quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz 2010!i!i!

Amigos,

Para muitos este é só mais um ano que passamos juntos, mais 12 meses de cumplicidade e companheirismo, mas sabemos que a vida por si só se encarrega de constantemente nos apresentar a novas pessoas, e assim estamos sempre somando novas amizades.

E é pensando nos velhos e nos novos amigos, que resolvi escrever o texto, buscando agradecer a amizade de todos, ainda que eu acredite que não exista uma forma possível de tal gesto.

Aos velhos,
Fica a gratidão dos muitos anos passados juntos,
De todas as risadas com gosto de peraltices,
Dos conselhos dados (ainda que não seguidos),
Das cervejas de sexta-feira à noite (que sempre se estende até o domingo).
As noitadas que já tivemos,
E também aos que saímos,
Independente do tempo que nos conhecemos,
Da freqüência que ainda nos vemos,
Tem coisas que o tempo não leva,
Suporta a saudade,
E jamais deixará de ser infinito.

Aos novos,
Que bom foi tê-los conhecido,
Chamem de acaso, coloquem culpa no destino,
Não há o que explicar,
Afinidade não é algo a se moldar,
Seguimos em frente,
Sem pensar aonde chegar,
Que venham gargalhadas,
Momentos memoráveis,
E muitas histórias para contar.

Velhos e novos,
Não importa,
Uma vez que acontece,
Só existe uma definição para dar.

(Amigos – Leonardo Kifer)

Desejo a todos um ano de 2010 perfeito!
Que não falte saúde, amor, risadas, conquistas e realizações e principalmente, que nos enriqueçamos de humildade e humanidade para com o nosso próximo, sem nenhum tipo de distinção.

Feliz Ano Novo para vocês!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Último de 2010¿?¿?

Aí... Aí... O ano vai chegando ao fim, falta tão pouco para a virada que o sentimento de nostalgia torna-se inevitável, Impossível não pensar nas coisas vividas ao longo desses doze meses.

Quantas foram às pessoas que passaram por nossas vidas? E quantas delas ainda lembramos com exatidão? Amores, decepções, conquistas e outros tantos sentimentos e motivações nos preencheram, e nos acrescentou enquanto pessoa. Nos tornamos mais capazes de lidar com perdas e mudanças inesperadas, criamos “casca”, e passamos a enfrentar o acaso com uma força que jamais esperávamos ver, afinal 4 estações são capazes de modificar até o mais imutável dos seres...

Ah... O amor que não aconteceu! Mas foi amando que naveguei por 2009, muitas vezes a remo, outras como naufrago, mas é como comandante de mim que me despeço das histórias de amores falidos que vivi... Pra 2010? Viver. Sempre viver!

A todos que passaram pelo blog, fica minha enorme satisfação em ser lido, minha gratidão por cada minuto compartilhado em minhas palavras tolas, e meus sinceros votos de felicidade. Que continuemos juntos por mais um ano, sobrevivendo a todas as intempéries... Que venham novos leitores, mas sem nunca perder aqueles que já freqüentam aqui.

Um feliz 2010!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Para onde Papai Noel vai quando termina o Natal?

Natal acabou e junto toda a preocupação de não se esquecer de presentear as pessoas mais queridas a ti nesta data tão especial para muitos. Passada a fase dos presentes restam apenas às dívidas feitas na compra dos mesmos.

Depois que terminamos de comer a última rabanada da ceia é que percebemos que o ano acabou, e o que nos restam são alguns dias para planejarmos os preparativos para a chegada do novo ano, mas para que comemorarmos a virada do dia 31 de dezembro para o dia 2 de janeiro se nada, NADA além de um inicio de outro ano acontece, e tirando os dias em que ficamos em casa por conta do feriadão (Isso quando emenda no final de semana), tudo é exatamente igual na sua vida, é como se fizéssemos uma enorme festa de aniversário, comemoramos um ano a mais de vida, que contraditoriamente também é um a menos... Mas bola pra frente, Ano Novo está aí, é hora de fazer os tradicionais pedidos de mudanças, colocar em prática as simpatias aprendidas ao longo de todo o ano e finalmente esperar que o prêmio da Mega da Virada saia em um dos muitos bolões no qual você participou.

Faltam 3 dias para 2010, e eu nem estou tão preocupado em me despedir de 2009.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

O que pedir para o papai Noel.

É véspera de Natal, momento de reavaliar se fomos bons meninos, refletirmos sobre o que precisamos melhorar e esquecer as rinchas, e os rancores e por fim esperar o bom velinho chegar com os tão esperados presentes.

Ta bom! Papai Noel não existe, eu sei. Mas é sempre bom se apegar a alguma crença para podermos ter esperança de um futuro melhor.

Este ano pedi apenas felicidade, se eu for mais feliz em 2010 do que fui no ano de 2009, vai ser maravilhoso. Aos amigos desejo toda a felicidade do mundo. Realização! É a palavra que espero que esteja reservada a todos.

Feliz Natal!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A minha doce Mariana.

Acredita em anjo? É o que perguntava a música que tocava pouco antes d'eu pegar no sono e foi impossível não dormir pensando em nela que por muito tempo teve essa canção como sendo sua.
Não me recordo de ter sonhado, mas foi dela o meu primeiro pensamento do dia. É estranho não pensar nela como antes, não desejá-la com a voracidade da qual um dia desejei e pela primeira vez não lamentar sentir sua falta.
Se o amor acabou, eu simplesmente não sei, mas já ouvi dizer que o amor pode sim acabar. E com medo de sair sem dizer adeus, resolvi escrever uma carta a Mariana, como uma despedida, ainda que precipitada de minha parte, ao sentimento que nutro ou nutri.

A carta:

Rio de Janeiro, 23 de dezembro de 2009

Minha querida,

Talvez tu não entendas o porquê de eu manter o querida até mesmo o porquê de dizê-lo somente agora, mas é natural que escondamos com palavras nossos anseios mais secretos. Junto a ti descobri o lado mais puro de amar, e por muito tempo não houve nenhum outro querer de minha parte além da reciprocidade do meu amor.

Mas foi você quem me ensinou que deveria ser diferente, e me fez mudar a forma como olhava para ti, e para meu desespero, isso não aconteceu uma única vez.
Contigo aprendi que posso ser generoso com os que me ferem a alma e mesmo sangrando em lágrimas jamais me permitir sentir ódio, em todo este tempo apenas te amei, mesmo quando tu pedias para eu não amar, eu insistia, e de teimoso eu continuava lhe amando, ainda que jurava já não mais sentir amor.
Fui feliz a cada beijo dado, a cada abraço sentido, carinho inesperado, e a tudo que pude ter ao teu lado e hoje percebo que nunca foi pouco, foi apenas o que você pode me dar. Dos momentos não tão bons, vou guardar as reconciliações e o prazer que os beijos seguidos por elas me proporcionaram. Jamais irei levar de ti algo ruim.
Espero que sejas tão feliz quanto um dia desejei que tu fosses, pois é certo que tu mereces, tenhas certeza de que sempre te desejei o melhor e nunca deixei de acreditar na pessoa boa que tu és.

Irei sentir saudades da história que nunca conseguimos viver juntos,

Me despedindo do amor,

Leonardo Kifer

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Reflexões...

Pensamentos soltos,
Desconexos em meios as várias tentativas de foco.
Lembranças do que já se passou,
E de que também passou ou deveria passar.

Um ano de muitas coisas novas,
Despede-se dando oportunidade ao novo que precisa chegar.
É hora de rever os erros,
E ver o que ainda se pode acertar.

É tudo confuso,
Nesse fim de dezembro que não demora a passar.
Mas passaria por tudo novamente,
Se pudesse novamente tentar.

(Reflexões do fim de ano – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Gato Malhado.

O Gato malhado,
Surgiu do nada na escuridão da rua,
Não queria nada,
Além de atenção.

Carinhoso,
Ele só queria se esfregar,
Mas eu não gosto de gatos,
Ele não parecia com isso se importar.

Não adiantava expulsá-lo,
O bichano queria ficar,
Surgia debaixo do carro,
Para minhas pernas voltar alisar.

Saí gato,
Saí que vou te machucar,
Ameacei já irritado,
Mas o bicho teimava em ficar.

Cansado daquilo,
Resolvi partir,
E irritado com o gato importuno.
Saí sem dele me despedi.

(O Gato malhado – Leonardo Kifer)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Coisas de Joana

Joana chegou por vezes a lamentar a falta de um grande amor. Para ela, o amor lhe era negado, jamais seria possível viver uma história destas que vemos retratadas nas telas de cinema... Incrédula? Talvez. A vida sempre foi muito rígida com este mulher que por muitas vezes viu seus romances se desmancharem com o sobro mais sutil dos ventos que sopram no longo verão de sua vida.
Mas hoje que ela passou enxergar a vida de um outro jeito, que deixou para trás as cobranças que fazia a si mesma de ter alguém o seu lado, sua vida mudou. Ela já não escreve seus anseios, não procura olhares na noite, e não sorri para agradar ninguém... Joana descobriu que ela é quem a faz feliz, e que ter ou não ter alguém é apenas uma consequência momentânea.
E assim a mulher que antes se importava com a solidão deixou de ter medo de viver só. Mas foi justamente quando o medo se foi que ela deixou de estar só. Ela entendeu que às vezes é necessário que esqueçamos nossos medos para nos permitimos ver um mundo além das possibilidades que conhecemos, dar passos além da claridade, e deixar que a vida se encarregue do caminho em frente.

(Indo além - Leonardo Kifer)

Nariz vermelho

O palhaço.

Dizem que os palhaços causam medo a algumas pessoas,
Se é verdade eu não sei,
Sempre ouvi dizer sobre isso,
Mas nunca vi alguém que deixasse seu medo transparecer.

Sorrisos e inúmeras gargalhadas,
Com suas palhaçadas,
Eles são capazes de tirar,
Afinal para muitos eles só fazem alegrar.

Mas a mim eles causam uma estranha admiração,
Não sei o que me fascina,
Se é o seu mistério,
Ou seu jeito bobão.

Mas é desde muito pequeno,
Que vejo os palhaços,
Fazendo a todos rirem,
E chorando quando se vai a multidão.

O palhaço.
Só um homem,
Que esconde num sorriso,
Suas vontades e frustrações.

(O palhaço - Leonardo Kifer)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Desejos impossíveis

Nunca entendi o porque de sempre desejar as coisas mais improváveis, mas sempre lidei bem com meus desejos utópicos, entretanto ao que me parece fui ludibriado pelo estranho instinto de viver aos anseios inquietos e impossíveis.

De certo não se vive a realidade dos que sonham, porém, para estes que vivem, é realmente difícil de acordar.

E é em sonhos que caminho por entre as vielas mais sombrias da escuridão do amar. O desejo sempre sufocando a realidade já muito ditas nos vagões lotados das tardes quentes em que caminhei tentando não sonhar.

Amor, ódio, respeito e rancor, sentimentos contraditório formando uma miscelânea ao som da velha música que por vezes embalou minhas muitas histórias de amores falidos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Acreditar

Ainda é possível sentir o vento soprar no meu rosto – Foi o que disse Amélia pouco antes de entrar na sala de quimioterapia.

Foi em meio a um protesto no inicio da década de 80 que conheci Amélia, ela era recém formada em literatura e começa a lecionar em uma escola para moças no largo da carioca, e reivindicava por melhores salários para professores.

Eu estava ali para ajudar conter a multidão que tentava entrar no Palácio Guanabara para fazer suas cobranças junto ao então Governador da cidade, Antônio de Pádua Chagas Freitas. E foi assim que nossa história se entrelaçou, um cabo da polícia militar do estado do Rio de Janeiro e uma recém formada professora de literatura que se casaram 5 meses após se conhecerem, quando ela havia sido presa por ele logo após atirar uma pedra no carro de um assessor do governador que adentrava as dependências da sede do governo. Desde então criou-se uma enorme cumplicidade entre eu e Amélia.


Nossa primeira filha nasceu 6 meses depois de termos casado, a chamamos de Mafalda, em homenagem a avó de Amélia que estava com uma idade muito avançada. Só depois de 7 anos do nascimento de Mafalda é que resolvemos ter um novo filho, foi quando nasceu a Júlia.

A vida ao lado de Amélia sempre foi muito tranquila, nossa união nunca foi abalada por nenhuma intempérie da vida, jamais deixamos de nos olhar com o mesmo amor do inicio de nossa relação e mesmo agora que ela está com está doença, estamos ainda mais unidos;

Foi fazendo o exame de toque que Amélia descobriu que tinha um nódulo no seio direito, de inicio ela reagiu muito mal, achou que fosse perder a mama, e cogitou por várias vezes não lutar contra essa doença. Eu e Júlia tentamos de tudo para faze-la sair da depressão que caiu sobre ela, mas foi só quando Mafalda veio nos visitar nas férias de verão que Amélia finalmente resolveu se tratar. A retirada do nódulo foi um sucesso, o mama foi completamente preservada, o que foi muito favorável no período pós cirurgia, pois não alterou em nada o corpo de Amélia, e apesar dos tratamentos de quimioterapia e radioterapia que ela ainda precisaria fazer, sua auto estima não foi a zero como pensava assim que soube da doença.

Durante todo o período de tratamento ela jamais pareceu ficar triste, nunca estava desanimada e ao contrário do que quase todas as pessoas que tem esse tipo de mal, ela jamais cogitou a hipótese de perder para o câncer. Todo o lento processo de quimioterapia acabou sem que tivesse deixado marcas, Amélia se divertia em usar diferentes tipos de lenços e turbantes na cabeça. E fazia com que todos em sua volta ficassem menos preocupados com seu estado de saúde. Mas era visível que ela estava frágil, seu corpo já não impunha mais a vitalidade que sobrara da juventude, as marcas da idades tornaram-se mais acentuadas, mais ela continuava linda como jamais deixaria de ser, nunca poderia olhar para minha eterna amada e vê-la de outra forma que não fosse a bela que conheci e me apaixonei.

Os médicos dizem que o estado dela é bom, e que a radioterapia esta sendo usada como forma de eliminar as células que podem ter sido afetadas, não sei bem ao certo, nunca fui bom com procedimentos médicos. O tratamento de radioterapia irá termina no próximo mês, e assim que ela estiver livre de tudo isso irei realizar um velho sonho nosso, a levarei para saltar de para quedas, apesar das muitas recriminações de minhas filhas.

Espero ainda ter tempo, e poder junto a ela viver emoções que nos faltaram, e tantas outras coisas que sempre imaginei passarmos juntos, nossos netos, bisnetos, uma enorme família reunida junta a mesa nos domingos. Não posso viver sem ela.

(Acreditar – Leonardo Kifer)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Uma estranha...

Um estranha surpreendentemente agradável surgiu em minha frente,
E de súbito ganhou para si minha atenção.
Eu não tive medo de ser eu,
Continuei a agir sem qualquer tipo de interpretação.

A estranha parece ter ganhado rosto,
E é bem certo que conquistou sem posto,
Se apresentou sem muito falar de si,
Foi ficando...
E agora já faz parti de mim.

(Poema a estranha - Leonardo kifer)

*Poema dedicado. Não leve ao pé da letra³.

Medo de chuva.

Algumas vezes a vontade de voltar atrás é tão grande que sinto minhas pernas tentando dar meia volta, mas é impossível mudar o que foi feito, olhar em frente é a única coisa que resta a fazer...
Tenho pensado na minha vida como um pássaro perdido, que voa sem saber para onde suas asas o leva, e não tem medo de onde possa parar...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Palavras coladas

Ás vezes a necessidade de escrever não completam frases inteiras,
Se perdem em rascunhos incompletos,
Que relatam minha incapacidade momentânea de transcrever meus anseios,
E me torna estético diante a todos os pensamentos que correm em mim.

O que muitos julgam como falta de inspiração,
A mim apenas parece dificuldade de juntar pensamentos soltos,
Momentos perdidos,
Por um ou outro motivo que passou.

E no jogo de palavras coladas,
Lêem-se solidão,
Completadas por muitos pedaços de amores possíveis,
E de nenhuma paixão.

É aí que entendo que não se esquece um passado com um presente ensaiado,
Não se foge de uma história sem antes escrever um fim
E quando percebo isso,
Abandono o velho lápis em cima do rascunho feito,
E corro atrás dos meus velhos amores,
E discretamente tento escrever FIM.

(Palavras coladas – Leonardo Kifer)

Não ser...

O que sou?
De fato eu não sei responder.
Não sou um ser estático,
Vou além da tradução da palavra “ser”.

Um mutante,
De asas alongadas,
Que não voa além dos sonhos,
E que vive na constante e fria solidão.

Uma água que passa pelo rio,
Na terra seca,
Respingada de chuva,
Na tempestade de contradições.

Um leste e oeste,
Cortado pelo norte e sul,
Um aventureiro,
Que nunca foi a lugar algum.

O vento parado,
Nas horas passadas,
Do dia que não chegou.

Um olhar atento,
Vivendo o despercebido,
No inconstante destino,
De que não vive em uma prisão.

Sou um “não ser”,
Formado por um amontoado de “acaso”,
Entrelaçado por passado e presente,
Uma linha continua,
Sem uma data certa de duração.

(Ser – Leonardo Kifer)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Esvaziando um pouco o saco de Hipocrisia

O que buscamos em um relacionamento? Parceria? Confiança mútua? Sexo? Amor? Ah! O amor... Enfim. São tantas as coisas que buscamos que acabamos esquecendo que mesmo se conseguirmos uma pessoa que responda todas as nossas perguntas, ainda falta o mais importante, ter alguém que saiba nos fazer rir, não como um bobo da corte com suas piadas infames, e sim alguém que com um jeito simples, nos tire gargalhadas inocentes, que nos torne seres mais apreensivos por tranqüilidade, que nos seja amigo sempre.

Ao que parece, hoje importa mais agradarmos um consenso geral e nos sentirmos aceitos, do que nos permitimos viver um romance com quem realmente poderia nos fazer feliz. Quantas não foram as vezes que deixamos passar a pessoa “certa” porque ela não era do jeito que nossos amigos gostam, ou que não era bonita aos olhos dos outros e tantos outros motivos banais? Vivemos a era da hipocrisia, onde as pessoas vivem lendo os rótulos colocados nos outros e o que elas mesmas colocam em si, esquecendo ou não se permitindo realizar suas vontades e seus desejos.

Precisamos de uma vez por todas tirar de nossas mentes que as coisas precisam ter um jeito “certo” para seguir e aceitarmos que tudo pode ser do nosso jeito, sem que tenhamos que ter a aprovação de uma sociedade que se abdica dos seus desejos, para poder julgar as vontades dos demais.

Enquanto beijarmos os rótulos, iremos cortar nossas oportunidades de realizações...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amando Leila...

No inicio eram pequenos esquecimentos, datas, comemorativas, as chaves do carro que nunca lembrava aonde estavam. Mas depois as coisas foram se agravando, ela se esquecia de ter colocado o assado no forno, de fazer os pagamentos das contas do mês. Até que começou a esquecer de mim.

Leila estava com problemas. Eu sabia desde o inicio que esses esquecimentos não eram de cansaço como ela afirmara muitas vezes, mas ela se recusava a procurar uma ajuda médica, dizia estar bem.

As coisas ficaram sérias no dia em que Leila saíra de casa cedo para ir ao trabalho, e simplesmente desapareceu. Há encontramos três dias depois em um abrigo da prefeitura, completamente irreconhecível, vestia roupas largas e rasgadas, seus cabelos estavam desgrenhados. Nada lembrava a mulher elegante e impecavelmente bem vestida que ela era.

Leila não sabia seu nome, e também não sabia quem eu era, seus olhos refletiam medo, ela havia se tornado uma mulher sem lembranças.

Todo o caminho de volta para casa foi conduzido pelo silêncio, que raramente era interrompido por um inicio de pergunta que nunca se completava. Talvez ela quisesse perguntar para onde eu a estava levando, ou até mesmo quem eu era... Ao que parece jamais saberei qual seria a pergunta, a mulher agora sem passado, não demonstra confiança em ninguém.

Leila dormiu como uma criança desprovida de preocupações, eu não pude evitar ficar velando seu sono, e tentar buscar explicações para o porquê de tudo isso em nossas vidas.

Mal de Alzheimer, foi o que a médica diagnosticou. Uma doença degenerativa, segundo a Doutora. Uma forma comum para demência.

O chão pareceu se esfarelar por entre os dedos dos meus pés, todo o restante do mundo pareceu tão insignificante diante da doença de Leila... Eu me senti extremamente fraco e incapaz ao saber que nada poderia fazer para trazê-la de volta.

Em casa, fiquei olhando por horas para aquela mulher que por anos compartilhou sua vida junta a minha, traçando planos e sonhos.

Eu a amo. Amei por todo o tempo em que ficamos juntos, e agora me dói não saber como agir com essa nova mulher que veio assumir o vazio que Leila deixou quando desapareceu, preencher um espaço que nunca deveria ter ficado em branco.

Os dias foram passando, não havia mais Leila, somente ficou um rascunho da mulher que ela foi...

Eu aos poucos conquistava um olhar vazio, tudo era incompleto quando se tratava do que fazer com ela. Foi quando tomei uma decisão.

Resolvi deixar Leila em uma clínica, internada como uma doente mental, como alguém incapaz de cuidar de si.

Mas deixá-la foi bem mais complicado do que imaginei que fosse, me fez perceber que tudo havia acabado, era o fim de um casamento. O fim de uma história de amor interrompida pela inexplicável escolha da vida em condenar uma mulher sadia em um espectro de ser humano, sem condição de viver só.

Viver sem Leila me pareceu tão sufocante quanto vê-la em seu estado insano, por conta de sua doença que lhe tira as lembranças e lhe roubara sua identidade.

Hoje, meses depois de deixá-la, sinto que nunca a deixei de verdade. Visito-a todos os dias. E falo sozinho todas as vezes que ela se recusa a me receber.

Ainda não consegui apagar de mim o amor que a doença lhe tirou... Apenas a amo, ainda que só.

(Leila – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O texto do esquilo.

O menino,
Esconde no olhar o seu adulto,
Com seu jeito quieto,
Sua calma ludibriante,
Engana a todos com sua meiguice aparente,
Sua bondade momentânea.

A verdade dele,
Não sei...
Não conheço muitos que possam me contar,
Dele pouco sei dizer,
Apenas o que li no seu olhar.

Misterioso,
Ele usa pausas ao falar,
Muitos dizem que é cautela,
Eu penso que é medo de errar.

Quem é o menino,
Que tens voz de homem,
E tem facilidade de a todos encantar?

Quem é esse menino,
Que conheci calado,
E sem parecer ter medo,
Mostrou os olhos,
deixando-se revelar.

(O estranho – Leonardo Kifer)

Coisas de mulherzinha

Eu vi tudo,
Elas se beijaram quando não tinha ninguém por perto.
Não era um beijo inocente,
Ninguém estava fazendo uma descoberta.

Meninas se beijando,
Sob a lua molhada,
Numa noite de dezembro,
Muito perto da estrada.

Não achei diferente,
Na verdade não conseguiria diferenciar,
O que tem de diferente entre meninos e meninas
Na hora de se beijar.

Havia desejo,
De certo não lhe faltaram excitação,
Nenhuma delas ficou sem jeito,
Era tão natural a elas,
Que não pareciam temer discriminação.

Um novo olhar,
Para um novo beijo,
Dado do mesmo jeito,
Ente meninas,
Que não precisam de meninos para ter satisfação.

(Coisas de mulheres – Leonardo Kifer)

Reciclando os papéis.

Adeus saudades...
Foi o que eu disse quando o trem partiu.

Livre-me dela,
Caminhando sobre a terra que segurava o mar.
Sob o sol que não se pôs,
De um horizonte a encontrar.

Que vá embora o que chegou,
Deixando a solidão me encontrar.

Dos erros que ainda estão por vir,
Façam do riso um verdadeiro perdão,
Pois já comecei a ensaiá-los.

Papel rasgado na mão,
Comecem com os riscos
O que vai ser poemas,
Mesmo que não venham as rimas,
Ainda que não falem de paixão.

(Poema de papel picado – Leonardo Kifer)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Modificações

Amanhecer com chuva,
Em um outono enraivecido,
De um horizonte desenhado.
Numa cidade de bandidos,
Onde o frio já não existe,
Resta apenas o desarranjo das ruas.

Ao som de buzinas,
Nessa selva de pedra,
É que o dia começa,
Pra esse mundo de pressa.

Vinte e quatro horas de caos,
Um dia inteiro reclamando da vida,
Todos os dias iguais.

É preciso mudar,
Levantar do sofá,
Deixar de lado a TV,
Mostrar que pro mundo mudar,
É preciso se mexer.

Um basta na violência,
Um ponto final na corrupção,
Pro Brasil se desenvolver
E preciso educar a nação.

Começar de dentro para fora,
Modificar o errado em mim,
Exercer cidadania,
Sem alterar o inicio,
Mas mudar o fim.

(Sol da meia noite – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sem correntes

No fundo somos todos tolos.
Amamos os que não nos merecem.
E nos achamos superiores quando cobramos nosso amor.

Erramos quando achamos que somos Titãs,
E nos descobrimos fracos,
Na hora em que a força termina em lágrimas,
Por uma dor,
Que um coração machucado é capaz de causar.

Fingimos seguir em frente,
Mas estamos sempre andando em círculos,
Somos incoerentes,
Quando cedemos à paixão,
Ou quando dela não conseguimos fugir.

Revivemos momentos,
De risos e choros,
Em pensamentos que mantemos acessos,
Num fogo tão brando que se apaga ao sentir o mais fraco dos ventos.

É o inconstante sentimento que nos assombra,
E faz com que tenhamos medo de vivermos livres,
Nos fazendo achar esconderijos,
Num outro, que não é nossa paixão.

Amar é quase sempre ter coragem de arriscar,
Viver o inatingível,
Errar sem sequer ter pensado em acertar.
É o inadequado sentir,
Rasgando nosso peito,
Num compasso acelerado e sem ritimo
Um tal de Tum Tum Tum
Afirmando que amor vai além da paixão.

(Perdendo os medos – Leonardo Kifer)

A volta...

Foi estranha a forma em que Frida reapareceu.
Ela chegou como se nada tivesse acontecido,
Entrou em casa sem sequer me cumprimentar.
Não olhou em meus olhos.
Deixou as malas na sala e foi se deitar.

Eu ainda estava preso a perplexidade que tomava conta de sua volta.
Frida estava de ali, a um cômodo de mim.
Depois de meses ela retornara.
Inexplicavelmente ela respondeu minhas preces,
E voltou.

Ainda inerte a sua volta,
Não pude deixar de me prender ao fato de que a mulher que me abandonara no passado voltou,
E sequer me deu uma explicação.
Depois de meses de angústias, esperas,
Ela me devia isso,
Precisava me dar ao menos satisfação de seu sumiço.

Fui até Frida certo de obter dela todas as respostas para as minhas agonizantes perguntas,
Chamei por seu nome,
Mas ela pareceu não me escutar,
Quando ameacei chamá-la novamente,
Virou-se e olhou para mim.

Os olhos já não eram os mesmos de antes,
Já não impunham a altivez de outrora,
Frida estava chorando,
Seu rosto parecia ter envelhecido anos,
Estava fraca.

A mulher que estava na minha frente,
Era apenas uma sombra daquela que me deixou.

Deixei todas as minhas indagações de lado,
Abracei Frida como se ela nunca tivesse existido uma mágoa entre nós,
Não podia suportar a dor de vê-la sofrendo.

Ela olhou em meus olhos,
E de imediato entendi que era um pedido de perdão,
Eu sorri para ela,
Deixando claro de que a havia perdoado.

A saída de Frida aqui de casa,
Tornou-se apenas uma história,
De um dia que terminou.
Não lembramos, pois tudo passou.

Hoje o que importa é tê-la de volta,
Ao lado da nossa filha que acabou de nascer,
Dizemos a todos que foi prematura,
Pra ninguém da verdade nunca perceber.

(Voltando atrás – Leonardo Kifer)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ao esquilo...

Se o mundo fosses feito de momentos,
Meu mundo teria um outro olhar,
Não eram olhos de curiosidades,
Mas eles pareciam o mundo observar.

Uma águia,
Observando todos ao seu redor,
Não buscava uma presa,
Apenas um mundo melhor.

E o mistério que seus olhos refletiam,
Me roubaram para si,
E inesperadamente,
Eu a olhava inquieto,
Sem saber aonde iria.

E perdido nos olhos desconhecidos,
Me vi encantado com tamanha imensidão,
Olhos ricos,
De uma juventude em ascenção.

De volta ao meus olhos,
Enxerguei o mundo sem cor,
Não vi mais você,
E sem saber,
O mundo estranhamente parou.

(Seus olhos – Leonardo Kifer)

*Dedico o texto ao meu esquilo Joaquim.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O amor de Laura...

Eu não consigo me recordar quando foi à última vez que Laura sorriu para mim.
Há tempos ela tem agido de forma diferente, deixou de ser aquela mulher alegre e se tornou essa pessoa amarga que vive resmungando pelos cantos de casa, que passa as noites chorando, e parece nunca me ver, sempre passa a impressão de estar só.
Eu já tentei de tudo, mas nada fez com que Laura saísse da inércia que tornou a sua vida, tudo parece ter perdido o encanto, as cores pareciam desbotadas aos olhos daquela mulher sem aroma.
Olhar para Laura significava enxergar o vazio, e de imediato sentir um súbito desejo de chorar. Pena era a palavra que melhor a descrevia.
Mas hoje ao vê-la rir para mim, senti o velho cheiro de sarcasmo que emanava do já esquecido sorriso de Laura.
Amei Laura desde a primeira vez que a vi até o último instante ao seu lado, quando o “acaso” me tirou a carne e me trouxe às sombras.
E hoje que Laura se junta a mim por suas próprias mãos e não pelo inesperado desejo de morte que corre nas veias dos que matam por matar, como fizeram comigo, ela voltou a querer a desejar a vida no instante exato de ser recebida pela morte.
Contrário desejo é o amor, que encontra na morte a satisfação de se completar.

(Amor eterno – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Anjo Noturno

É só quando surge o crepúsculo que me liberto do sono,
E me permito viver,
Por entre as ruas frias e inseguras,
Caminho buscando o vago cheiro de desejo,
Nos olhos perdidos,
Da madrugada ainda sem fim.

Longe do que é bom,
Vou me mantendo íntegro,
No meu conceito de ser.

Atravessando corpos,
Rompendo sonhos,
Desafio a lua,
A nunca mais desaparecer.

O sol, é um inimigo constante,
Que duela com minha insegurança,
Me sufoca,
Fazendo com que eu precise recuar.

Infiel triunfo da morte,
Que pernoita as noites chuvosas,
De uma cidade sem leis,
Com pessoas sem fins.

(Anjo noturno - Leonardo Kifer)

domingo, 29 de novembro de 2009

Um adeus.

A vida, doce levemente amarga, que deixa vontade de quero mais quando chega ao fim...
Triste ver alguém que conhecemos partir, sem sequer dizer adeus... Às lágrimas dos mais íntimos torna-se irritação aos olhos apreensivos de que não queria chorar, e sem perceber, fazem com que até os mais fortes se desmanche em uma fina camada de emoção.
Domingo triste...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quimera

Um devaneio
Foi assim que ela surgiu pra mim.

Caminhando sobre a chuva fina de um outono calado,
Ela roubou minha atenção no instante em que a vi.

Deslizava sobre o asfalto molhado,
Ao mesmo tempo, que parecia voar com seu longo vestido branco.

De onde ela veio,
E para onde ela pretendia ir?
Não conseguia parar de me perguntar quem era aquela estranha mulher,
Que sorrateiramente me roubara pra si.

Fiquei imóvel,
Enquanto ela avançava em minha direção,
O cheiro de jasmim era tão intenso,
Que não se perdia no vento,
E vinha a mim por entre as gotas de chuva.

Ela não parou ao passar por mim,
Não me olhou,
Sequer pareceu me notar.

Eu rompi minha gelidez,
E a segui por entre à noite,
Ela prosseguiu sem sequer olhar para trás,
Eu começava a sentir frio,
Mas estava decidido a ir em frente.
Não conseguia querer parar.

Inexplicavelmente ela sumiu,
Como uma sombra que se perde no escuro,
Ela desapareceu.

Eu estava em um lugar que nunca havia estado,
Agora sozinho,
E assustado.

Tentei correr,
Voltar de onde eu vim,
Mas não me lembrava do caminho de volta.

Comecei a gritar,
Derrubar tudo que via na frente,
Clamava por alguém que pudesse me dar audiência,
Mas tudo em vão,
Eu realmente estava só.

Adormeci,
Talvez o cansaço me permitisse deitar em qualquer canto,
Escolhi o chão.

Era noite ainda,
Achei estranho ter dormido por tantos dias,
Pois já nem me lembrava como era o sol.

Até que a luz voltou,
Uma porta,
Este era o formato da luz.

Um homem de imediato surgiu em forma de uma enorme sombra,
Me levantou,
Eu amedrontado com tudo aquilo, não reagi.

Então como alivio,
Ele desamarrou o nó da blusa que segurava meus braços,
Eu estava solto de novo.

Ele perguntou se eu ainda via a mulher vestida de branco,
Mas desta vez eu menti,
Disse que não.
E ele me deixou ir.

Eu não queria que ele a conhecesse,
Estava perguntando demais sobre ela.
Por isso não falei a verdade.

Essa noite quando ela aparecer de novo,
Vou perguntar seu nome,
E se ela disser,
Eu não contarei a ninguém.

(Quimera – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Quanto vale o teu sorriso?

Alguma vez na tua vida tu já te perguntaste quanto vale teu sorriso?
Ao longo das nossas vidas passamos por tantos momentos, vivemos tantas coisas que acabamos por deixar e nos atentarmos as pequenas coisas que nos motivam, que nos provocam suspiros, nos fazem arrepiar, e por fim, nos levam as gargalhadas...
Atropelamos diariamente a sensibilidade as coisas simples e puras da vida, e cobramos cada vez mais de nós mesmos, sempre em busca da felicidade, trabalhando cada vez mais para nos sentirmos realizados, e só depois felizes.
Estamos sempre reclamando de que o ano está passando rápido, que nos falta tempo para tudo. Mas se pararmos pra pensar, o ano tem os mesmos 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos. Será que não estamos usufruindo de forma errada nosso “tempo”?
A sociedade está cada vez evoluindo mais rápido, a tecnologia se aprimora a cada novo instante, tudo a favor em nome do progresso, a todo instante uma nova ferramenta tecnológica é inventada para facilitar a vida do ser humano.
Mas ao que parece nada inventado até hoje é tão bom que nos faça ganhar tempo e dinheiro ao mesmo tempo... É a “eterna” era do Capitalismo, em que nos sacrificamos constantemente em busca de condições sociais para estarmos sempre nos enquadrando as novas tendências do mundo consumista em que vivemos. Por fim nos lamentamos por não conseguirmos encontrarmos o equilíbrio entre as conquistas materiais e as pessoais.
Recorremos aos analistas, eles sim sabem o que nos falta, afinal de contas, fazer análise hoje em dia é cult, está na moda.
Precisamos nos libertar dessas amarras, e voltarmos a ter a felicidade das crianças, que riem quase que o tempo todo, independente do problema que está se passando ao redor delas, só assim, livres, que encararemos a vida de uma forma mais leve, mais fácil de se viver... Só quando enxergamos a felicidade dentro de nós sempre, e ela está o tempo todo com a gente, e que iremos descobrir que nossos sorrisos são gratuitos, que simplesmente surgem, e quase nunca conseguimos contê-lo.
Sorria por tudo, ache no problema uma coisa que te faça ri, assim tu vais solucioná-lo com mais facilidade.
Sorria para a vida, para si, para todos, e veja como esse simples gesto te fará mudar.

(Sorria - Leonardo Kifer)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Última chance...

Cafajeste! - Foi o a única coisa que ela disse quando eu a informei que estava indo embora.
O silêncio quase nunca me foi incomodo, mas desta vez veio como uma bofetada na cara.
Eu fiquei encarando os olhos lagrimejados de Marta por minutos, mas eles não me olharam uma única vez. Após romper a quietude em que nos envolvíamos, ela me deu de costas, e simplesmente se foi.
Lembro-me de ter ficado imóvel até o fim da tarde, e de ter me surpreendo por não chorar, por não fazê-la ficar e ouvir minhas explicações, afinal eu tinha tanto a dizer, não queria partir sabendo que Marta estava com ódio de mim, não foi assim que eu havia planejado minha partida, esperava que ela me ouvisse, e só então entendesse meus motivos e os aceitasse.
Só voltei a ter noticia de Marta três anos depois, eu havia voltado ao Rio, e encontrei uma antiga amiga, que entre uma conversa e outra deixou escapar que Marta havia se casado logo após minha ida para Porto Alegre, e que tinha um filinho com um pouco mais de dois anos. Eu estava noivo, mas ainda sim me abalou muito saber que a mulher que muito amei estava casada e era mãe, era egoísmo meu me sentir assim em relação à felicidade dela, ainda sim eu não conseguia me sentir feliz.
Casei-me com Julia um ano depois, escolhi o Rio de Janeiro como cenário de minha Lua de mel. Aproveitei minha estadia na cidade maravilhosa para rever velhos amigos e alguns parentes que ainda moravam na cidade. Inevitavelmente me peguei pensando em como Marta estaria, e sem perceber estava ansioso por informações dela. Aproveitando que havia resolvido dormir durante a tarde por conta de uma inesperada dor de cabeça, fui à casa de Dona Dora, mãe de Marta, com o pretexto de que estaria próximo e aproveitara pra saber como minha ex-sogra estava. Assim mais uma vez tive noticias de Marta.
E desde então eu nunca mais soube nada sobre Marta, até que ontem, fui informado de que ela havia sofrido um acidente de carro, e não resistiu aos ferimentos, faleceu antes mesmo de receber os primeiros socorros.
A noticia chegou a mim de uma forma tão abrupta que demorei a assimilar que havia perdido a mulher que um dia amei de uma forma tão inesperada e dolorosa, que na hora só pude pensar em voltar ao Rio e olhar uma última vez para Marta, e dizer o que não tive coragem em todos estes anos, que ainda a Amo, e que a amei por todos estes anos, só nunca tive a coragem de assumir.
Nunca imaginei que depois de tanto tempo eu fosse reencontrá-la deste modo, me doeu muito vê-la em um caixão, uma sensação desesperadora me sufocou, e quando dei por mim estava revivendo aquela tarde em que eu me despedia de Marta, e quando o silêncio estava para ser rompido novamente eu a segurei e não a deixei partir, disse que ela deveria ir comigo para Porto Alegre, e disse que ela era a mulher da minha vida, que eu a amava mais do que um dia sonhei amar alguém.

Acordei assustado demais... Tudo fora um sonho. Aí de casa feito um louco, corri até a casa de Marta, e na frente da janela de seu quarto eu ajoelhei, e aos prantos declarei o meu amor, com toda a certeza de que jamais irei deixar para dizer que amo alguém quando não mais tiver a oportunidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Escolhas

Chega um momento em nossas vidas que paramos e observamos a direção que nossas escolhas nos levaram. Algumas vezes optamos por seguir por um caminho sem que naturalmente tenhamos percebido que estamos fazendo uma escolha, e quando nos damos conta, fizemos uma escolha que não podemos voltar atrás, o que resta é seguir em frente.
Mas a vida como sempre nos prega peças, e vez ou outra resolve nos colocar à prova, e coloca frente a frente, o passado esquecido e o presente escolhido, e faz com que paremos pra pensar se fizemos realmente a escolha certa, nos cedendo um pouco das lembranças já esquecidas como forma de mostrar que poderia ter sido diferente.
É bem certo que precisei fazer muitas escolhas, mudar muitas vezes de caminho, seguir em frente sem saber por onde eu estava indo e por muitas vezes me enxergar só... Mas se precisasse escolher lá atrás de novo, eu faria tudo novamente, mesmo me custando todas as lágrimas, as noites em clara, e as muitas vezes que tentei desesperadamente mudar tudo, e depois simplesmente ceder aos beijos... Pois os poucos felizes, ainda que passageiros, serão sempre inesquecíveis, e por mais que minha vida esteja mudando de novo, eles valeram à pena.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ontem à noite.

Às vezes a gente espera tanto da vida, que a simples mudança de planos parece nos abalar por inteiro... Mas não se pode desistir porque as coisas não saíram como gostaríamos que saíssem, é preciso seguir em frente e enfrentar o imprevisto com coragem e maturidade. Se preciso, mude o foco, e continue a caminhar...

- - -

A noite de ontem era tão esperada, que quando aconteceu simplesmente arrastou de supetão todas as emoções que eu podia sentir... de momentos que beiravam a perfeição e outros que se perdiam no caos. A quinta-feira que antecipou o feriado veio para ficar marcada nas páginas eternas da minha história...

- - -

Estranho o amor, sentimento sorrateiro, egoísta e impreciso. Se pudesse escolher, não amaria nunca, ou quem sabe só me permitiria sentir isso quando realmente tivesse a certeza de que não sofreria jamais... Mas uma vez o amar puxou meu tapete, justo quando eu me julgava forte o suficiente para achar que eu havia superado esse sentimento que ao menos por esta pessoa quase nunca me fez feliz...

Doeu reviver uma cena que por muito já me fez chorar... Ao menos esta noite eu não chorei. Doeu novamente, não como no passado, mas é bem certo que evoluímos, e nem um grande amor é capaz de resistir ao tempo.

Vou colocar um poema que fiz ontem à noite no caminho de volta pra casa...

Amei Mariana desde o primeiro momento que a vi,
Dela só sabia o nome,
E sabia que seu coração era de outro alguém.

Tempos depois,
Aquela que eu amava as escondidas, estava só,
Vi nascer em meu peito sinais de esperança,
E sonhei.

E foi sonhando que as coisas aconteceram,
Das muitas conversas,
Os carinhos simples,
Meu enorme desejo,
O beijo.

E em pouco tempo,
Tudo que nem havia começado, terminou;

Eu tentei fugir,
Encontrei um novo alguém,
Em pouquíssimos dias eu estava feliz.
Ainda que eu não estivesse esquecido Mariana,
Eu estava feliz sem ela...

Mas ela de novo apareceu.

E sem perceber eu estava só,
E sofrendo,
Confesso que tive por outra vez os beijos de Mariana,
Mas nunca o carinho,
Ou a vontade de acontecer.

O tempo passou,
De novo só,
Eu e o vento,
Os beijos,
Os choros,
A falta.

E quando vi,
Eu estava namorando novamente,
Alguém que nunca havia sonhado em conhecer,
Um mundo novo,
Longe de todos,
E principalmente,
Afastado da dona do meu coração.

Mas reencontrei-a meses depois,
E percebi que nada havia mudado,
E me deixei envolver,
De novo vieram os beijos,
E meu namoro perfeito,
Simplesmente se desfez...

Tentei até onde pude,
Mas decidi parar,
Preferir ficar só,
E por uma vez por todas esquecer Mariana,
E me permitir viver um novo amor.

Mas ontem eu revi Mariana,
Tentei me fazer de forte,
E me permitir viver...
Mas pra meu total descontrole,
Vi a mulher que amo de mãos dadas com o passado,
E justo com o passado que já a roubou de mim uma vez.

Eu não chorei,
Não podia, afinal eu estava com outra pessoa,
Mas fui embora,
Sozinho,
E com muita dor.

Dor de não conseguir esquecer a mulher que amo,
De não consegui me ver com ela,
De amar,
E amar...

Eu realmente amo Mariana.
Mas estou decidido a esquecer...
seguir em frente,
Sem saber aonde chegar,
E quanto tempo vou precisar para isso.

É estranho querer tanto ser feliz com alguém que sequer gosta de ti,
Fazer planos,
E imaginar um futuro que jamais irá acontecer...
Mariana faz com que eu me sinta assim...
Estranho.

(Por enquanto, Mariana – Leonardo Kifer)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Marisa...

No dia em que deixei Marisa, olhei bem nos olhos dela, ela estranhou, de certo havia notado que eu buscava muito mais que enxergar a cor escura dos seus olhos, ou esperasse ver alguma verdade escondida em seu olhar ainda perdido, ela tinha certeza de que eu estava tentando me ver em seu olhar.

Na hora que eu disse até amanhã, ela me segurou, me abraçou forte e disse que me amava, esse foi o jeito que encontrou de se despedir, pois sabia que eu estava indo embora sem sequer dizer adeus.

"Marisa é forte, ela vai entender!", Eu repeti isso vezes seguidas em meu pensamento quando ela desceu algumas estações antes de mim.

Olhando para trás repetitivas vezes antes que o trem partisse novamente, Marisa já dava sinais de fraqueza, e as lágrimas gentilmente começaram a acariciar sua pele, anunciando que vinham para ficar.

As portas se fecharam, e junto a elas um ciclo, eu estava livre novamente, de certo Marisa partira entendendo que aquilo era o fim, já não existia mais um compromisso, eu podia voar como há tempos não fazia, já não devia mais explicações...

Hoje, meses depois de largá-la chorando em uma estação de trem, eu a encontrei. Ela não sorriu pra mim como sempre fizera quando estávamos juntos, apenas me olhou de um jeito diferente, que fazia com que eu me sentisse um estranho.

Marisa estava linda em um vestido vermelho que fazia realçar sua linda pele branca, não parecia a mesma que eu havia deixado para trás. A mulher tímida e sem jeito aflorou-se em uma musa, destas que nos fazem perder os sentidos.

Mas ela não estava só, acompanhada de um homem que nunca vi a mulher que um dia chorou por mim, partiu sem sequer dizer adeus, simplesmente me deu de costas e sem explicação eu chorei... As lágrimas desceram sem que eu percebesse, e quando dei por mim, eu já estava em prantos, sofrendo por perder quem sempre esteve ao meu lado, mas que eu nunca havia me permitido amar...

Eu amei Marisa e só me dei conta quando a perdi.

(Sem dizer Adeus - Leonardo Kifer)

domingo, 15 de novembro de 2009

Post rápido...

Final de semana começa chegar ao fim... Aí aí... Como coisas simples fazem uma enorme diferença na vida da gente...
Nada melhor do que passar o sábado à noite comendo pizza feita em casa, precisa melhorar a receita (kkkkk), jogar UNO até enjoar, beber coca zero (Eu odeio coca zero), e por fim adormecer quando as horas já estavam perdidas na madrugada de domingo...
Acordar e descobrir que todos foram pra igreja e você está só em casa, mas ao lado da cama ficou uma recado lindo, e junto o café da manhã do jeitinho que a gente gosta... Coisas simples que realmente são capaz de fazer nos sentirmos a pessoa mais feliz do mundo.

Quem venha a segunda-feira... Rs.

sábado, 14 de novembro de 2009

Longe de casa.

Às vezes é um saco estar longe de casa, tudo parece incomodar, e nada nos faz se sentir à vontade... daí vem um abraço, um carinho ainda tímido, e o beijo, já tão conhecido, mas que sempre parece novo... E de repente o que antes era uma enorme vontade de ir, transforma-se em um desejo incontrolável de ficar.

Dois corpos quando se unem ao desejo, provocam alquimia, e do mineral mais nobre o sexo, e não importa o que venha acontecer, nunca essa sensação irá mudar...

Às vezes estar longe de casa... É a oportunidade para amar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lentidão de Novembro

Novembro parece ser arrastar em momentos de completo marasmo e melancolia, e assusta o fato de estar só no inicio do mês. De certo, não posso pensar que estes dias desgostosos se estenderão por todos os pesados 30 dias do mês, uma hora ou outra algo novo acontece, e tudo volta a ter cor e luz, e o cinza do Tédio que tem sido esses últimos dias finalmente ficará para trás.

Talvez por conta desta falta de entusiasmo, tenho me afetado muito rápido com tudo que acontece ao meu redor, e na mesma velocidade deixo de me importar com tudo, e acabo por não dar tanta importância aos pequenos rompantes de insensatez das pessoas com que convivo ou convivia, e que agora simplesmente não me preocupo em ter por perto.

Impressionante que em meio a tudo o turbilhão de coisas que estão acontecendo, me falte apenas preocupação, me sinto tão livre, e tão pré-disposto a me sentir feliz que fui incapaz de ser atingido por acusações infundadas, de quem jurava amo a mim. Ato falho meu por simplesmente estar interessado em ter paz de espírito ao invés de rebater críticas infâmias que apenas servem para nos consumir e que no momento não vale a pena eu me preocupar.

O que parece não mudar é o jeito como meu coração se desencontra com a minha vontade, e segue rebelde, desobedecendo as velhas, ordens já muito esquecidas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Doce Deleite.

E de repente a gente para, olha ao redor, e observa que diferente do que achávamos, nós não ficamos parados, caminhamos sempre, mesmo nos momentos em que pensávamos que a vida parecia estar no fim.
É quando descobrimos que o mundo não para jamais, e nos leva sempre com ele, que saímos da inércia e despertamos para vida, na tentativa de recuperar todo o tempo perdido.
Quantas foram às vezes que deixamos de fazer coisas por nos importamos com a opinião alheia, por achar que estávamos cometendo um erro, por medo, ou por simplesmente não querer mudar?
A vida é cheia de surpresas, constantemente estamos sendo surpreendidos com o “inesperado”. Porque precisamos dar as costas para o novo, se podemos aprender ainda mais?
Vamos deixar de pensar que já vivemos tudo, pois existem uma quantidade infinita de sabores, cheiros, sensações e desejos, que não sentimos, e que estão sempre disponíveis para que possamos provar.
Viver é um deleite e um imensurável misto de emoções, que começa doce, segue imprevisível e termina sem muita explicação.

(Leonardo Kifer)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

I Believe

Em algum momento de nossas vidas acabamos reconhecendo que por mais que tenhamos fé em alguém e não deixamos que os comentários das pessoas que nos rodeiam nos influencie, uma hora ou outra acabaremos enxergando que só a crença não basta para tornar ninguém uma boa pessoa.

Quero continuar a crer que eu estou certo em acreditar nas pessoas, e enxergar nelas atitudes boas e verdadeiras, não o que simplesmente elas querem nos mostrar.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Adeus Insegurança


Engraçado como as coisas acontecem em nossas vidas... Ontem eu me sentia o mais inseguro de todos os homens do mundo, aliás, de todos os meninos, pois era assim que eu me via um menino, hoje depois de tanto tempo ouvindo que eu precisava amadurecer, eu finalmente dei inicio a esse processo.
A cada dia uma nova conquista, um passo novo, um jeito diferente de fazer o que sempre me pareceu certo, uma calma antes impensada... Mudanças que não acontecem de um dia pro outro, reconhecida em atitudes.
Mudar! É o verbo que me move, transforma e faz com que eu siga adiante, ainda que seguindo alguns erros do passado, mas sempre com a certeza de estar fazendo o certo.
Hoje eu sou um homem, um pouco mais seguro, e que vez ou outra sente medo, como qualquer criança que já fui.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vida minha...

Minha vida...
Confusa,
Incompleta,
Amada,
E nunca bandida.
Direta,
Com pressa,
Alegre,
Discreta ao mesmo que indiscreta,
Pensativa.
Escrita,
Falada,
Banida,
Quando muito proibida,
Sempre sincera,
Mas esconde mentira.
No escuro,
Escondida da claridade,
Muito falada,
Por demais criticada,
Mas sempre vivida.
Não é a vida de quem reclama,
Nem de quem taca a pedra,
Não é do povo.
É de que não liga!
É somente minha.

(Poema da minha vida - Leonardo Kifer)

2 Tempos

A chuva

Não me lembro bem quando foi a última vez que uma chuva caiu tão suave sobre minha cabeça, e que eu desejei que o mundo parasse para eu simplesmente me molhar... Algumas pessoas tem o dom de nos fazer desejar coisas bobas, com uma enorme importância.

Ah! Já ia me esquecendo do Filme... Assistimos “Bastardos Inglórios”, e quando digo assistimos quero deixar claro a presença de alguém muito especial, que não reclamou do meu atraso, me embalou em sua conversa, me fazendo esquecer que o mundo, apesar de eu temporariamente deixar de perceber, continuava a girar.

Tudo tão simples e tão perfeito...

_________________________________________

Coisas de vó.

Consigo ver a cena: “Eu entro, dou um abraço e desejo toda a felicidade do mundo, digo que a amo, e por fim, ela me olha sem graça, parecendo uma menina tímida do colegial, e diz obrigado”

A cena não vai acontecer, infelizmente a tal “menina do colegial” este ano ficará sem parabéns, conveniente para quem sempre disse que odeia aniversário. O tradicional almoço, salada, carne assada (Feita de um jeito único) e macarrão (Da panela suja da carne assada, que também tem um gosto inigualável) vão ficar na lembrança... Afinal não é dia de festa... É só um dia pra lembrar de quem se foi e nunca mais vai voltar...

É tão presente a lembrança, que a saudade se disfarça só pra gente não perceber que ela não está mais aqui... E quando vem a lagrima, de novo a presença, um abraço apertado, e a dor parece diminuir... É coisa de vó, que paparica os netos, deseducando, e amando de um jeito que nunca consigo esquecer.

Feliz aniversário vó, minha gostosa, que pra sempre vou amar!

domingo, 25 de outubro de 2009

Poema bobo.

Nem sempre deixo minhas lágrimas tombarem,
Muitas vezes escondo o choro por vergonha,
Outras pra não me mostrar frágil.
Mas é bem certo que em todas às vezes que minto sorrir,
Sinto a verdade escorrer pelo meu rosto,
Invisível comparada ao sorriso branco que à todos chama a atenção.

Mas engana-se quem me julgar infeliz,
Porque não sou,
A tristeza não apaga a alegria que carrego em mim,
Ela apenas surge pra Lembrar que apesar de homem,
Ainda carrego comigo um menino,
Desses que só aprendem a andar de bicicleta depois de muito cair e chorar.

Talvez eu precise aprender a levantar sozinho após meus tombos,
Só assim vou deixar pra trás o menino,
E me tornar por completo um homem,
Sem tempo para bicicletas,
Vivendo as responsabilidades da vida de gente grande,
Deixando pra trás os sonhos.
E pra sempre acordar.

Entretanto, não consigo deixar de me ver menino,
De não esconder lágrimas com risos,
De não tentar depois que cair,
E não ter vergonha de pedir ajuda pra me levantar.
Pois não consigo ser diferente do que sou,
Erros, acertos...
Qualidade, e muitos defeitos...
Alguém que vive a vida,
E nunca deixa de sonhar.
 
(Poema bobo de um menino bobo trancado no quarto - Leonardo Kifer)

Fim de domingo...

Domingo está passando tão devagar que fico até com medo de quando de não chegar ao fim... Às vezes penso que prefiro os dias de trabalho aos de folga... Por que será hein???? Alguém se arrisca????
Sábado passou tão rápido e tão sem graça que o domingo foi tedioso demais, será que isso tem haver com o sábado passado? Será? Rs.
É engraçado como algumas pessoas tem o dom de fazer com que não paremos de pensar nelas, “A” é uma dessas... Até saudades das mensagens eu estou sentindo. :$ (Será que se saiu bem na prova de hoje? Acho que pedi tanto em minhas orações que certamente gabaritou toda a prova).
Jogo do flamengo na casa da Thamyres... O bom é que vai ter churrasco. Kkkkkkkkkkkkk.
Amo essa minha coisa “preta” estragada...
Saudades “A”.
Vou colocar um poema que amo muito... Já coloquei aqui uma vez, e acho que vale repetir....
É sobre saudades, escrevi em um momento em que me doía muito a falta de alguém... Hoje só lembranças adormecidas...



Sobre saudades,
Eu já nem sei.
Sofri tanto,
Já muito chorei.
Momentos que já passaram,
Coisas lindas que vivi.
Sobre saudades,
Eu já sorri.
Lugares inesquecíveis,
Inúmeras fotos para registrar,
Sobre saudades,
Em alguns momentos prefiro não falar.
Amigos, Parentes, Amores,
Pessoas que passaram por mim,
Sobre saudades,
Noites inteiras de sono eu perdi.
Os anos passam,
As lembranças aos poucos se apagam,
Os rostos vão desaparecendo da antiga foto,
E sobre saudades,
Uma lágrima,
Um sorriso,
Um suspiro,
E de novo deitar e dormir.

(Sobre saudades – Leonardo kifer)

sábado, 24 de outubro de 2009

É o jeito como me sinto...

Costumo acreditar que quando falamos sobre nossa felicidade sempre afetamos aqueles que não conseguem se realizar... Acabei de falar isso pra alguém que apareceu inesperadamente em minha vida, e desde então ando pelos cantos com um sorriso no canto a boca, e meus pensamentos perdidos.
Algumas pessoas tem o dom de fazer nos sentirmos leves com um simples telefonema, de nos transformar em crianças bobas, que se perdem em palavras tortas, tamanho o nervosismo que sentimos ou ouvir a voz tão esperada.
Sinto ver o sol nascer por entres as montanhas nubladas, trazendo vida para um coração que nem acreditava mais que era possível a paixão correr livre pelo verde gramado da vida...
Se vai dar certo? De verdade não sei... Mas que estou descobrindo a beleza de gestos simples, isso não posso negar.
Meu sábado têm nome, mas prefiro não revelar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Simplicidade...


Não existe tristeza entre corações que só querem ser felizes...

P.S.: Não sei por que desde que beijei o sábado nenhum outro dia da semana parece me importar...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

?????

O Aniversário chegou ao fim... Um dia corrido, cheio de muitas surpresas e presentes... (Adorei os presentes do cara do Sushi, rs).
Ainda estou sem sono... E olha que o dia 19 finalmente ficou para trás...
Amanhã mais festa! (Isso está parecendo aniversário de cigano).
Muitas coisas boas aconteceram hoje, digo hoje porque ainda não dormi, e tive o carinho de pessoas que me marcaram... O melhor de tudo foi ter de volta uma pessoa que realmente estava me fazendo falta, um amigo que em um certo momento perdi e que acho que voltou pra ficar...
Algumas pessoas simplesmente passaram e não deixaram saudades no dia de hoje, outras fizeram muita falta, uma em especial me fez chorar e para ela dedicarei o texto abaixo, como uma despedida;
O melhor de tudo foi que o “sábado” esteve presente no dia de hoje, e eu certamente queria ter sempre por perto, está me fazendo rir nas horas em que eu deveria estar escondendo o choro, me faz suspirar quando não mais acreditava que isso era possível... Vou deixar acontecer... Com calma de um novo menino de 26 anos.
Bom ter vontade de continuar a escrever aqui.



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Realmente algumas vezes desejamos mais do que podemos ter...
Hoje o dia foi o mais especial, eu tive até mais do que merecia ter, me vi cercado por todos que gosto, ganhei almoço, bolos, presentes, mensagens dos mais diversos colegas e amigos. Realmente era o meu dia, e ninguém podia me tirar essa sensação... Só que nem tudo que temos é realmente o que desejamos, e por mais que tenhamos dado todos os sorrisos, nenhum momento foi por inteiro verdadeiro.
Mas é o grande dia, então é necessário esconder as lágrimas e exibir a gratidão de ter todos à sua volta, ter quase todos, pois falta apenas um...
Estranho como uma única pessoa faz parecer que o mais perfeito dos dias não é nada além de um dia comum, e que todos os abraços, presentes e carinhos, não significaram nada diante do enorme vazio que essa “uma” pessoa deixou.
A gente tenta inventar todos os motivos do mundo para desculpar a falta de um telefonema, de um recado, de um minuto de atenção... Mas todas as desculpas são frias, banais diante do fato de ter sido esquecido, ou melhor, de não ser lembrado.
Às vezes me pergunto porque o amor é tão presente na hora em que o ódio deveria existir, ou quem sabe a raiva...
Mas seria tolo acreditar que eu poderia contradizer meu amor com ódio, não sou assim, nunca fui... Eu simplesmente quero acreditar que realmente algo aconteceu, pois seria o único remédio pra curar um coração que não mudou.
Bobo, Idiota, Imbecil e tantos outros adjetivos eu poderia me qualificar, mas apenas me coloco na condição de quem ama, ainda que não devendo amar, e que mesmo sabendo que nunca vai dar certo, não quero deixar de acreditar.


(O dia que não se fez - Leonardo Kifer)

domingo, 18 de outubro de 2009

Linhas finais...

É inquieto que termino as últimas linhas dos meus vinte e cinco anos, por ironia do destino, ou talvez apenas por destino, vive esses últimos dias de um jeito tão livre que me permiti voar sem medo de que me faltasse asas para seguir este vôo tão meu, tão desejado por muito, e que só agora tive coragem de fazê-lo.
Ontem iniciei os “festivos” para a chegada de uma nova idade, um novo ciclo, e por razões que desconheço a vida me proporcionou momentos únicos, e me apresentou diferentes formas para recomeçar esta nova fase;
Tudo bem que estou sempre tão confuso, tão apaixonado por viver, mas à noite de sábado foi inesquecível para alguém que apenas queria ter a chance de recomeçar. Senti o gosto de uma nova vida, e era possível enxergar muito mais em cada segundo ali presente, de repente pude experimentar um novo caminho, e pior de tudo ou melhor, foi gostar.
E logo agora que minha vida seguia por um rumo certo, uma felicidade que há muitos não sentia, estar com alguém diferente de tantas outras pessoas com quem vivi, me fez amadurecer, e mudar meu jeito de conduzir quem sou, encontrei autonomia de ser “eu”, sem me importar em ser tapado, tonto, palhaço, moleque, apenas ser quem sou... Mas de certo a gente nunca ama quem tem o poder de nos fazer bem, sempre queremos as pessoas que nos arrebatam, que mudam inteiramente nossas vidas, até por fim nos deixarem sem chão. Talvez seja por isso que agora que vivo uma fase tão calma, tão querida, me sinto perdido e muitas vezes sem saber como continuar. É estranho estar com alguém que te faz bem, te faz feliz, te alegra a todo o tempo, te satisfaz em muitos sentidos, e ainda sim sentir falta de quem já passou. Quem saiba por isso tudo que ontem foi tudo tão diferente, porque simplesmente me peguei vivendo algo que nunca havia experimentado.
Ontem eu senti desejo, ciúme, cumplicidade, e tesão à cada segundo que provei do gosto de estar renovado, de não ter passado diante do futuro que acabará de “experimentar“.
Ah! Como eu ia me esquecendo disso? Hoje é aniversário de duas pessoas mas do que especiais em minha vida... Que me fazem feliz e que sem elas estaria perdido agora, uma é minha ex-vizinha, ex-professora, e eterna amiga a outra é um chato aí!!!!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Prólogo dos 26 anos...

E sem que percebesse, eu havia chegado aos 25 anos, e engraçado que não me atentei aos sinais do tempo, apenas não me sentia igual à antes, ainda que o espelho continuasse a refletir a mesma aparência.
Alegrias e tristezas se misturaram, amor e ódio caminharam lado a lado em muitos momentos em que tudo parecia perdido, e o amor sobressaiu a tudo isso, e me manteve inteiros em meio a tantos pedaços perdidos por onde andei...
Amar! Sem dúvida essa foi à maior das minhas virtudes este ano, foi amando que me senti feliz e completo, mas foi amando que conheci o gosto amargo da contradição.
Mas valeu à pena... Cada dia, cada segundo, cada beijo dado, cada lágrima que caiu, tudo isso serviu pra formar a pessoa que sou hoje, e me ensinou que a vida é uma continua forma de amar.

(Prólogo dos meus 26 anos – Leonardo Kifer)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Desconexão...

Engraçado o quanto somos egoístas quando amamos, pois, desejamos alguém sem que sequer perguntemos se estamos autorizados a isso, simplesmente seguimos nossa vontade em satisfazer nossos desejos.
O outro por sua vez passa a ser personagem importante em toda a história, a ele quem despejamos toda a responsabilidade de nos fazer felizes... Parece que quando estamos amando esquecemos que felicidade é individual, independe do outro, apesar de estar quase sempre ligado diretamente a outras pessoas.
É preciso que esqueçamos as regras, abandonemos a necessidade de ter que dar o outro o mérito por nossos momentos felizes, é hora de reaprender a começar, e sim, perguntar se a outra pessoa permite que tu entres na vida dela... É o amor educado, consciente, uma forma diferente de tentar.


(Desconexão - Leonardo Kifer)

Como é bom...

Como é bom brincar com o vento,
E de repente sentir um friozinho roçar a pele,
Como lábios que tocam suavemente o corpo,
Na inconstante busca pelo beijo.

Como é bom brincar de sonhar,
E descobrir que vez ou outra conseguimos realizar sonhos,
Transformando o que antes era lágrimas,
Em um sorriso encantador.

Como é bom dizer eu te amo,
Mesmo que ninguém ouça,
É prazeroso o doce sabor que é amar alguém.

Como é bom fazer juras,
Não cumpri-las,
Fazer tudo ao contrário,
E de novo ter você.

Como é bom o vento e os beijos,
Os sonhos e os sorrisos.
Amar e Amar.
E jurar sempre ter você.

(Como é bom – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Acabou o feriadão!

Engraçado o quanto vez ou outra nos damos a oportunidade de brincar de ser feliz... E o mais engraçado de tudo é quando a felicidade caminha lado a lado com perigo de sofrer.
Parece contraditório, mas não é. Não quando reviramos o passado, e trazemos para o presente o que tentamos esquecer, ou pelo menos fingimos ter esquecido.
Feriadão bom demais!!!!!
É hora de voltar a viver o presente!!!!

domingo, 11 de outubro de 2009

4 Tempos.

Feriado, quando?

O domingo chegou trazendo consigo uma felicidade estranha e gostosa. Talvez porque amanhã seja feriado, não sei! Rs.
E é de longe que o dia começa... Após um sábado animado e muito feliz que já vinha de uma sexta-feira no mínimo atraente.
O feriadão promete satisfação total.

Vida que segue...

Algumas pessoas realmente são engraçadas, passam por tua vida, criam uma história por fim, se mostram completas estranhas, como se nós nunca as tivéssemos conhecidas.
Realmente seria diferente se todos fossemos do inicio ao fim, sem fazer tipo, sem precisar esperar terminar uma relação para se apresentar realmente como são.
Ainda bem que algumas coisas terminam para sempre, e que outras ainda perduram mesmo diante do fim... Viva a contradição da vida que segue.

E como será o amanhã?

“Responda quem puder... “
Eu realmente precisava ser piegas e usar um pedaço da música como resposta a minha inquietação.
É a prova que a vida precisa não de respostas, e sim de perguntas para fazer o mundo continuar a se movimentar, e não parar saciado quando já não restar mais questionamentos.
Que bom sentir o frio acordar a gente roçando nossa pela com um suave frio fora de época, que nos ludibria a pensar que vai durar mais que um ou outro dia...

Amor I Love you! Amor I Love you! Amoooor I Love you. Kkkkkkkk.

Experiência muitoooooooo surreal ir em um casamento tradicionalíssimo, eu já tinha me esquecido que essas coisas ainda acontecem nos dias de hoje.
Muito bom ver que ainda é possível... E olha que eu já estava descrente da instituição casamento, ainda mais depois da crise mundial, nossa! Até a General Motors faliu... Sei que a comparação é esdrúxula, mas se faz necessária quando os valores de hoje em dia encontram-se perdidos, nada mais é pra sempre, tudo é passageiro e casual.
Como fico Feliz em ver sonhos sendo concretizados na esperança do amor eterno.
Eu quero casar também!
*-*

sábado, 10 de outubro de 2009

Impróprio.


Vou dizer não quando o amanhã chegar e eu puder recomeçar o meu dia,
Não farei promessas que não poderei cumpri-las,
Nem direi que esqueci quem ainda me faz suspirar.
Amanhã,
Tudo será diferente,
Pois é consciente que irei mudar;
Vou aceitar que não se cura um amor com outro,
E que podemos sim sofrer 1, 2, 3, 4 e tantas vezes forem necessárias pela mesma pessoa,
Mesmo que em todas elas falte a certeza do “acontecer”.
Amar jamais será garantia de ser amado,
Amar é apenas o ato de se entregar,
Sem esperar do outro um sorriso,
E nem um amanhã;
Amanhã,
Tudo será diferente,
Pois não tentarei mais uma vez te esquecer.


(Impróprio - Leonardo Kifer)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Doces & Amargos


Engraçado como parece que foi ontem que sentei para escrever sobre a chegada dos meus 25 anos, e o quanto a idéia de fazer um quarto de séculos parecia me assombrar...
Os 25 anos chegaram, e não foi tão difícil vive-lo, tudo aconteceu do jeito que realmente tinha que acontecer, INESPERADAMENTE!
E foi assim, sem fazer planos, que vi minha vida caminhar para caminhos desconhecidos. Me levando para lugares que eu jamais iria se soubesse a onde iria chegar.
Vivi um amor impossível de acontecer, um amor solitário, que me deixou marcas, que insistiu e resistiu bravamente por mais de uma vez, mas que por fim se viu perdido, derrotado por não agüentar lutar só por tanto tempo.
Muitas foram as vezes que me vi criança, ainda que o mundo teimasse em me lembrar do doce-amargo gosto de se ter 25 anos, e não poder reviver a fase dos sonhos inocentes onde tudo podia acontecer.
E agora que me vejo prestes a fazer 26 anos, não me sinto perdido, tão pouco sinto que envelheço. Apenas me vejo mudar, transitando por muitas formas de “ser”, com uma calma que talvez eu nunca tenha tido, e feliz por ainda não me sentir completo.
De fato ainda irei arrastar comigo para a nova idade muitos assuntos inacabados que sequer sei se terei tempo para terminá-los, mas que certamente ainda se estenderam comigo por outras idades...
Aí de mim viver sem problemas. Realmente busco da vida, as felicidades escondidas nas imperfeições.
Que está nova fase não tenha o mesmo gosto doce-amargo da que estou deixando para trás. Que venha com gosto de mel, e se modifique em tantos outros gostos irresistíveis, para que eu possa desfrutar todo o sabor de se viver feliz.

(Mudança de sabores - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Palavras retorcidas


Às vezes tenho a impressão de escrever em meu corpo palavras que guardo apenas para mim, e aos olhos dos outros ficam impossíveis de serem lidas...
Quantas foram vezes que rabisquei a ânsia de viver um grande amor e acabei revivendo o mesmo amor que por muito já me fez sofrer...
Não adianta tentar esconder em palavras tortas um amor verdadeiro, que se engana em tentar ver-se só.
Eu amo as palavras que não as escrevo, que não leio e que não vejo se apagar... Amo a pessoa que as carrega, dona do beijo mais novo, o beijo não consigo esquecer.
Que inconstância viver um novo amor sem antes esquecer a dona das minhas palavras, aquela que me faz sofrer, a mesma que já amei tantas outras vezes, e até hoje nunca consegui esquecer...
Às vezes tenho a impressão de escrever em meu corpo palavras que guardo apenas pra mim, e aos olhos dos outros formam frases que eu simplesmente não consigo ler.

(Amor inacabado – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Privacidade, Mimos e Idade

Privacidade.

Tem horas em que a vida da gente parece um trailer de um famoso filme, em que todos se interessam em assistir. Ainda me pergunto se todos assistiriam minha vida se tivesse que vive-la por inteira. Porque o interesse na vida dos outros hein? Enfim...

Mimos.

Quando ficamos doente é que percebemos o quão bom é ser paparicado por nossa mãezinha, a mesma que um dia antes gritamos para parar de encher nosso saco. Espero continuar ganhando esses mimos, rs.

Idade.

Eita ferro sô! Não é que meu aniversário está se aproximando? Ixiiiiiii Maria! O Trem bom é fazer aniversário uai, rs.
Hoje ganhei um presente =D!!!!! Isso pq ainda faltam alguns dias... Aí aí aí... Tum Tum Tum! Quem será que deu hein????? Alguém se arrisca? Rs.

domingo, 27 de setembro de 2009

Com ou sem Ana

Minha vida com Ana é marcada
Pelo antes,
O eterno durante,
E um “vazio” depois.
Antes de Ana eu não lembro o que eu fazia,
Não sei aonde eu estava,
Só lembro que tudo era calmo,
E quase nunca eu chorava.
Durante Ana minha vida foi um caos,
Uma enorme e confusa mistura de amor,
Cheia de muitos “bem” e “mal“,
Muitas brigas,
Muitas idas e constantes vindas,
Muito beijos, de diferentes amores.
Depois de Ana,
Nada foi igual,
Era uma vida de lágrimas,
Sem lágrimas,
Um choro desigual.
Se Ana faz parte de mim,
Isso eu já nem sei,
Não foi Ana quem partiu,
Eu quem a expulsei.
Minha vida sem Ana é marcada
Pelo agora,
E o que esta por vir.
(Uma vida com ou sem Ana - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

o bailarino


Imagina um bailarino
Destes que surgem de um grande palco,
Ao som de uma linda canção,
Com passos exatos,
Deslizando sobre o chão.


Então, um menino,
Destes que usam bermudas e bonés,
Que fala com os olhos,
E parece descobrir aos poucos o que quer.


Imagine os dois unidos,
O Bailarino e o menino,
Unidos por única motivação,
A paixão pela arte,
Inspirada pelo coração.


Eu conheci este bailarino,
O tal menino,
Que mostrou como é simples,
Quando se faz algo que se ama,
Tudo se transforma em perfeição.

(O Bailarino - Leonardo Kifer).

E se for mentira?

E se tudo que falam do amor for mentira?
Para onde irei fugir quando a fantasia do amar se perder em meio à verdade da desilusão?
Logo eu que vivo a constante loucura de me entregar à paixão,
Feito um menino bobo,
Destes que quase nunca recorre à razão.
Terei que encarar a realidade?
Tornar-me cético,
E ignorar meu coração?
Não!
Não irei aceitar que desfaçam o mal entendido,
O que foi ditoVerdade se tornou,
Independente de ser fruto de uma mentira,
Um truque de mágica,
Uma doce ilusão.
E mesmo que insistam que amar é uma mentira,
Eu irei contra aqueles que não sabem amar,
Pois a verdade só tem força,
Se nela a gente acreditar.
Então falem o que quiserem...
Porque nada vai mudar.
O que do amor vivi,
Nada poderá mudar.
(Não é mentira – Leonardo Kifer)

domingo, 20 de setembro de 2009

Algumas pessoas...

Ao longo da vida passamos por diversos momentos. Bons ou ruins, não importa, todos eles acabam tendo sua importância lá na frente, quando a maturidade chegar. E por mais que para uns ela possa demorar, ela sempre chega.
E por este enorme caminho, que chamamos de vida. Cruzamos por diversos outros caminhos, outras vidas. Algumas acabamos ganhando vínculos, por afinidade ou qualquer outro motivo que muitas vezes não identificamos, queremos ter aquela pessoa por perto.
Nós enquanto seres humanos somos carentes de companhias, nascemos sós, morremos sós, mas não sabemos viver sós.
E essas pessoas que escolhemos para caminhar ao nosso lado, Precisam querer sempre o nosso bem, por que senão o caminho lá na frente se desencontra e a linha que antes era paralela, se perde, por isso o fim de algumas relações amorosas e até mesmo de amizade...
Mas precisamos ter consciência de quem queremos ter ao nosso lado.
De quem quer que sigamos um caminho sem rupturas, sem que lá na frente, paremos para perceber que perdemos tempo estando ao lado de quem de verdade nunca quis nosso bem.
É preciso entender que nem sempre as melhores amizades serão aquelas que nos farão rir, que nos trará os conselhos mais agradáveis, que sempre irá nos dizer "te amo" e lembrar que é sua "amiga".
Às vezes, muitas vezes, o melhor amigo é aquele que ao longo de nossas vidas, tentamos afastá-lo, ou que julgamos desnecessário, e até mesmo nunca o tenhamos visto como amigo, só porque ele não te falou o que tu queria ter escutado.
Ou que o grande amor de nossa vida pode não ser o príncipe encantado dos desenhos da nossa infância, ele pode sim ser diferente, ser feio, gordo, magrelo, orelhudo, tantos outros defeitos aparentes. O importante é o quanto ele nos faz feliz, não importando se outros serão felizes com ele. Porque precisamos amar por amar e não por ser aceito em consenso geral.
Não precisamos da opinião de ninguém para sermos felizes.
Então olha pra tua vida agora. Veja o quanto já caminhou se tudo o que viveu ao lado de quem escolheu está valendo à pena.
Se necessário, dê um tempo daquelas pessoas que parecem não querer junto a ti, caminhar em direção a felicidade. Porque na vida só teremos a oportunidade de sermos felizes, se nos permitimos chegar lá.
E quando caminhamos em busca do amor, a felicidade só vai importar, para a gente. Não importa o que os outros irão pensar, ninguém mais será feliz por você.

Texto: Algumas escolhas
Autor: Leonardo Kifer
(/*Dedicado a Ana Clara Abreu).

domingo, 6 de setembro de 2009

Poema bobo para um domingo bobo.

De uma hora para outra aconteceu,
O mundo parou,
Ficou apenas você e eu.
Se estava escrito nas estrelas que isso iria acontecer eu não sei,
Não tive tempo para ler,
Simplesmente vi o amor acontecer.
E nessa matemática do amor,
Não sei nem mais explicar a conta do 1 + 1
Porque nosso amor já é tão grande,
Que juntos somos 1.
Amor sem tempo pra durar,
Sem explicações aparentes para acontecer.
Simples e perfeito em todas as imperfeições do ser.
É o amor, sou eu, e é você.

(Amor que não espero - Leonardo Kifer)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Feriado não é tudo igual!

O Feriadão.

Algumas coisas na vida nunca mudam o exemplo disso é véspera de feriado, em que todos os seus vizinhos legais viajam e fica apenas ele que a gente evita durante o ano todo e que justamente no feriadão em que ficamos e nos convencemos que a falta de dinheiro não é o motivo principal de ficarmos em casa e sim a necessidade de curtir um pouco mais nossa casa é que aquele vizinho chato também resolve ficar, e para piorar o seu humor ele te convida (Isso para não usar o termo “Intimar”) a ir ao churrasco de domingo na casa dele.
Bem, se fosse só o churrasco até que poderíamos tolerar, mas passar toda a noite de sexta ouvindo ele anunciar um churrasco que só acontecerá dali a dois dias é muito para cabeça de qualquer um, isso quando ele não usa o pretexto de precisar da sua ajuda no sábado à tarde para organizar os últimos preparativos do evento dominical, que a esta altura começa a tomar uma dimensão maior do que a esperada.
Finalmente chega o domingo, não que você estivesse esperando por ele, mas se teremos que ir à casa do “inimigo” que façamos isso logo, e assim todo o tormento acaba mais rápido. O dia amanhece mais perfeito do que qualquer outra época do ano, tudo para não usar o mau tempo como desculpas para o não comparecimento, o dia perfeito, e você sequer poderá aproveitar a praia.
O jeito é levantar da cama com velocidade de uma tartaruga idosa, fazer tudo o que você tem a fazer antes de se aventurar a sair de casa, e se lembrar de ter esquecido algo muito importante que não poderia ser adiado. Depois de verificar se todos os cantos de sua casa está limpo, checar o motor do carro (Mesmo não entendendo “Bulhufas” de mecânica) apare o gramado do jardim da frente inteiro, e certifique-se se a altura da grama ficou homogênea, 1,25cm é o tamanho ideal para que seu gramado fique perfeito. Só depois de ter feito tudo isso é que você realmente estará livre para ir ao Churrasco deste “querido” vizinho sem que nada de faça sair mais cedo do que o planejado, 45 minutos, porque assim dá tempo de assistir o segundo tempo do FLA X FLU em casa.
Você chegou ao churrasco, e depois de se justificar explicando seu atraso de 5 horas dizendo que tinha coisas importantíssimas a serem feitas em casa e que não podia deixá-las para outro dia é que finalmente começa a grande missão: Como suportar 45 minutos na casa desse cara chato?
Seu vizinho te apresenta a todas as pessoas presentes no local: O dono do botequinho da frente, o colega Francisco com quem ele divide as conversas no botequinho, e a Neide Limpa Campo, uma mulher que vive embriagada e ganhou este apelido por... Por... Bem, esses sãos os outros convidados.
A essa altura já se passaram 15 minutos, “será que o Fluminense fez gol?”, faltam 30 minutos além do combinado. Na churrasqueira ainda tem 4 espetos de carnes, mas parece que ele não se preocupou em fazer nenhum tipo de acompanhamento, logo se você é como eu que não come nenhum tipo de carne, se prepare, pois terá que se virar nos trinta para sobreviver aos eternos 30 minutos em que seu vizinho ficará te perturbando tentando fazer com que você engula um pedaço de carne goela abaixo só para tentar te convencer de que não existe nada melhor que uma boa fatia de carne vermelha.
Você resistiu a tudo, as cervejas derramadas em cima de você, as vezes que o Jairo, o vizinho chato, colocou a mão de gordura em cima da blusa novinha que você ganhou da tua namorada, as conversas sem sentido algum (Quando que o Chacrinhas foi Presidente do Brasil? Isso não está nos livros de história), enfim, você sobreviveu a tudo isso, agora como dizer que chegou a hora de ir embora?
“É Jairo, amanhã é feriado, eu sei.”, “Também sei que não trabalho”, “Claro que eu não te acho um chato”, 3 horas depois do que estava programado para voltar para casa você retorna. Ainda tem a segunda-feira para aproveitar, afinal é feriadão, não é?
Atchin! Atchin! Atchin! Chegou a segunda amanhece e você gripado e com febre. Nada de reclamar, tudo está perfeito, ao menos você não precisa sair de casa e dar de cara com aquele vizinho filho da ... 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9... O jeito é ver filme na TV à cabo mesmo e dormir, afinal de contas o feriadão acaba amanhã mesmo!

(Texto – Leonardo Kifer)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Meninas normais???


As meninas do dia de hoje

Já faz muito tempo que “ser menina” significava brincar de boneca e usar escondida as roupas e as maquiagens das mães. Hoje elas brincam de futebol, empinam pipas, jogam bolas de gude e vídeo game tudo isso com muita maestria, e não ficam para trás em relação aos meninos.
Essa nova geração de garotas vive em meio a um turbilhão de informações, tudo está muito acessível, maquiagens, roupa, dicas de beleza e moda, acessórios dos mais diversos.
Ser uma adolescente nos dias de hoje não é mais como nas décadas anteriores que a maioria das meninas fingia ter mais idades só para não serem consideradas adolescente, mentir idade agora só se for para assistir a um show de uma banda famosa, de preferência se for dos irmãos Jonas Brothers que está em alta entre elas.
A liberdade de crescer livre, para ter suas escolhas aliadas as muitas informações disponíveis fez com que muitas tribos de novas mulheres surgissem. Das tradicionais (A turma do: “Ela parece minha avó”) as “Nens” (As que se vestem para chamar a atenção dos “carinhas” nos bailes).
1 - As tradicionais
Estão cada vez mais em extintas, elas dividiram-se em 2 para tentar manter a existência da espécie:
*As Nerds – Garotas estudiosas que vê nos estudos uma possibilidade de sucesso profissional e financeiro. Elas se escondem em figuras que não ligam muito para aparência, a vaidade é o último item a se preocuparem em suas listas de prioridades. Em geral elas nutrem algum tipo de paixão secreta por seus professores.
*As Patricinhas – Elas existem antes mesmo de a palavra MODA ser inventada, e provavelmente foram elas quem a inventaram. Essa espécie é tão avançada que ela se subdividiu em 2 subespécie.
*1 – As Fashionistas - Garotas que são loucas pela moda. São capazes de morrem de fome só para entrar em uma calça Diesel manequim 36. Elas não cometem erros, as fashionistas são extremamente cuidadosas ao escolherem suas roupas. Geralmente são populares entre seus colegas de escola;
*2 – As despojadas – Elas não estão nem aí para as tendências de modas, o que interessa para elas é estar confortáveis em suas escolhas, mas nunca perdem sua elegância, conseguem ficar lindas com um Jeans simples, uma regata básica e um chinelo de dedo. São elas que na grande maioria das vezes conquistam os meninos mais populares de seus grupos. As despojadas costumam ter uma boa condição social e são muito queridas em seus círculos de amizade.
2 - As roqueiras
Elas existem desde os anos 80 quando o Rock teve seu ápice mundial, mas não se engane se pensa que as roqueiras de hoje vivem como as daquela época, chegar ser ingenuidade pensar nisso, visto que hoje existe um mercado muito amplo para essas garotas. A indústria da moda investe cada vez mais para manter essas consumidoras abastecidas com roupas e acessórios próprios para o estilo, chega de se adaptarem produzindo suas roupas como no passado fizeram. Elas hoje em dia ganham diversas denominações, punk, grunge, EMO core, dark, e tantas outras... Mas todas elas podem perfeitamente se encaixarem nesta categoria de roqueiras.
3 - As periguetes
Não importa em que lugar você esteja, a música que esteja tocando, a época do ano, pois elas sempre estarão por perto. São as famosas periguetes, que ao longo do tempo vai se renovando e ganhando uma nova classificação nominal, já foram chamadas de cachorras, filés, tchutchucas, broto (Como nossos pais as chamavam no passado), elas vieram para ficar.
Em geral as periguetes sofrem discriminação das outras categorias, principalmente das Patricinhas que acham vulgar o jeito como elas se vestem (Short e saia do tamanho de um cinto, um top bem curtinho combinando com a sandália de dedo plataforma e o prendedor de cabelo e muitas bijuterias para compor seu estilo único).
Elas são chamadas assim por conta de suas altas taxas de libido e a forte tendência a não quererem se prender a um compromisso amoroso. Elas chegam a ser chamadas de “safadas por isso”.
4 - As Funkeiras
Elas se assemelham muitos com as periguetes, porém funkeira que funkeira só se relaciona entre os seus. Suas características básicas são: As calças da CBK (Loja muito famosa entre elas), Os pêlos do corpo pintados de amônia, faixas na cabeça, e muitas gírias indecifráveis. Uma funkeira que se preze nunca chega aos dezoito anos se ao menos ser mãe.
5 - As skatistas
Elas são responsáveis por grande parte da revolução têxtil no fim dos anos 90. Com um jeito muito feminino elas reinventaram o guarda roupa feminino inserindo um vestuário similar ao masculino no dia a dia, mas sem nunca perderem a feminilidade.
6 - As Bofinhos
As bofinhos são as meninas que tem um gestual masculinizado, além de se vestirem como meninos. Grande parte delas optam pelo homossexualismo.
7 - As menininhas
Elas são lindas, completamente afeminadas, porém gostam de outras meninas, as menininhas chegaram para ficar e substituir completamente as bofinhos (Tarefa muito difícil), elas vez ou outra ficam com meninos, porém não se subestime, o lance delas é ser feliz.
8 - As “Nens”
Elas tentam se adaptar a tudo que está na moda, e sempre acabam exagerando, são aquelas que usam a roupa errada na hora mais imprópria, e sempre tendem para o “Brega“, mas elas se julgam as mais lindas, e as mais bem vestida, portando se encontrar com uma Nem na rua não há nada a fazer além de tentar disfarçar sua vontade de rir diante a tantos excessos.
Bem, tentar entendê-las é praticamente impossível o máximo que podemos é aceitar as muitas facetas das meninas dos dias de hoje, e aproveitar a diversidade que a diferença nos proporciona. E torcer para um melhor convívio com todas esses tipos.
 
(Texto - Leonardo Kifer) 

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sonhar



Anjos são seres abençoados, protetores, e que vela o sono dos seus protegidos a noite.
Eu sou um anjo. E ao longo da minha existência cuidei de muitas vidas, e ao contrário do que todos pensam, eu não velo sono, eu vejo sonhos dos meus protegidos e os acompanho até a sua realização. Confesso que muitos sonhos morrem antes mesmo de se realizarem, muitas pessoas desistem de sonhar por não saberem esperar, por falta de determinação talvez, ou simplesmente porque com o tempo elas dão mais valor aos problemas da vida e acabam deixando de acreditar, deixando pra trás os sonhos para viverem as suas próprias realidades.
Mas ontem eu fui fraco, mesmo acostumado a ver sonhos morrerem todos os dias, eu fraquejei ao ver Liza matar seu último sonho.
Logo ela que eu a acompanho desde pequena, que a vi crescer, aquela menininha sonhadora que acabará de despertar para adolescência, como eu podia ser forte assistindo de frente ao fim de tudo?
Eu poderia esperar isso de qualquer outro, mas dela não. Ela era tão destemida, tão crédula, sempre aos outros a acreditarem em seus sonhos, sempre tão feliz. O que fez ela desistir?
A vida de nunca foi fácil, ela nasceu de sete meses, sua mãe teve um parto muito complicado e morreu minutos após dar a luz a ela.
Liza foi criada por sua avó materna até seus cinco anos de idade quando foi levada para morar com seu pai e nova esposa dele de quem ela recebeu um carinho enorme. Aos 8 anos de idade, a menina foi encontrada desmaiada em seu quarto, sua madrasta, Julia a levou para o hospital e após ficar cinco dias internada os médicos diagnosticaram um caso raro de Leucemia, ela não poderia receber transplante de medula óssea, um caso raro que não tem cura, mais se tratado corretamente Liza poderia ter uma vida normal.
Tiago cuidou de sua filha com todo carinho do mundo, e Liza se transformou em uma lida adolescente. Tudo parecia estar perfeito na vida dela, Julia havia se tornado um mãe, tão dedicada e cuidadosa que garota nunca se queixara por não ter conhecido sua mãe biológica.
Quando completou 15 anos, Tiago e Julia fizeram uma linda festa de debutante para a filha, mas no momento em que ela iria dançar a valsa, ela desmaiou e foi levada inconsciente ao hospital.
Os médicos disseram a Tiago que Liza teria pouco tempo de vida, e que não poderia voltar para casa, seu estado inspirava muitos cuidados. Quando Liza foi avisada por seu pai de seu real estado ela não chorou, não ficou triste, apenas levantou a cabeça e disse que sairia daquele hospital bem.
Os dias foram passando e o estado de Liza permanecia igual, mas a menina não desanimava nunca, ela tinha total convicção de sua melhora, e vivia tentando consolar as pessoas que iam visitá-las, ela sempre tinha um sorriso carinhoso para receber seus parentes e amigos.
Mas ontem ela não acordou quando sua avó chegou para vê-la, eu tentei, eu juro que fiz de tudo para acordá-la, mas nada parecia trazer-lhe a vida de volta, os médicos tentaram de tudo para reanimá-la mas foi tudo em vão. Liza morreu aos 15 anos na noite de ontem.
Dizem que anjos são criaturas imaculadas. Talvez eu não seja realmente um anjo, não depois de sofrer tanto com a morte de uma mortal, que eu sabia desde o inicio que não passaria da noite de ontem no momento em que ela nasceu, há 15 anos atrás.
Hoje Liza acordou um anjo, e tem como missão fazer os sonhos se perpetuarem.

(Sonhos - Leonardo Kifer).