sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O menino...



O menino
E todas suas confusões.
Procura o caminho,
Mas sozinho,
Não tem direção
Homem, e todas suas preocupações
Amores e espinhos
Um caminho, a mesma direção
Homem e menino
Um só
Duas faces, uma vida
Um leque de caminhos
E ele, só
Idade de menino,
Um corpo imaculado
Caminha o homem,
Sem espinhos
O menino
Só...
(Menino, Homem, só... - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Poema bobo pra um amor mais bobo ainda...



Eu queria um beijo,
Mais com vergonha não pedi,
Não ganhei,
Não roupei.
Voltei pra casa na chuva,
Sem beijo.
Sem ninguém.
Eu parecendo um menino apaixonado,
Escrevendo cartinhas,
Ficando vermelho por um beijo que não ganhei.
(Poema bobo pra um amor mais bobo ainda - Leonardo Kifer)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Antes que eu falasse de ti...



E antes que eu falasse de ti para qualquer um,
Tu se apresentou-se,
Disse o que queria,
Explicou o que fazia,
E se despediu antes que se quer eu pudesse falar.
Foi tudo tão rápido,
Que teu rosto nem ficou em minha lembrança,
Tua voz era confusa,
Porque de tantas coisas ditas,
Pouco eu pude escutar.
E eu que só tinha teu cheiro,
Jamais pensei que um dia fosse te reencontrar,
Logo tu que pra mim não tinha face, não tinha voz.
Mais o destino arteiro,
Trouxe com o vento teu perfume
Ao encontro de minhas lembranças,
E antes que eu fosse até ti,
Tu viestes até mim,
E juntou teu rosto ao meu,
E falou baixinho ao meu ouvido que nunca mais iria me deixar.
E antes que eu falasse de ti para qualquer um,
Tu me beijou.
E disse que pra sempre eu era teu.
(Antes - Leonardo Kifer)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Contradição...


Nem sempre é bom dizer ao mundo que jamais voltará a amar uma outra vez,
Pois quando a gente menos espera, podemos começar a nos contradizer.
Ontem eu tinha a certeza de que ninguém me faria suspirar novamente,
E hoje apareceu você.
(contradição - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Noite no rio...



Um tiro na noite,
Abafa o sorriso de uma nova manhã.
Dormir pensando em como será o amanhã,
Acordar e descobrir que não acontece.
Perceber que a violência é o único passado que se torna presente,
E que é o motivo de preocupação do futuro.
Que teme a tirania do homem, e que tem medo do escuro...
E o futuro parece ficar no presente.
Pra uns que não temem o espaço do crepúsculo
E outros que simplesmente andam em cima do muro.
Alguns sentirão o frio da eterna madrugada,
Fugindo da música que embala à noite,
E descansando no silêncio que não existia nas guerrilhas...
Da paz, nem a pomba,
Do tiro? Uma continuação.
Que assusta o sol que espera o fim da noite para nascer.
(Noite no Rio - Leonardo Kifer)

domingo, 26 de outubro de 2008

Tragédia no circo...



Apaguem as luzes,
Porque hoje não é dia de espetáculo,
Gritou o palhaço de longe.
E todos da platéia gargalharam de cair no chão.
Mas é bem verdade que o palhaço falava sério,
Era pra todos deixar a arquibancada,
Porque o picadeiro iria continuar vazio,
No circo não teriam atrações.
Só que como ninguém acreditavam no palhaço,
Ninguém deixou seu lugar,
E o que seria o fim,
O inicio tratou-se de se transformar.
O palhaço não fez palhaçadas,
Só tentava explicar o por que do circo esta noite não funcionar,
A platéia sem levar a sério,
Não poderia acreditar,
Que aquilo não fazia parte do show.
Todos riram com a noticia da morte da mulher barbada,
Ainda mais por saberem que se cortou com um barbeador,
E o que antes não era espetáculo,
Sucesso se tornou,
E muito aplaudido o palhaço serio foi.

(Tragédia no circo - Leonardo Kifer)

sábado, 25 de outubro de 2008

Cadê você?


Essa noite eu briguei com a lua,
Joguei pedra pra derrubar algumas estrelas,
Reclamei da minha própria sorte.
Não sentir sequer o frescor da brisa.
Vaguei sozinho por uma rua sem fim.
A procurar você,
Perdido no mundo,
Sentindo frio.
Essa noite eu tirei pra te encontrar,
E esperar ao teu lado o sol nascer,
E junto a ti dormir,
Longe das estrelas e da lua que por ti deixei.
(Cadê você - Leonardo Kifer).

Chega de esperar pelo amor...

Esta definitivamente decidido que de hoje em diante
Não buscarei mais o amor.
Deixe que ele venha sozinho,
Que me siga pelas ruas que eu andar,
E se tiver vontade me grite,
E peça para eu o esperar.

Chega de implorar migalhas,
E farelos de amor,
A quem não sabe dividir um pão.
Chega de tardes de tristezas,
Em casa sozinho,
Derramando lágrimas no chão.

É hora de seguir em frente,
E me achar em todas as direções,
Entender que na vida,
Nem tudo é feito de belas canções.

Vou me brincar com o vento,
Como um eterno menino que esqueceu de crescer,
E quem sabe um dia,
Antes que eu perceba,
O amor aconteça.

Feito uma chuva de verão.
Pipa no alto,
Céu azul,
E eu sempre caminhando,
Sem me preocupar com as migalhas jogadas no chão.


(Chega de buscar alguém - Leonardo Kifer)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ser filho...


Ser filho.


Quem foi que disse que ser filho é fácil estava completamente abandonado em um orfanato e sem expectativa alguma de ser adotado. Acho que ser filho é uma tarefa que só os mais persistentes conseguem exercer sem a ajuda de um bom psicanálise.Entre todas as desventuras que já vivi, nenhuma se compara ao dia que sai de casa para morar sozinho, enquanto todas as pessoas ao meu redor estavam mega satisfeitas porque eu estava dando um novo passo em minha vida, meus pais eram complemente contra a minha decisão. Meu pai dizia que eu iria virar um drogado, e logo estaria anêmico e seria um alcoólatra. Minha mãe por sua vez dizia que eu iria abandoná-la, que não a amava e por isso estava deixando minha casa. Após notificá-los de minha decisão só fui realmente deixar a casa de meus pais um mês depois, quase que fugido e sem ouvir sequer um “vá com Deus” da parte dos dois. No decorrer de minha mudança todas as ligações que eu fazia para os dois eram quase que um interrogatório policial, onde as primeiras perguntas sempre eram: “Você esta usando drogas? Tem feito festa com amigos drogados? Algum tipo de orgia sexual? Tem se alimentado bem?...”. A ligação terminava sem que eu pudesse sequer dizer algo que não fossem as respostas das perguntas feitas.Um ano após minha mudança eu ainda continuava a ser interrogado por meus pais, mais agora sofria a grave acusação de ter me esquecido deles por não ir visitá-los em todos os finais de semana. Mesmo indo para lá e passando o dia em casa sozinho, uma vez que ambos saiam e não me convidavam.Agora que precisei voltar a morar com eles, sofro com o mimo excessivo de minha mãe e os freqüentes esporros de meu pai. Voltei a ser tratado como criança.


(Ser filho - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Aos poucos.



Então quando parece que segurar o choro já não é mais possível,
Tu apareces,
Com um jeito tímido,
Que pouco á pouco vai conquistando seu lugar,
E quando menos se espera estas ao meu lado,
Andando para a tarde passar.
Então o que antes seria lágrimas,
Parece se transforma em sorrisos...
E a timidez vai deixando de ser empecilho,
Para que uma amizade possa nascer.


(Aos poucos - Leonardo Kifer)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amigo.


Às vezes encontramos pessoas em nossas vidas,
Que simplesmente preenchem espaços.
E outras que são necessárias, fundamentais...
Amizade talvez seja o mecanismo mais difícil de ser operado em nossas vidas.
A escolha de um verdadeiro amigo,
É complicada,
Pois não estaremos escolhendo mais um apenas para preencher lacunas.
Mas sim a pessoa que queremos que esteja em todos os momentos de nossas vidas.
Afinal de contas, amigo não é aquele que esta ao seu lado quando esta se divertindo,
pois sorrisos acabam...
E nem é aquele que esta ao seu lado na hora ruim.
Não, porque assim como uma boa diversão,
as horas ruins também são passageiras.
Amigo é aquele que esta com a gente em todos os momentos.
Que te dá conselhos (Mesmo que as vezes estes não te sirvam pra nada),
Que escuta tuas lamentações madrugada a fora,
Que reclama quando sua atitude não é a mais sensata.
Que briga, e fica sem saber o que fazer longe de ti.
Que chora quando não suportar a dor de te ver chorando...
Amigo se preocupa com teu futuro,
E não deixa você se desgraçar no presente.
Teu amigo talvez possa ser o oposto de ti,
Mas é igual quando quer teu bem...
As vezes é necessário um espaço,
Um silêncio entre vocês.
Mas isso não significa que vocês ficaram mais ou menos amigos.
Você é o irmão que foi escolhido,
Não de sangue, mas sim de alma...
Não penses que caso teu amigo arrume outras amizades você perderá teu posto,
Pois este ninguém jamais mexerá...
Não deixe uma amizade acabar por bobeira,
Afinal de contas amigo de verdade é pra sempre,
E não por vagos momentos de tua vida!
(Amigo - Leonardo Kifer)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Poema pro dia nascer melhor...


Era somente uma brincadeira quando resolvi que precisava mudar,
Mudar minha história,
E me deixar sonhar...
Foi quando resolvi acrescentar em minha receita
Alguns novos temperos
Acrescentei você,
E minha vida mudava de paladar,
Mas ainda faltava mais
Foi quando percebi que faltava o mar,
O mar não é um tempero que se usa sozinho,
Daí trouxe com ele a lua,
Que trouxe consigo a beleza da noite,
Noite que começa a ficar fria,
E precisava de um calor,
Vc ainda tremia quando juntei as madeiras,
E improvisei uma fogueira,
Para junto com ela te aquecer
Porém ainda faltava algo,
Até que surgiram lindas estrelas,
Que chegaram sorrateiras,
E mesmo não convidadas se tornaram aceitas
E fizeram daquela noite,
A mais perfeita.


Eu, você, o mar, a lua, uma fogueira e quem sabe venham as estrelas...
(Leonardo Kifer)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Secando Lágrimas...


Hoje eu preciso de um lenço,
Pra secar lágrimas que não pude conter,
E esconder emoções e sentimentos que ainda não sei como lidar.
Hoje eu preciso ficar sozinho,
Não falar e ver ninguém,
Ouvir música baixinho,
Tenta dormir e sonhar.
Hoje eu só quero esquecer toda essa tristeza,
Que sinto desde que partiu,
Indo embora sem sequer dizer adeus.
(Secando lágrimas - Leonardo Kifer)

domingo, 19 de outubro de 2008

Enfim 25 anos...


Eu havia planejado escrever sobre isso, mais por outros motivos irei falar sobre amor.
Amor do mais puro e simples, sem excessos e sem traições. Pois isto sim é amor...
Dizer eu te amo é fácil, muitos dizem isso quase constantemente, mais poucos realmente sabem o que de verdade é amar.
Eu não me julgo um conhecedor do amor, e quando falo em “amor” expando ele para todas as suas formas, do mais puro amor de pai e filho ao amor carnal de homem e uma mulher. Eu não sou bom com sentimentos, pois vira e mexe ensaio um jeito novo para amar. Mais apesar de ser tão inexperiente eu tento de tijolo em tijolo construir uma casa sólida, minha, para que eu possa com concretude viver um grande amor e conviver harmoniosamente com os que já tenho.
Então muito cuidado quando disser para uma pessoa que você a ama, porque talvez você ainda esteja ensaiando um jeito novo de amar.
Agora que acabo de completar 25 anos a menina Eloá de apenas 15, perde sua vida por um amor que egoísta de um jovem que foi capaz de mantê-la presa em cárcere privado por mais de 3 dias, para no fim atirar contra a amada, tudo em nome do amor. Um amor que agride, que machuca e mata.
Quem sabe ela antes de morrer não tenha se dado conta de que não nutria por ele o amor e sim uma paixão (que pode ter acabado) ou qualquer outro sentimento... Talvez assim esse crime tão bárbaro não tenha acabado com um amor verdadeiro, já que foi vítima de um assassino, egoísta, que não ama ninguém além de si, pois se amasse verdadeiramente não teria matado e torturado a menina Eloá, afinal de contas o amor é incapaz de fazer sofrer... E espero verdadeiramente que ele seja condenado a prisão por anos e que lá permaneça por toda sua vida, condenado a nunca mais amar.
É com lágrimas nos olhos que completo 25 anos, e daqui a algumas horas, quando estiver assoprando as velas do meu bolo irei pedir que não exista outros Lindemberg’s que usam o “amor” como artifício para suas insanidades e atrocidades, que o amor deixe de ser usado como escudo para barbáries e assassinatos.
Dias melhores aos meus 25 novos anos e todos os outros que eu tiver que completar.

sábado, 18 de outubro de 2008

Adeus 24 anos

A poucas horas de completar 25 anos eu estou aqui deitado no sofá de casa, escrevendo talvez as últimas linhas dos meus 24 anos... Pode parecer que é apenas mais um aniversário, mas não, eu espero tanto para esta nova fase da minha vida que vez ou outra me pego com medo, como agora no momento que escrevo.
Talvez eu não devesse planejar tanto e nem sonhar demais, entretanto, imaginar que hoje eu estaria aqui, deitado no mesmo sofá e sem planos e sonhos me assusta ainda mais, pois não consigo conceber a idéia de viver o hoje sem fazer uma projeção(ainda que utópica) de um amanhã mesmo que esse não chegue.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um dia nublado...


E como é que a gente faz um dia de lagrimas se transformar em uma noite de sorrisos?
É nessas horas em que me faltam as resposta que me sinto mais carente, mais sozinho... É como se a pergunta fosse apenas um alerta para dizer que chegou a hora de deixar de estar só, de encontrar alguém para amar.
Mais é claro que encontrar alguém para amar não é tão simples assim, não se escolhe o dia e a hora certa para o amor, ele simplesmente surge, no momento mais inesperado, no olhar mais inocente e no sorriso mais sincero.
Hoje me falta um abraço, um carinho, um beijo. E me sobram esperanças de que o acaso possa me surpreender a qualquer momento, antes que de novo eu volte a querer chorar.


(Um dia nublado - Leonardo Kifer)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Olhares...

Olhares,
Espelhos para os olhos meus;
Caminho para o desejo,
Um beijo,
Teu corpo, o meu...
Olhares que trazem mistério,
Que desperta e afasta o sono,
Me deixa elétrico,
Com pensamentos incertos
Vontades...
Olhares,
Poses e mais olhares,
Do canto, olhares,
Me fazendo suspirar...
Do reflexo das janelas,
Busco o momento certo
Pra olhar.
A vontade
é pelo reflexo
trocar olhares,
A vontade é de também olhar.

(Olhares - Leonardo Kifer)

Zoe...


As única coisas que me lembro é de uma mulher gritando comigo dizendo que eu era um irresponsável e eu entrando em um carro depois disso não lembro de nada que me remeta ao meu passado.
Me disseram que fui socorrido de um acidente de trânsito e que eu entrei no hospital sem documentos de identificação. Mais eu não me recordo de nada deste dia. É como se eu tivesse nascido exatamente no momento em que recobrei a consciência, tudo que sei sobre mim é a partir de então.
As pessoas daqui do hospital me chamam de Zoe, tenho aproximadamente trinta e dois anos, sou branco, um metro e oitenta e três de altura, olhos verdes, cabelos negros e exatos setenta e cinco quilos. Gosto quando me apresento assim a alguém, faz com que me sinta alguém com identidade própria e não um desmemoriado que vagueia pelos corredores de um hospital cheio de gente estranha e moribunda, em busca de alguém que um dia virá dizer que sou.
Os médicos dos hospitais já me conhecem, e vira e mexe faço visitas a alguns pacientes que já estão internados a bastante tempo. De certa forma eu me sinto como se fosse um membro da família destes pacientes que ficam internados. E como se os outros que só passam por aqui em busca de um atendimento emergencial fossem visitas “indesejadas” por mim confesso, mais que por mais que incomodem elas são quase sempre passageiras.
Amanhã é o meu aniversário, faço um ano de vida como Zoe, e não sei se fico feliz por estar aniversariando ou se choro por não conseguir lembrar quem fui... Afinal a cada dia que vivo esta vida, eu deixo de viver a outra que tive. Hoje eu farei um pedido quando assoprar as velas do meu bolo, vou pedir para deixar de Zoe, e lembrar de mim, dos gritos, do acidente e de tudo que perdi.
(Lembranças de um homem sem memória - Leonardo Kifer)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Problemas com o sono...


Durante muito tempo em minha vida eu nunca tive problemas com sono, mas de uns tempos para cá confesso sofrer de insônia. Claro que no inicio sofri muito com a influencia da internet, que permitia conversar durantes horas e horas com os amigos por mensagens instantânea, mais agora a internet deixou de ser fator chave e se transformou apenas em um passatempo para as horas que se arrastam trazendo consigo o sol da manhã. Estava tudo muito bem, eu compensava a noite dormindo por toda a manhã do dia seguinte, acordando apenas a tarde, não era o certo entretanto esse foi o jeito encontrado para repor o sono necessário. Só que agora enfrento um mal ainda maior e mais cruel do que a insônia, é a Brasília velha do meu vizinho.
Desde que ele comprou essa maldita lata velha eu não consigo dormir mais que 3 horas por dia, vivo caindo pelos cantos da casa, cochilando mais constantemente acordado por esse monstro de rodas e parafusos enferrujados que ecoa um baralho tão ensurdecedor que me enlouquece e faz com que eu deseje a morte do meu vizinho, logo aquele senhor de cabelos grisalhos que desde criança eu adorava mais que hoje tornou-se o meu arqui-inimigo.
E se não bastasse estar sempre me acordando com o “som” estridente de seu carro, vez ou outra quando estou assistindo TV e vou escutar algo muito interessante acabo sendo impedido pela sinfonia de desarranjos da Brasília marrom “coco”.
Ela parece conspirar contra mim, vigiando meus movimentos e esperando que eu vá precisar de silêncio algum momento só para que ela possa interrompe-lo e me levar a fúria, como se isso a satisfizesse.
Mais eu estou decido, ela jamais irá voltar a me incomodar, nunca mais serei acordado por ela, porque amanhã eu irei dormir no quarto dos fundos, fora do alcance desta Brasília miserável.
(A Brasília- Leonardo Kifer)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Naquela foto...


Hoje eu estava remexendo em um velho baú de fotos antigas que já estava esquecido aqui em casa, foi quanto achei uma fotografia com toda minha família reunida. Eu ainda era uma menino quando tiramos aquela foto, mais engraçado que a lembrança daquele dia ainda é tão recente que ainda consigo escutar as reclamações da minha avó para posar para aquela foto. Minha avó já nos deixou, assim como a inocência daquele menino levado e arteiro que fui.
Depois de muitos anos o castelo de areia que cresci se ruiu e grande parte dele já desabou... Constantemente tento reparar algum pedaço que insiste em também cair.
Mais olhar aquela foto me fez ver o quanto foi bom crescer sem conhecer algumas verdades, e seguir em frente descobrindo que obstáculos quase sempre são fundamentais na construção de um caráter.
As saudades fica das pessoas que se foram, dos sorrisos que não voltam, da família enorme que já se desfez.
E como sempre é com a saudade que encontro coragem de viver o que ainda não tive tempo de viver.
(Naquela foto - Leonardo Kifer).

domingo, 12 de outubro de 2008

Feliz dia das crianças...


Tudo bem que estou prestes a completar vinte cinco anos, que sou alto, já estou na faculdade, que não brinco mais de carrinho sentado no chão da sala de estar lá de casa, mais daí a não ganhar nenhum um feliz dia das crianças é uma SACANAGEM! Quem foi que disse que deixei de ser criança?
Afinal de contas ser criança é não é um titulo que se ganha por idade ou por ser infantil demais, pelo contrário, ser criança é alcançar um estado de espírito elevado, que nos permite caminhar por todas as fases da vida e aproveita-lãs intensamente sem medo de receber uma critica ou de fazer errado. Por isso eu protesto: “Eu quero que me dêem parabéns no dia das crianças!”.


(Ser criança - Leonardo Kifer)


*Feliz dia das crianças a todos que escolheram ser felizes.

Alquimia...


Eu sempre digo que é só um poema,
Que não tem nada por trás da poética,
São só palavras,
Sem sentido algum.
Mas de vez em quando
Eu minto,
E uso meus texto para chorar.
Então eu não faço apenas poemas,
Eu omito lágrimas,
E uso as palavras,
Para dar sentido ao que não posso controlar.
E é nas horas que eu minto,
Que eu escrevo a verdade,
E brincando de alquimista,
Vou transformando meu choro em palavras de amor.

(Alquimia - Leonardo Kifer)

Mudanças de tempo...


Mudanças...
É o que espero que aconteça para mim.
Acontecer o novo,
Mesmo que seja de novo,
Mudar é sempre seguir.
Então é pensando no amanhã,
Que brinco com o presente,
E choro quando vejo o quanto já se passou.
O quanto eu mudei.
Que venha a chuva,
Nesta noite de estrelas nubladas,
De lembranças e desejos que se foram.
E que venha com o vento,
O que a de novo para surgir.
Que seja a primavera ou verão,
O outono ou inverno precisam passar.

(Mudanças de tempo - Leonardo Kifer)

sábado, 11 de outubro de 2008

Pesadelo


Foi estranho, demorou um pouco até eu realmente entender que tudo não havia passado de um sonho, ainda que ruim, tudo não passava de um sonho. Repeti isso algumas vezes logo após me dar conta de que nada que eu havia sonhado realmente aconteceu. Mais eu pensei nisso quase o todo.
Eu havia deixado de ser criança e tinha me transformado em um adulto cheio de responsabilidades e deveres, quase sem tempo para perceber o mundo a minha volta, quase sem tempo para olhar pra mim.
Me faltava a liberdade que só uma criança tem de ser o que quiser ser e pensar que não existe diferença entre a realidade e o mundo dos sonhos.
E eu que antes de dormir ainda era uma criança não podia conceber a idéia de ter acordado um adulto, como tantos outros que eu tinha medo de me tornar igual.
Mais eu não vou cansar de dizer que tudo não passou de um sonho ruim, destes que qualquer criança na minha ou em tantas outras idades corre o risco de ter. Mais ficarei mais atento para que minhas futuras escolhas me mantenha menino, mesmo quando o branco de minha barba me fizer avô.
Essa noite eu irei orar antes de dormir, quem sabe assim tenha sonhos melhores.
(Apenas um susto - Leonardo Kifer)

Por enquanto...


Engraçado como quando menos esperamos somos surpreendidos pelo destino. E quando ele quer tudo parece fluir de forma bem linear...
Hoje eu brinquei com o destino,
Meio sem graça confesso,
Mais com segurança que jamais tive.
Espero que eu possa ainda mais,
Mesmo que o tempo se arraste para trazê-lo de volta.
Eu posso esperar,
Afinal trago comigo os sonhos de um menino,
Que aprendeu com o destino,
Que mesmo que demore,
Ele sempre surgirá.


(Enquanto - Leonardo Kifer)


*Agradecimentos mil ao Roberto e a Beth - Amigos sem igual.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Falando sozinho...


Engraçado como eu consigo lembrar exatamente da primeira vez que eu te vi, eu estava sentado de frente para um dos corredores da empresa quando você veio caminhando em minha direção. Alguns dias depois estávamos sendo apresentados e eu viria a te amar logo em seguida. Seria impossível eu escolher um melhor momento ao teu lado, porque foram vários e todos tão bons que optar por um seria deixar de lado tantos sorrisos e coisas inesquecíveis que só pude viver ao teu lado. Mais acabou, o tempo nos levou para lugares diferentes, caminhos que juntos não poderíamos seguir e eu confesso que por mais que inicialmente eu tenha sofrido eu entendi que precisou continuar sem mim. Só o que até hoje não consigo entender foi o porque depois de tantos bons momentos juntos não nos sobrou a amizade, por mais que eu tenha tentado mantê-la. Estranho como eu deixei de te conhecer quando deixamos de nos olhar.

(Falando sozinho - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Espere.


Hoje eu só queria um abraço,
Dos braços que nunca tive,
Um beijo dos lábios que ainda não toquei,
E olhar você de perto,
Em uma primeira vez.
Hoje eu só queria não estar só,
Não me sentir triste,
Sentir teus braços,
Ganhar um beijo teu,
E dormir sobre a vigilância de teus olhos que nunca olhei.


(Imaginando você - Leonardo Kifer)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dom...


Esses dias conheci você,
Você que todos pensam ser louco,
Mas de louco todos temos um pouco.
No fundo você é igual a todos.
Entende de samba,
Bossa nova ele ama,
Caminha aos passos do jazz,
Se prende ao som do blues,
Com os olhos MPB,
Com um jeito de reggae,
E uma alma rock roll.
Um bruxo noviço,
Seu encanto é feitiço.
Um cavaleiro errante,
Um Dom Quixote protestante,
Um bêbado, um bom vivante,
Um poeta, um pensante.
Para muitas mulheres,
Um bom amante,
Para si,
A figura do sóbrio que teme o amor,
Proibindo a si mesmo,
O direito de amar.
Ele tem medo de, mais uma vez, perder quem ama,
De mais uma vez chorar.
Mas o personagem desta melódica,
Precisa entender,
Que por mais que perca as pessoas que ama,
Outras pessoas sempre irão aparecer.
E a tristeza que vira saudade,
Passa a ser lembrança,
O coração esperança,
E um novo amor passa a existir.
(Dom – Leonardo Kifer)
*Dedico este poema ao Diogo Medeiros (O Rato) que foi para que escrevi tais palavras. Um amigo sem igual.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Quem sabe um dia...


Ontem eu estava voltando para casa quando na minha frente vejo acontecer um acidente de trânsito, parei meu carro no acostamento e fui tentar socorrer as pessoas que ali estavam. Eram dois carros que haviam se chocado de frente talvez por conta da má visibilidade da pista, uma vez que era noite e estava chovendo muito forte naquela hora. Das três pessoas que estavam envolvidas no acidente só uma estava viva, as outras duas não suportaram a batida e morreram na hora. O homem gritava por socorro dentro de um dos automóveis, ele pedia para que eu socorresse sua esposa, mais eu não podia fazer nada, ela havia sido projetada para fora do carro e seu corpo encontrava-se estirado a mais ou menos uns 10 metros de onde ele estava junto com a outra vitima. Eu corri até ele na tentativa de ajudá-lo, mais ele estava preso as ferragens e parecia não se importar consigo, o que queria era ajuda para sua esposa. Eu liguei para os bombeiros e pedi socorro, e eles me pediram para não deixar a vitima adormecer, e que eu conversasse com ela até a ambulância chegar.Sentei ao lado do carro que estava de ponta a cabeça, e comecei a conversar com aquele homem, um senhor que lembrava muito meu avô. Expliquei a ele que sua esposa estava morta, ele na hora parou de gritar. Por alguns minutos ficamos em silêncio. Eu estava de cabeça baixa quando ele me perguntou meu nome. Eu disse que me chamava Leonardo, e antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa ele me pediu que eu prometesse a ele uma coisa. Como eu estava completamente nervoso com aquilo tudo eu prometi sem que soubesse antes do que se tratava. Ele olhou pra mim e por alguns instantes não disse nada, ficou ali me encarando como se quisesse realmente ter a certeza de que eu cumpriria tal promessa.E quando já estava ficando incomodado por estar sendo analisado pensei em romper o silêncio, mais antes que eu pudesse fazer ele começou a dizer: “Meu jovem, eu quero você escreva minha história e a compartilhe com outras pessoas”.Na hora eu tentei indagar querendo dizer que não bom com as palavras, mas ele me fez recordar a promessa que eu havia feito minutos antes dele pedir tal coisa.Ele morreu pouco depois de terminar de narrar sua historia, e quando finalmente o socorro chegou já era tarde demais, e eu já havia escutado o fim.Hoje estou aqui, para realizar o último pedido daquele senhor, cujo o nome eu só fiquei sabendo horas depois pela equipe que o retirou das ferragens...Há muitos anos atrás um jovem decide ir para o Rio de Janeiro, ele tinha apenas 16 anos de idade quando decidiu tentar a sorte na cidade grande, deixou para trás a família e se arriscou a conquistar tudo o que sempre sonhou. A chegada no Rio no foi fácil, o dinheiro que seus pais haviam lhe dado era muito pouco para ele se manter aqui, no máximo deu para pagar 3 dias de hospedagens em uma pensão simples e pode comer sem muita fartura em um barzinho próximo de onde estava hospedado. Mais decido a ficar ele não perdeu um minuto sequer de seu tempo, buscou emprego por vários lugares, até conseguir se contratado lavador de pratos de um restaurante em Botafogo, justamente no terceiro dia em que não teria mais o que comer e aonde dormir. E depois de contar sua historia para o gerente ainda conseguiu a regalia de poder fazer as refeições ali e também poder se instalar em um minúsculo quarto no fundo do restaurante. Feliz da vida por estar começando sua vida na cidade em que sempre sonhou morar este jovem do interior de Minas Gerais se dedicou ao máximo a ser um bom funcionário. Logo havia sido promovido a auxiliar de cozinha, e algum tempo depois a braço direito do Cheff da cozinha. Um dia o Cheff Pierre faltou e o Gerente sabendo que o jovem rapaz havia aprendido quase todos os pratos da casa pediu que ele substituísse por aquela noite o Cheff. E entre um prato e outro ele foi chamado para o salão do restaurante e levado a mesa de uma distinta família para que pudesse falar sobre o prato que acabara de servir. E foi ali que ele conheceu Antoniette Bittencourt uma linda jovem que jantava com sua família e que ele jurou que seria o grande amor de sua vida. A família da moça adorou o jantar e prometeu voltar mais vezes ao restaurante o que fazia com que seu coração pudesse bater aliviado sabendo que certamente veria outra vez a bela moça. E por mais duas vezes eles foram jantar naquele restaurante e como de costume por duas vezes ele foi chamado a mesa, agora ao lado de Pierre. Sem conseguir para de olhar a bela moça ele acabou despertando em Antoniette uma curiosidade de saber mais sobre o jovem Cheff de cozinha. Então um dia Antoniette surgi sozinha ao restaurante e pede que o Cheff auxiliar venha a mesa e fale sobre os pratos da noite, e para surpresa dele lá estava a bela moça, sozinha e a sua espera. Naquela noite Antoniette o esperou até o restaurante fechar e caminharam juntos conversando e se conhecendo melhor, ele a deixou na porta de sua casa que ficava bem próxima ao restaurante. E os dias foram passando e os passeios se tornando cada vez mais constantes e quando viram estavam apaixonados e começaram a namorar. E ficaram namorando escondido por quase um ano, até que o pai de Antoniette descobriu e proibiu o namoro de sua filha. Antoniette foi para um colégio interno em Petrópolis e por lá continuou escrevendo para seu amado que a esta altura havia sido promovido a Cheff da cozinha após a morte prematura de Pierre.O restaurante ficará ainda mais badalado, e as reservas precisavam ser feitas com bastante antecedência, correndo o risco de não conseguir fazê-la. Ele agora havia se tornado um renomado Cheff de cozinha, já estava ganhando muito bem, deixará o antigo quarto em que dormia no fundo do restaurante para morar em seu próprio apartamento no bairro do Flamengo vizinho ao que trabalhava. Foi quando decidiu ir até a casa do pai de Antoniette e pedir a mão de sua filha. Mais o pai de Antoniette ainda o julgava como um simples auxiliar de cozinha e o achava inferior demais para sua filha.Nas semanas seguintes não vieram mais cartas, e decidido a saber o que houve ele foi atrás de sua amada em Petrópolis e para sua decepção ela havia sido transferida de lá. Alucinado ele decidiu ir até a casa dos pais da moça, mais a casa estava sem ninguém.E foi assim que por mais de cinqüenta anos ele ficou sem ver a doce e bela Antoniette.Ele casou, não teve filhos e ficou viúvo alguns anos atrás. Ele sequer tinha noticias até pouco mais de seis meses atrás quando se reencontram na inauguração de seu mais novo restaurante agora no bairro do Leblon. E como da primeira vez que a viu ele novamente se apaixonou por aquela que ele nunca havia esquecido. Casaram-se semanas depois em uma cerimônia simples, apenas como convidados os filhos e netos de Antoniette que também era viúva.E foram felizes até o último minuto em que passaram juntos, foi a última coisa que ele me disse antes de morrer. Essa é a história de Camilo Botelho José Alvarenga.Acho que aprendi o verdadeiro significado do amor nessa noite em que vi um homem morrer.(Uma simples história de amor - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Bobeira de menino...



E quando duas pessoas deixam de se ver
O coração da gente pode mudar...
Criar uma nova brecha,
Um novo jeito de se amar.


E se o amor for verdadeiro,
Não sucumbirá com o tempo,
E para eternidade irá durar,
Porque o coração da gente pode sempre arrumar um novo jeito para amar.
(Poeminha bobo pra falar de amor - Leonardo Kifer)

domingo, 5 de outubro de 2008

Eu não lembro mais do que via quando fechava os olhos...

Uma vez você me perguntou o que eu via toda vez que fechava os olhos. Naquela vez eu menti. E hoje depois de algum tempo eu queria te reencontrar só parra dizer o que realmente eu via quando fechava os olhos e quem sabe assim eu volte a enxergar tudo de novo.
(Olhos fechados - Leonardo Kifer)

sábado, 4 de outubro de 2008

Até quando?


Novamente usarei o blogger para protestar contra preconceitos. Hoje em pouco menos de 20 minutos eu presenciei duas formas distintas de descriminação... E volto para casa com uma dúvida muito grande e o medo de envelhecer em um mundo que pode ficar ainda pior do que já é.
Um menino negro com roupas simples é parado e revistado como sem nenhum motivo, alias, me desculpem mais ele tem motivo sim, nasceu negro e pobre em um pais onde mais que a metade da população é mestiça e pobre. Talvez por isso ele mereça que uma viatura da polícia militar pare no meio da rua em frente uma sorveteria lotada para revista-lo ao invés de estarem correndo atrás dos verdadeiros ladrões.
Dois meninos gays serem motivos de chacota dentro de um ônibus por três jovens (Dois homens e uma mulher) só por terem opções diferentes das deles é algo que nos dias de hoje não deveríamos mais presenciar, mais acontece e quase que diariamente. É triste saber que se um dia quisermos optar por um estilo de vida fora dos padrões sociais precisaremos fazer um grande abaixo assinado pedindo a aceitação popular de nossa própria escolha.
A pergunta que trago comigo é: Até quando iremos nos preocupar com a vida de nossos iguais e continuaremos a fingir que não vivemos em uma cidade que não existe segurança, em que as filas dos hospitais dobram as esquinas dos quarteirões por falta de médicos e equipamentos, que nossas escolas vivem o seu total descaso com a educação, até quando seremos vítimas da nossa falta de comprometimento enquanto cidadões que não somos capazes de lutar por uma cidade melhor, enquanto continuamos a gastar nossos tempo nos preocupando com as escolhas alheias?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Os sapatos...


Ontem eu a reencontrei, ela estava linda como da primeira vez que eu a vi.
Eu era apenas um jovem, recém saído da adolescência que acabará de me mudar para um novo bairro perto do centro do Rio de Janeiro, que naquela época era o “Estado da Guanabara” a então capital do nosso país. Fomos convidados para jantar na casa dos novos vizinhos e quando chagamos lá fui apresentado aquela linda jovem. Me apaixonei no mesmo instante que a vi, ela estava vestindo um vestido branco e sapatos rosa, tinha as pernas mais linda que meus olhos já puderam enxergar. Desde aquela noite eu passei a observá-La, e sempre que ela saia de casa eu fingia ter algo para fazer na rua só para poder fazer companhia a ela. Aos poucos havíamos nos tornados amigos, mais confesso que eu já mais desejei outra coisa que não fosse o seu amor. Eu a amava secretamente, mais não conseguia assumir meu amor. Um dia confessei a ela estar apaixonado por uma menina que eu não tinha coragem de me declarar, e a perguntei o que ela faria se estivesse no meu lugar, ela riu, olhou nos meus olhos me beijou e antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela correu e foi embora. Eu fiquei ali, imóvel por minutos, se não horas incrédulo por beijar a minha amada. Na manhã seguinte resolvi ir a casa dela e me declarar, dizer-lhe tudo que por tempos estava guardado em meu peito. Eu estava completamente eufórico por conseguir finalmente confessar o meu tão secreto amor. Mas quando cheguei na casa dele fiquei sabendo que seus pais haviam se separado e naquela mesma noite em que ela voltou correndo para casa sua mãe a esperava para que as duas pudessem ir para a casa de sua avó.
E hoje, depois de tantos anos eu a reencontro. O vestido já não é o branco de outrora e os sapatos ganharam cores mais discretas... Mas as pernas continuaram tão belas como da primeira vez que a vi.
(Os sapatos - Leonardo Kifer)

Um dia ruim...



Realmente sou um bobo! Esta foi a conclusão que cheguei depois de muito pensar sobre que realmente sou. Embora eu tenha uma infinidades de possibilidades de ser hoje nenhuma outra seria tão adequada como a de me julgar um bobo, infantil e imaturo.
Quem sabe a idade me traga sabedoria para me ariscar a ser muito mais ao longo da vida, esperar muito menos dos outros e aprender que nem sempre caminharei só.
E sobre caminhar ao lado de outras pessoas ainda fico receoso, com medo de perder minhas asas e nunca mais conseguir voar... E é justamente quando falo sobre solidão que mais me sinto sozinho, incapaz e é quando mais preciso de asas.
Eu não espero que ninguém me aceite como sou, até porque pretendo mudar.
(Um dia ruim - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Rosas ao vento...



Hoje acordei com uma vontade louca de você,
O dia perfeito,
Em um outubro que acabou de chegar.
E eu sozinho,
Jogando rosas ao vento,
Logo cedo,
De cima de casa,
Debaixo do céu,
Esperando você chegar.
Então me surpreenda,
Vem com o vento,
E traga as rosas
Para juntos oferecer ao vento,
E para sempre nos amarmos.



(Rosas ao vento - Leonardo Kifer)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Outubro...


Outubro chegou como um moleque com cara de anjo e um temperamento bem levado... E assim com uma manhã de sol linda o primeiro dia deste mês tão especial para mim terminou com chuva... Espero que este mês eu posso sorrir ainda mais...