas vezes um engano, mas quando se acerta é preciso cuidar... Então é agradecendo, mas que desejando, que parabenizo ao meu amigo Angelo pela nova idade que acabou de completar!

domingo, 17 de outubro de 2010

Motti.

E de repente te encontrei,
Como um passe de mágica tu parece ter saído dos meus sonhos
E cruzado meu caminho.
Provocando meu desejo,
E me despertando a paixão.

O gosto doce do primeiro beijo,
Preso em seus braços,
Eu me desvencilhava do sonho,
E experimentava o que podia ser apenas ilusão.

Mas a felicidade pouco à pouco foi se mostrando real,
E eu cada vez menos cauteloso em vivê-la,
Enfrentando o medo com verdade,
Descrita em cada novo sentimento que brotava.

O tempo ainda é pouco,
O gostar é enorme,
O medo ainda presente,
E a vontade de ser eterno, não tem fim.

Um beijo,
Um cheiro,
Um toque,
Um lugar ou desejo,
Tudo me remete a você.

(Cartas ao vento – Leonardo Kifer)

domingo, 10 de outubro de 2010

Às vezes... Sempre!

Lentamente as flores começam aparecer, ainda é possível sentir frio, no entanto torna-se quase natural se acustumar com o calor, que pouco a pouco começa chegar... É primavera no hemisfério sul, mas ainda sinto como se estivesse no outono quando as lágrimas descontroladas teimam em cair... Diferente quando paro e observo a vida palpitar por fora do meu peito.
Longe do cenário das folhas mortas, vejo minha imagem refletir sobre a água ainda límpida de um rio transpassado de lembranças. A distância entre a solidão e o finito é apenas um vazio disfarçado quase sempre em sorriso.

O belo que enfeita a vida perde o encanto quando visto de perto... É o mais do limite, a luz que ainda ultrapassa a escuridão.

E o amor, ainda é esperado, mesmo que não venha, ainda é a solução.

(Incoerências – Leonardo Kifer)