terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mãe...


Talvez um dia vá entender tudo o que ela sempre quis me dizer quando brigava comigo, mais hoje eu não pude ficar calado e por mais uma vez acabamos brigando. É bem verdade que eu respondi por que estava cansado das mesmas reclamações dela. E que talvez se eu tivesse escutado em silêncio nada teria acontecido, e agora não estaria indo dormir sem seu boa-noite.
Mas em todos estes anos quase nunca ela parou para me escutar, sempre o seu ponto de vista era sempre o certo e com o passar dos anos eles sempre terminavam em discussões.
Mais é engraçado que mesmo agora que acabamos de brigar eu não consigo deixar de amá-La e me sentir arrependido porque mesmo me sentindo com razão eu levantei a minha voz para ela.
Enfim... Esta noite não terei a benção de minha mãe.


(Mãe e filho - Leonardo Kifer)

Um dia pra esquecer...


Hoje meu dia não foi dos melhores,
Não achei um grande amor,
Não ganhei na loteria,
Não fiz nada que me tornasse um ser humano melhor.
Hoje eu apenas fui eu.
(Um dia pra deixar de ser - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pecador...


Hoje tentarei me traduzir,
Explicar um pouco de quem sou.
Talvez quem saiba esteja apenas cansado das tentativas,
Todas elas fracassadas,
Daqueles que tentaram me desvendar.
E que me culpam,
Transformam-me em monstro
Por não conseguirem saber quem realmente sou.
Talvez tenha chegado à hora,
De deixar as asas,
Estas que todos cismam ver em mim,
E de uma vez por todas
Provar a todos que não sou anjo como dizem,
E sim um homem,
Um pecador...
Mostrarei meus defeitos,
Que por muito se esconderam,
Deixando ser visto apenas qualidades
Estas que alimentavam minha soberba,
E a cada dia mais ilustravam minha pérfida santidade.
Menti sim quando aceitei ser anjo,
Pois não tenho crenças,
E sou critico de minha própria fé.
Eu sou um confuso narrador de minha saga,
O último de minha raça.
O “santo pecador”.
Sou o dia seguido do ontem,
O amanhecer que estar por vir.
E assim vou me traduzindo,
Mostrando que não sou diferente,
Nem melhor nem pior,
Sou apenas mais um na multidão,
Um poeta e suas mentiras,
Um amante sem paixão.
A controvérsia de minhas poesias,
E no final de tudo,
Apenas um texto,
De beleza duvidosa,
E complicada tradução.
Alguém de difícil acesso,
Mas nenhuma proteção.
Sou um olhar nos teus olhos,
A resposta de tua pergunta.
O oposto de suas razões.
Um pássaro livre,
Que sozinho aprendeu a voar.
Uma flor um espinho.
A coragem e o medo,
Que lado a lado caminham.
A terra e o mar.
Não busque um mapa, um dicionário,
Ninguém nunca me acha ou consegue me desvendar.
Pois sempre fui sozinho,
E escolho quem ao meu lado deve estar.
Hoje sou apenas Leonardo,
Quem sabe amanhã não possa ser João?

(Ser – Leonardo Kifer)

domingo, 28 de setembro de 2008

Acertando as contas com o bom velhinho...


Papai Noel não existe!
Durante todos esses anos eu acreditei fielmente na existência do velhinho de longa barba branca que surgia toda noite do dia 24 de dezembro trazendo consigo presentes para todas as criancinhas que se comportasse bem. Mais hoje à tarde eu descobri que papai Noel não mora no pólo norte, ele é o vizinho da rua de cima que todos os dias enche a cara no botequim da esquina, é bastante improvável que no fundo do bar exista uma fabrica de brinquedos, assim como é impossível de acreditar que as renas do bom velhinho sejam os cachorros que ele cria com muito zelo e uma boa quantidade de sobra de comida.
Para mim, descobrir que o símbolo do natal era uma fraude e que o velhinho que ficava sentado na cadeira do shopping era na verdade o seu Andrade, o bêbado da rua de cima, tinha sido um choque enorme e talvez eu jamais fosse ser o mesmo de antes.
Resolvi então ir tomar satisfação com o tal impostor, fui à casa do Sr. Andrade, mais como era tarde fui informado por sua esposa (“senhora Noel”) de que ele estava no botequim e não pensei duas vezes, e fui até ele. Chegando lá eu falei tudo que eu estava sentindo por ter sido enganado, foi quando ele calmamente pediu ao Sr. Manoel mais um copo, e antes que eu pudesse recusar ele me entregou um copo de cerveja e começou a falar sobre sua vida, desde o tempo de sua infância. Quando eu dei por mim já eram quase 10hs da noite e nós já tínhamos bebido mais de uma caixa de cerveja (Nesta altura já rolava até um churrasquinho de gato providenciado por amigos do Sr. Andrade). Como estava ficando tarde demais combinamos de deixar o papo para o dia seguinte ali mesmo no Botequim do Sr. Manoel.
Saí dali com a certeza de que papai Noel não deixou de existir, apenas começou a aproveitar melhor sua vida!

(Acertando as contas com papai Noel – Leonardo Kifer)

sábado, 27 de setembro de 2008

Eu:.



Segredo,
Este sou eu...
Na verdade poderia ser apenas chamado de mistério,
Não, não poderia...
Talvez fosse somente uma charada.
Destas tão simples,
Que ninguém descobre.
Quem sabe eu tente ser apenas um enigma,
E me traduza em palavras metafóricas,
E assim vou me tornando mais um incompreendido
Um autor de minhas próprias palavras,
Um poeta do meu eu.
Sou um imortal que morre,
Um santo pecador,
Um anjo negro,
O frio e o calor...
Sou o oposto de mim,
O contraditório sonhador,
Um risco
Um giz
Eu sou eu,
Eu sou...
Luz e escuridão,
Um riso, um choro...
O silêncio, a música.
O sossego, o barulho.
Um idioma escrito,
Em uma língua que se traduz em um beijo...
Um beijo difícil de ganhar,
Eu,
O céu,
A terra,
E o mar.

(Eu – Leonardo Kifer).

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Às vezes...

Escrevo,
E apago tudo que começo a rabiscar...
Talvez as idéias para um novo texto não são as melhores, as mais criativas,
Mas às vezes elas apenas estão soltas em mim...
E é nessa hora que preciso junta-las.
Escrevendo vou contando em palavras momentos que vivi,
Ou às vezes só quis viver.
Rabiscando personagens de contos,
Crio histórias que às vezes me ajudam superar a dor.
E se preciso falar de amor,
Rascunho um castelo,
E coloco nele a mais linda das princesas...
Se o amor é impossível,
Escrevo as possibilidades,
Só pra poder ter um final feliz...
Se tiver que escrever sobre mim,
Uso códigos, codinomes que me afastam dos olhares tiranos.
E se falo do passado,
Procuro não resgatar as marcas,
Pois do passado só quero o futuro que não vivi,
Onde só existem sonhos,
E as ilusões estão apagadas...

(Tempo - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Queimando o "manual do fazer"...



Engraçado como muitas vezes quando somos autênticos agredimos alguém, e o mais interessante é que parece que estamos errados por agirmos por espontaneidade e não por seguirmos o “manual de como fazer” estipulado pela sociedade. Então quando nos damos conta estamos seguindo o “manual” tão a risca que acabamos virando pessoas sem personalidade, porque estamos constantemente agindo para agradar o outro, e deixamos de lado o realmente queremos fazer.
E assim vamos seguindo nossas vidas, um jogo onde a palavra adaptação é a chave para o sucesso. A popularidade é o auge, mais para alcançá-la é necessário muito trabalho, entre milhões de crocodilos a serem engolidos, as alianças com as pessoas que detestamos e os sacrifícios que fazemos deixando de lado nossos desejos pessoais ainda é necessário cair no gosto do coletivo, ser bonito, e principalmente, é fundamental que você se enquadre no modelo estipulado pela sociedade. Só assim você conseguirá o “Topo” da pirâmide.
Chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Até quando tentarmos nos encaixar aos padrões da sociedade? É preciso deixar para trás os padrões e sermos autênticos. Não podemos passar a vida toda tentando ser aceito na sociedade. Esses padrões sociais são criados por pessoas frustradas, que não tiveram coragem de viver seus sonhos, e fazer seu próprio caminho. Não vamos nos acorrentar aos padrões que não nos acrescentam a nada. Não podemos aceitar que nos imponham o que devemos vestir, comer, que escolham nossa crença, nossos gostos? Somos nós quem devemos escolher nossos hábitos e não cabe a ninguém julga-los. Liberdade para aqueles que têm coragem de querer viver! Vamos rasgar os “manuais de como fazer” e vamos começar um mundo onde todos são livres para escrever suas próprias histórias. Só quando nos importarmos menos com o que o outro faz que olharemos para o “outro” como um igual.

(Basta – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Enquanto espero o sono chegar...


Parece que os dias vão passando,
E sobraram apenas às incertezas,
De um amanhã que parece não vir.

O sorriso é de um menino,
Mais o olhar é do homem que teme a aonde ir,
Mas parece continuar a seguir o caminho sem traços.

A página é branca,
O futuro ainda sem cor,
E muitos lápis de cores para colorir.

É a falta de sono,
E o sono que não vem,
Sou eu sem dormir.

(Enquanto espero o sono – Leonardo Kifer)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sem Frida.


No dia em que Frida foi embora
Eu não chorei.
Fiquei parado.
Encostado a porta que acabara de se fechar.
Eu estava só em casa,
Apenas eu e o cheiro ainda “vivo” de Frida.

Na manhã seguinte a sua saída,
Eu estranhei o silêncio,
A falta das brigas,
E das gargalhadas dela.
O mundo agora era estranho sem Frida.

Por várias vezes me peguei olhando a porta.
Talvez na esperança de que ela voltasse.
Mais com o passar dos dias percebi que isso não aconteceria.
E sem esperança deixei de esperar.

E quando vi minha vida havia mudado,
Eu havia começado a beber, a fumar...
Mais tudo isso era provisório,
Porque o dia que Frida voltasse eu largaria meu vicio.
E não estaria mais só.

(Sem Frida – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O varal...



Engraçado, quando perdemos alguém que amamos muito pensamos que com o tempo iremos conseguir superar a perda e a saudade aos poucos diminuirá. Talvez eu esteja precisando um pouco mais de tempo para deixar de sentir falta dos carinhos e broncas da minha avó que partiu sem dizer adeus, e deixou um vazio grande na vida de todos que puderam conviver com ela...
Hoje eu vi o varal da “casa da minha avó” (Não consigo me referir aquela casa como não sendo dela) com algumas peças de roupas penduradas, e chovia fino lá fora. E olhando aquela roupa eu pensei como minha avó poderia ter estendido roupa na chuva, se ela sabia que não iria secar... É realmente eu havia esquecido que ela jamais faria tal coisa. E o que parecia chuva escorrendo pelo meu rosto era apenas saudade que o tempo não apaga e vez ou outra transforma em lágrimas.

(Saudades da minha avó – Leonardo Kifer);

domingo, 21 de setembro de 2008

Sem sono...


O que eu faço se o sono não vem?
Contar carneirinhos já não funciona mais...
Quando vejo me perco na conta
E começar do zero na madrugada fria
É despertar ainda mais o sono que não vem.

E como posso ter insônia,
No sábado que não foi feito pra dormir...
Talvez eu esteja apenas sentindo falta do silêncio das boates,
E trancado em casa,
Nesta noite barulhenta,
Aonde o único som vem TV,
Eu não durmo,
Incomodado.

Então recorro ao meu velho livro de poemas esquecidos,
E recito um lindo sonho que não chegou,
Na hora parada da aurora,
Esperando paciente a chegada da inércia.

Sentado na escada,
Vigiando as estrelas,
Espero sem pressa,
A manhã chegar.

(Recitando madrugadas – Leonardo Kifer)

sábado, 20 de setembro de 2008

O ignorado...


O ignorado pede um poema,
O autor faz.

O ignorado não quer uma rosa.
Não trás vinho.
Nem quer paz.

O autor planta palavras,
Bebe romances tintos,
Faz guerra e cria a paz.

O ignorado,
Sozinho...

O autor,
Com um vinho.

O ignorado se faz em versos,
O autor cria prosa;

Ignorado e autor
Poemas de versos & prosas;

(Poema de Versos & prosas – Leonardo kifer);

Rs...


E quando o muito ainda é pouco,
Eu crio novas palavras,
Para um mundo novo,
E vou deixando o ontem descansar com a noite que já não volta,
E vou correndo juntando as ondas,
Desejando ter ainda mais do que já vivi...

E mesmo que sobrem lágrimas,
Não faltaram sorrisos,
Abraços e carinhos,
E beijos...

É vontade do amanhã,
De uma nova escrita,
De um eterno - recomeçar,
A vida,
Que nunca se satisfaz
E que quer sempre mais...

É o coração de novo pulsando,
É o vento que sopra,
A chuva que não vem...

E quando o muito ainda é pouco.
Eu quero mais.

(Mais – Leonardo Kifer)


Nossa! 100 textos publicados... Passou tão rápido...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Palavrinhas bobas...


Só palavras,
Apenas palavras...
“Montadas” por sentimentos
Seja reais ou imaginários.
Palavras que falam de amor.

Frases, textos...
Palavras que compõem,
Histórias entrelaçadas por sentimentos.
Seja reais ou Imaginários.
Palavras constroem o amor.

(Palavras de amor – Leonardo Kifer)

Eu e ela...



Hoje eu acordei tão mal quanto fui dormir ontem à noite, nossa, achei que realmente fosse acordar bem... Mais não é assim tão fácil se livrar desta maldita. E olha que eu fiz de tudo para que ela saísse de minha vida, mas parece que ela sequer se importou. Grudou em mim como uma praga peçonhenta. Eu sequer consegui dormir esta noite, ela não me deixava em paz, parecia que não se satisfazer com o que já tinha consumido de mim, tinha uma vontade louca que não cessava nunca. Fui dormir por volta das cinco horas da madrugada, exausto, sem força sequer para levantar e beber um copo com água. Mais logo cedo o inferno recomeçou, e ela me despertou do sono como uma louca insana com cede e disposta a tudo para saciá-la. Não teve jeito, às dez da manhã eu estava no médico, quase sem forças fazendo nebolização... Essa gripe feio com tudo, me pegou de jeito.

(Gripe – Leonardo Kifer)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Segredos (...)


Segredos,
Que contamos pros outros,
Que não contamos pra ninguém.

Segredos,
Que me sufocam,
Que sozinho me fazem chorar.

Segredos,
Que me prendem,
Como um caminho único a andar.

Segredos,
Que surgem do meu medo,
De enfrentar o mundo e seguir.

Segredos,
Um baú sem chave,
Que preciso abrir.

(Segredos – Leonardo Kifer).

Uma noite sem luar.


Hoje eu não vi a lua,
Não sai de casa sequer para ver o sol...
Não briguei com o mundo,
Mas me escondi nas palavras,
Escolhi os poemas,
De poetas solitários,
E decidi me juntar a eles,
E virar um homem de um amor só.

Meu caminho agora se tornou um livro,
Uma casa sem janelas,
Meu coração,
Vinho tinto.
Minha vida a dela.

Um poeta,
Que já foi anjo,
E pecou.
Amar era o pecado,
O amor carregava consigo a dor.

Hoje eu não vi a lua,
Não senti o cheiro do teu sangue,
Não pequei,
Hoje apenas chorei por amor.

(À noite sem lua – Leonardo kifer)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Reaprendendo...


Engraçado como fazer poemas depois que você se foi se tornou mais difícil... Não sei ao certo mais desde que partiu não me sinto tão inspirado... Vez outra ensaio palavras que não tem forças para se tornar um poema, e então elas se perdem no vago espaço que você deixou.

(Poemas de um homem só – Leonardo Kifer)

Aprendendo a lidar com o amor...


Eu sei que parece estranho,
Muitas pessoas reagiriam a um eu te amo diferente de mim,
Mais eu não posso ser quem não sou,
Não posso mentir amar.

Sei que fui impulsivo ao terminar,
Que poderíamos conversar melhor,
E também sei que não me forças para que te ame,
Mais eu já não me agüento de tentar e não conseguir te amar.

Então não é justo,
Que enquanto a chuva caia lá fora,
Sobre a lagoa de um Rio de praias,
Eu escute você falar de amor,
E eu simplesmente não saiba te amar.

Pode ser que eu não saiba lidar com pessoas tão bem,
Quanto tento relacionar com as palavras.
E assim não forme poemas de meus amores.

O fato é que por mais que não pareça,
Melhor eu achar o fim antes de começar a história,
E lá na frente à gente pode até um dia concordar que foi melhor assim...

Perdoa-me por terminar quando disseste que me ama.
E não se culpe, por eu não te amar.
Porque tudo ao teu lado foi tão perfeito,
Que é impossível trocar beijos na hora do adeus.

(Não posso dizer eu te amo – Leonardo Kifer).

Talvez eu não queira ser anjo...


Se um dia eu te chamar de anjo,
Não me lembres que tu és mortal...
Não me faças cair em lágrimas
Ao me condenar a solidão daqueles que são anjos...

Sei que não somos iguais,
E talvez seja a tua diferença que me encantas,
Mais juntos poderíamos ser um

Acredita!
Mortal e um anjo podem se unir,
E transformar o pecado
No belo

Você me ensinaria a andar com suas pernas.
E eu a voar com minhas asas.

Mais se um dia eu te chamar de anjo,
Não me lembres que tu és mortal.
Não me faças cair em lágrimas
Não me condene a minha própria solidão.

Solidão de quem ama só ao teu lado,
De quem tens a eternidade ao lado de quem caminha para a morte.

Prometa-me que ao teu lado serei sempre mortal,
Mesmo se um dia você se for...
Prometa-me viver sempre outras vidas,
E sempre mentirmos sobre anjos.
Para sempre viver contigo o amor;

(Mentindo não ser anjo – Leonardo Kifer)

Esperando pelo velho Noel...


E quando o natal chegar eu irei correr até a janela, e ficar ali, parado, esperando pelo presente que pedi ao velho senhor de barbas brancas. Todo ano é certo de que vou gostar do meu presente, mesmo quando não é o que pedi. E olha que já nem sou mais criança... Mais fazer o que se me acostumei a ganhar os mimos no natal. Os embrulhos da arvore nem sempre me agradam, não são mágicos como os do velho Noel.
Mais vez ou outra me pego pensando o que será dos meus natais quando chegar o dia que o velho senhor de barbas brancas não aparecer... Acho que o encanto do natal irá acabar. E ao invés de sorrisos pela manhã, encontrarei lágrimas nas meias vazias penduradas na janela da sala de estar.
Que estranho pensar que irei sentir falta de alguém que nunca vi que sempre surgiu quando o sono já me vencia...
Alguém que sempre me deixou lembranças virar uma lembrança... Talvez quando este natal chegar eu não espere com a janela aberta.

(Um outro natal – Leonardo Kifer)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Você...


E você aparece no acaso,
Diz teu nome,
Um sorriso e some.

Um dia volta,
Apenas pra dizer adeus,
E de novo sorri,

E quando penso em você
Vejo uma página vazia,
De muitas coisas que ficaram por escrever.

Mais parece que não deseja ser lido,
Afinal você é mistério.
Que me encanta.

E eu escrevo em páginas que não marcam,
E vejo surgir frases que não fazem sentidos,
Então procuro um outro jeito de tentar saber que é você.

(Você – Leonardo Kifer)

Nosso filme...


Talvez eu apenas tenha chegado na hora errada,
Precipitei-me ao tempo,
E não esperei você chegar.

Ou quem sabe foi você que não achou que era a hora,
Achou que poderia controlar o universo,
E não me deixou alcançar você.

O certo é que nosso filme não aconteceu.
O cinema estava vazio,
As portas abertas,
E lá não tinha ninguém,
Não tinha você,
Apenas eu.

(O filme que não aconteceu – Leonardo Kifer)

Trocando lágrimas por poemas.


Eu não choro quando você me não faz chorar.
É engraçado te confessar isso,
Mais não podia continuar te enganando.

Mesmo quando não me feres com um punhal,
Eu não sinto dor,
E ainda sim eu não choro.

E quando não me procuras,
Eu não me sinto sufocado,
Porque tua presença nunca é demais.
Eu nunca choro por ela.

Aí quando brigamos,
Eu nem reclamo de sempre ter a culpa,
De nunca poder argumentar,
Eu não choro por teus gritos.

E quando não me és fiel,
Eu finjo não ver,
E assim não choro.

E mesmo agora que não sei onde você esta,
Eu não te procuro,
Não espero por um Adeus,
E também não choro.

(Eu não choro – Leonardo kifer)


*Dedico a ti que mesmo sem ter intenção me faz chorar.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Eu e meus 20 e poucos anos.


Domingo vai acabando com uma noite fria e uma garoa gostosa caindo lá fora... Então entre uma conversa e outra acabo sentindo saudades de mim, de um passado que não pode voltar. Mais entre as boas lembranças, que estão escondidos os momentos de tristeza e alguns pedaços de arrependimentos...
E quando a gente mexe no baú cheio de poeira que existe dentro do nosso peito tudo pode acontecer, e é inevitável fugir de sentimentos que escondemos por anos.
E entre tantos sorrisos que brotam destes arquivos, surge um choro fraco, sem lágrimas, sem som; É a vontade de voltar ao passado apertando meu peito, sufocando minha alma por não conseguir mudar...
Se eu pudesse pelo menos uma vez voltar ao tempo... Mais talvez seja certo não poder voltar, porque de certo eu faria tudo de novo, e de novo me arrependeria de errar.
Eu e meus vinte poucos anos, de lágrimas, risos e erros...

(Eu e meus vinte poucos anos – Leonardo Kifer)

domingo, 14 de setembro de 2008

Aprendiz...


Sou um aprendiz
Escrevendo minha vida em um livro de muitos capítulos,
Rascunhando páginas sempre com novas experiências.
Não sou misterioso,
Nem tão pouco um quebra-cabeças,
Sou apenas o que escrevo,
Um ser de difícil tradução,
Escrito em um idioma que só eu posso traduzir...
Talvez eu seja um poeta,
Que aprendeu com o sofrimento a falar de amor,
Ou talvez eu seja só teu poeta,
Pois cada palavra que escrevo,
Escondo teu nome,
Em frases que expressam minha dor.
Dor de te querer e ter que ficar calado.
Sei que não tem culpas,
Que segue os versos da tua vida,
E eu apenas minhas prosas.
Talvez eu realmente seja um poeta,
Destes condenados a não viver o amor.
E ainda traçando novas linhas,
Novas páginas.
Não consigo a tradução verdadeira de quem sou...
Apenas descubro que sou o que quero ser,
Mesmo confuso do que querer...
Mas não pense que em toda esta contradição de mim mesmo
Eu seja alguém sem personalidade,
Pois não sou...
Conheço-me no que já escrevi.
Apenas tem medo,
E não me acho,
Nas páginas em branco que estão por vir,
Eu sou eu mesmo longe de você...
Apenas um apaixonado que sofre (calado), sente ciúmes.
E se descontrola ao teu lado...
E anjo,
Quando não estou com ninguém...
(Eu - Leonardo Kifer)

Coisa de menino...


E o que faço quando não estou sozinho,
Talvez seja segredo,
Um segredo meu...

Afinal sou um menino,
Que brinca de empinar pipas,
De bola e carretel...

Menino e segredos,
No canto de encantos,
Longe de todos,
Revista na mão.

Menino que não chora,
E aprende a disfarçar o medo de escuro,
E começa a caçar meninas como um leão.

Menino que tem segredo,
Encontra o desejo,
E descobre no espelho o tesão.

(Menino – Leonardo Kifer)

sábado, 13 de setembro de 2008

Coisas que escrevo debaixo da cama...

Já é madrugada e ainda estou acordado... Talvez seja a culpa que não me deixa dormir. Hoje pela manhã eu tive a certeza de que não posso mudar o mundo. Nem mesmo o meu mundo. E foi com os olhos lacrimejando que corri contra o vento na tentativa que pudesse fugir de todos para chorar sozinho.
Engraçado, quando criança eu achava que poderia ser o que quisesse e iria a qualquer lugar, pois eu construiria o meu destino... Só que a gente vai crescendo e começamos aos poucos perceber que não poderíamos nos transformar em super-heróis e que para se tornar algo e ir a algum lugar é necessário construir um caminho que nem sempre pode ser desenhado sozinho e que vez ou outra pode não acontecer.
E um dia você simplesmente descobrirá que não importa o que você faça nada mudará o seu mundo... E quando o solstício de inverno chegar e não te deixar dormir você era entender que o que muda não é o mundo, e sim o trajeto que fazemos enquanto vivemos nele.
Estou parado no meu mundo, tentando escolher qual caminho escolherei para o meu amanhã.

(Insônia – Leonardo Kifer)

Fazendo rimas para crescer.


De um bebê pelado,
A um menino mimado...
Assim rimando fui crescendo...

Um guri maroto.
Um moleque arteiro...
Um homem que aprendeu amar o pecado.
Quase sempre foi apaixonado.
Por corações quase sempre forasteiros...

Muitas lágrimas,
Risos.
Beijos.
Vinhos...

Amor e sexo,
Namorado e amante,
Um eterno, um inconstante.

Ao teu lado,
De novo um menino,
Um moleque,
Homem,
Amante.

(E com você – Leonardo kifer)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tia Elza...


Salve Elza Soares e todo seu talento! Quem me dera se todas as novas cantoras tivessem um pouco da qualidade musical desta mulher que tem molejo no sangue. Uma diva viva e imponente quando sobe ao palco e reina soberana com seu timbre único e majestoso... Assim como um bom vinho ela parece melhorar com o tempo e não mostra os sinais da idade ou talvez eles simplesmente não tenham nenhuma significância para ela. Que assim seja eterno, uma noite com um bom vinho um bom beijo e uma boa dose de Elza Soares!

Fazendo poema...


Você acha que sempre posso transformar a vida em um poema,
Como se fosse fácil escrever sobre lágrimas,
E recitar sorrisos.

Quase nunca consigo criar versos rápidos,
Geralmente “quebro a cabeça” em rascunhos de vidas,
Em idéias de passados...

Nem sempre um lápis faz um texto,
Mais constantemente crio o novo com uma borracha,
Apagando e reconstruindo uma nova prosa;

Assim faço meus poemas,
Com poucos versos, quase sem rimas,
E um pouco de vida nova.

(Criando versos – Leonardo Kifer);

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Fases...


Hoje eu acordei com medo.
Medo de não conseguir mudar quem sou,
De ser sempre o mesmo,
E deixar o tempo passar.

Então resolvi desafiar meu medo,
E sem perceber eu estava mudando meu jeito,
Estava deixando de ser o mesmo,
E usando o tempo a meu favor...

Hoje irei dormir sem medo,
Sem saber que serei quando acordar,
Certo de que jamais serei o mesmo,
E que o tempo sempre irar passar.


(Fases – Leonardo Kifer)

Nossos 35 dedos...

Eu ainda estou aprendendo a ser com você
E juntos somarmos 35 dedos,
E muitas gargalhadas...

Eu ainda estou aprendendo a estar longe de você,
E somar 24hs longe de você.
E nossas muitas risadas ao telefone.

Eu ainda estou aprendendo a não te perder.
E somar um milhão de anos junto a você.
E eternizar nossos momentos de felicidades.

(Somando eu e você – Leonardo Kifer)

Se esperar...


Esperar?
Ainda achas que alguém vai esperar por ti?
Foi esperando tu se decidires que escolhi te deixar...

E agora tu dizes que espera mudar...
E esperas o que?
Que alguém mude o mundo por ti?

De verdade não sei por que ainda perco tempo contigo,
Pois tenho certeza de que jamais irá mudar...
Vai estar sempre esperando a hora certa...
E para sempre verás as horas passar...

Esperar?
Vou embora com as horas...
E tu ficarás para sempre com o seu medo de mudar.

(Esperar – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mentiras por amor...



Eu falo mentiras
Às vezes pra disfarçar a solidão
Contando mentiras pros outros
Vou caminhando rumo à contramão

Na contramão da musicalidade
Meu coração continua a compor
Na batida da vida
Às vezes minto pra esconder que é amor

Amor que eu não poderia sentir
Nesta estrada sem direção
A música que agora toca no rádio
Embala minhas muitas mentiras
E me escondem na escuridão

Escuridão em um dia de sol
Música ao fundo me fazendo chorar
A verdade do que sinto é uma poesia
Que minhas mentiras não me deixam recitar

Recitar a verdade é o que eu preciso
E dizer a você que o que sinto é amor
Voltar a ver a luz do dia
E viver a verdade
Seja ela como for

(Um pouco de minhas mentiras - Leonardo Kifer)

As noites com o gordo...


Eu já não estava mais suportando o descaramento da Izaura, toda a noite eu chegava a casa e ela estava lá com o gordo, se preparando para dormir... Eu tinha que dividir a atenção da minha mulher com um outro homem, e pior, um gordo. Cada vez mais eu me sentia humilhado... Para o gordo ela nunca reclamava de dor de cabeça, estava sempre disposta... Eu já não lembrava quando havia sido a última vez que eu tinha tanta importância para ela quanto o gordo tem... Não adiantava querer conversar com ela, o gordo fica! Ela sempre terminava a frase assim...
Confesso que aos poucos também fui cedendo ao tal gordo, e quando percebi estava por completo admirado por ele... Ele me fascinava, me fazia rir... Em pouquíssimo tempo eu já disputava um lugar meu perto do gordo...
Hoje minhas noites são sempre assim: Eu, minha mulher e o programa do Jô... Eita gordo legal esse hein...

(Dormindo com o gordo – Leonardo Kifer)

só...


Sozinho,
Pretendo criar um discurso,
Para o amor de um homem só.

E vou gritar pra mim,
Todas as palavras de um louco apaixonado,
De um amante solitário,
Ensaiando a vida de um homem só.

Vou envelhecer ao meu lado,
E contar pra mim todas as histórias de minha vida.
Toda uma vida que passei comigo,
A vida de um homem só.

E vou chorar quando tiver que partir,
Por deixar uma vida tão minha,
Um poema de um único ator,
De um homem que deixará a vida só.

(Só – Leonardo Kifer)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Eu e meu velho companheiro...


Lembro como se fosse hoje a primeira vez que nóis ficamos juntos, eu era apenas um menino que acabava de chegar à adolescência, você já era bem mais experiente, conhecia caminhos que eu ainda nem sonhava chegar. Eu estava nervoso, com medo de não ter feito a escolha certa, mais você ficou ali imóvel, esperando que eu tomasse a iniciativa de te pegar e me encaixar por inteiro em você... Eu ainda estava receoso quando encostei em você, mais tudo pareceu perfeito quando te trouxe para bem perto e pude sentir teu cheiro.
O encaixe foi natural e te sentir foi realmente maravilhoso... Eu agora já me sentia por completo seu, estava entregue a todo seu conforto... Eu andava deslizando por todo seu corpo novo e aventureiro.
Hoje depois de alguns anos ao teu lado eu já te tenho de vários jeitos diferentes, você combina com qualquer momento meu e eu não tenho vontade alguma de escolher um outro que não seja você.Você é e sempre será meu eterno companheiro... Meu par de all star preto de lona com tira vermelha eu realmente não vivo sem você.
*Dedico este post ao meu velho par de All star preto com tira vermelha.

O poema que deixei pra ti.




Porque o poema que eu fiz e deixei na sua mesa era teu,
Escrevi pra ti,
Por ti...

Meus sentimentos,
Ficaram em letras,
Imortalizado no poema que não tenho,
No poema que deixei em cima da mesa pra ti;

Eu falei de amor,
Falei de mim.
Falei de ti,
E quem sabe tenha falado do nosso amor.
Mais todo isso só você pode saber,
Porque eu não tenho o poema que deixei em cima da mesa pra ti.

(O poema que te deixei – Leonardo Kifer)

O imperfeito perfeito!


Talvez eu esteja sendo muito precipitado ao dizer que foi perfeito...
Até porque dizem que não existe perfeição.
Nem quando me perco em teus beijos...

Então eu que sou completamente imperfeito,
Agradeço a perfeita imperfeição dos momentos com você ao meu lado...
Das risadas e brincadeiras,
De crianças imperfeitas...

E se hoje eu vir uma estrela cadente,
Irei pedir para errar sempre perto de ti.
E que todos os nossos erros juntos continuem terminando em risadas...

Essa noite não junto a você,
Mais mesmo assim essa também é uma de nossas noites,
Porque mesmo longe,
Tudo pode parecer tão perfeito só porque uma outra noite eu tive você.


(Imperfeito perfeito – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poesia para um certo Drummond...


O caminho até você era longo,
Eu precisava seguir por uma rua ainda sem fim.
Mais por acaso peguei um atalho,
E logo eu estava com você.

Entre tantos passos caminhados juntos pela orla,
E por várias vezes disfarçando o olhar,
Resolvi deixar a timidez de lado,
E um beijo eu quis te dar.

Nem se vivêssemos em outras vidas,
Acharíamos um jeito melhor de começar.
Pois nenhuma poesia mais bonita Drummond poderia recitar.
Foi ao lado dele que te beijei,
Ao lado do poeta dos poetas,
O homem do mar;

Entre passos e passos,
Areia era agora o lugar.
O mundo por minutos não existia,
Apenas eu, você e o mar...

E quando já estávamos nos perdendo no tempo,
O acaso “menino rasteiro” um peça resolveu pregar.
E foi dando um susto que ele nos alertou da hora,

Correndo na areia deixávamos para trás o cenário dos nossos beijos,
Cada vez mais distante agora eu via o forte de Copacabana,
A chuva fina ainda caia sobre nossas cabeças.
Mais a gente já não podia mais ficar...

Aí saudade do mar da gente,
Da gente no “pé do mar”...


(Aos olhos de Drummond – Leonardo Kifer)

Teatro, Crepes e o Mar.


O teatro.

O domingo virou uma caixinha de surpresas, e boas, diga-se de passagem... Uma delas foi o espetáculo “Aux pieds de la lettre” da Cia dos à Deux (baseada em Paris, foi criada em 1997 com o impulso de dois artistas, André Curti e Artur Ribeiro, brasileiros radicados na França) que esteve em cartaz no caixa cultural – Teatro Nelson Rodrigues. Simplesmente fantástico... Sai de lá encantado e completamente apaixonado pelo trabalho dos atores franceses que sem pronunciar uma única palavra sequer foram capazes de comandar todo o espaço cênico com a maestria de poucos. Domingo que vem um novo espetáculo!

Crepes.

Depois do teatro nada melhor que comemorar com amigos que já não via há algum tempo... E os crepes foram à pedida do domingão... (Alguém lembra do post
Crepes. Doces, amargos... Crepes.? Rs). Mais desta vez eles pareceram ter um gosto muito melhor, e eu que nem sou tão fã me fartei no rodízio de crepes. Muito bom ter uma cia agradável, tudo parece ser bom.

O Mar.

Sai antes de todos do rodízio, eu precisava ver o mar... Então fui ao seu encontro... Demorei até ter coragem, mais foi ao lado de poeta de Copacabana (Carlos Drummond de Andrade) que eu pela primeira vez beijei o mar...
E mesmo parecendo tudo tão perfeito entre as areias e a chuva fina que trazia as ondas o inesperado aconteceu... Pivetes! Oh! O que seria do Rio de Janeiro sem seus famosos “pivetinhos de rua”... Então foi no susto que a lógica aconteceu... as águas conseguiram enganar aqueles que vieram roubar-me e junto com a mais bela onda eu consegui escapar. Mais claro que em meio a toda esta poética preciso citar o Felipe com medo, o segurança do restaurante “Transas” as gurias histéricas dentro do banheiro do “Transas” e depois já no apartamento da Michele as gargalhadas da Renata acordando os vizinhos. Rs. Domingo perfeito... rs.

domingo, 7 de setembro de 2008

O dia "D".


Domingo... Aí domingo. Dia de descanso sagrado para todos. É a recompensa de uma semana inteira de trabalho. O dia de folga; E o pior dia de toda a semana. Afinal de contas domingo é dia que a maior parte da população esta a toa. E isso significa que:
Os shoppings estarão lotados, os restaurantes com filas imensas, os cinemas e teatros já estão sem ingressos, as praias congestionadas de farofeiros com seus isopores e cadeiras de praia, enfim... Tudo que não se consegue fazer no domingo é descansar.
E não pense em fazer um churrasquinho em família não, porque os vizinhos e parentes distantes irão aparecer, e deixarão louças e bagunça para você limpar;
Eu sou a favor de criarem um dia pós domingo, assim teríamos tempo para descansar a correria do domingo para na segunda-feira estarmos completamente renovados para mais uma semana de trabalho. Assim poderíamos também nos livrarmos do trauma de ter o Faustão apresentando um programa no meio da tarde do único dia que teríamos livre para ver uma boa programação na TV.

Manias & Manias.



Toda pessoa tem uma mania. Se tu achar um que diga que não tem manias certamente o fato de negar já se caracteriza uma mania. Eu poderia descrever várias manias minhas, por exemplo, o uso contínuo da palavra mania já é uma mania minha. toda vez que falo de manias repito desvairadamente esta palavra.
Para cada situação da minha vida eu tenho alguma mania, é como se eu anexasse uma “M...” (Estou tentando parar de repetir esta maldita palavra) a cada coisa que eu fizesse.
Se eu estou dirigindo, eu não consigo parar um minuto sequer de olhar para o velocímetro. É como se com o olhar eu pudesse aumentar ou diminuir a velocidade.
Para tomar sorvete eu preciso beber refrigerante. Ao sair de casa olho para os lados antes de sair no portão. Se ligar para alguém eu repito os números duas vezes antes de efetuar a ligação, em caso de emergência repito quatro para fixar ainda mais o número. Atravessar a rua sem correr é claro, mesmo quando o carro esta prestes a me atropelar. Lê o jornal só se for o primeiro, parece que as noticias perdem o interesse se outra pessoa a lê primeira. Escrever só de caneta azul. Só sentar na fileira da direita do cinema. Viajar de avião só se for à janela. Nunca usar verde com azul. Boné sempre preto. Não comer em prato molhado. São tantas as “M...” que eu não tenho tempo às vezes para fazer as outras coisas...
Mais atire a primeira pedra aquele que não tem manias!
Mania, mania, mania, mania, mania, mania, mania, mania, mania, mania, mania...

(Manias – Leonardo Kifer)
*Texto meramente fictício. Rs. Eu não tenho Manias! Rs.

:D ->Dedico ao Felipe por ser simplesmente MARA!
Obrigado por ser esse guri tri, que fala pelos cotovelos... O mundo que agüente nossas peraltices. Rs.

sábado, 6 de setembro de 2008

A culpa é sua!



Acordei com aquela estranha sensação de que hoje eu teria um dia ruim... Dormi de novo para ver se foi só o mau jeito na hora de acordar... Bem, desta vez acordei atrasado e com a certeza de que não teria um dia bom.
Mais o dia nem sempre saí do jeito imaginado, e consegui piorar ainda mais minhas expectativas quando me surpreendi com o carro batido na garagem... (Lembrei que teria que sair de ônibus).
Telefone toca... Não consigo atender a tempo... Sem créditos para retornar. Blusa rasgada debaixo do braço, como eu não vi isso? Porque justamente esta blusa? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Peguei o ônibus errado.
Volto pra casa apedrejado pelo mundo e escorraçado sorte, quando sou surpreendido pela empregada: Tudo bem?
Acho que o pombo deixou um presentinho no meu cabelo. Por que havia algo gosmento nele quanto tentei arranca-lo no ato maior de fúria.
Tomei um banho frio, afinal de contas o chuveiro estava queimado... E fui me deitar na tentativa de dormir para o dia acabar mais rápido... Mais o vizinho do lado resolveu reformar o apartamento, tentativa frustrada a minha.
Tive medo de perguntar se algo ainda poderia piorar... Mais que saber, nem precisei perguntar por que a resposta veio com a companhia, vieram cortar minha TV a cabo por falta de pagamento.
Eu iria passar o resto do dia sentado na sala sem TV e escutando o barulho da obra do vizinho. Jamais, resolvi colocar um bermudão e ir correr no parque... Esta chovendo bastante né Seu Roberto? Foi o que a empregada disse quando eu estava pra abrir a porta. Foi aí que eu demiti a minha empregada!

(A Demissão – Leonardo Kifer)

Brincando com o tempo...


Minutos...
Como saber quanto preciso esperar?
Um minuto que antes era feito por segundos,

agora passou reproduzir eternidades...
Assim me vejo preso nos minutos que você me pediu pra esperar!
Meu relógio parece não funcionar como o seu,
Meu tempo deixou de andar lado a lado com o tempo do teu tempo.
Minutos...
Horas são formadas através deste ponteiro cruel,
Um minuto que me leva,
Parece que te deixa pra trás,
O minuto que te leva, pra mim resolveu não passar...
O tempo que agora esta perdido, quer uma hora pra se acertar,
Me dá sessenta minutos, pra eu poder recomeçar...

(Minutos de um autor preso nas horas - Leonardo Kifer)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Alguns anjos...


Venha para meu mundo,
Onde a eternidade é uma escolha,
E a morte opção
Venha ser anjo,
Um anjo na escuridão...

Não sou apenas mais um,
Eu sou aquele que escolhi ser,
O senhor de mim,
Que agora quer você.

Um vampiro disfarçado de um lindo anjo
Que tua alma quer levar
No sussurro da noite,
Te eternizar.

Beija meu "beijo"
Esquece o teu sofrer
Anjos na noite
Não esquecem de viver.

Anjos se tornam vampiros
Depois de serem contaminados com a dor do amor,
Na noite, sozinho,
Vampiros causam temor.

Ah que lindo anjo que agora vem te pegar
Levar-te para a terra do nunca
Onde nunca mais irá amar

(Anjos da noite - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fel_icidade...


Então volto a ouvir aquela canção já tão repetida em meu aparelho de som... Mais é incrível como eu nunca me enjôo desta música... Começo a repetir a letras da música, como se estivesse cantarolando e assim vou caminhando em direção a cozinha, o alvo é a geladeira, lá apanho uma travessa de torta de chocolate e parto uma fatia bem generosa... Ainda cantando e agora até ensaiando alguns passos inventados começo a dançar... Na mão, a torta.
Volto pro quarto, e me lembro o quanto esta torta fica bem servida com um copo de refrigerante estupidamente gelado... Corro desta vez e providencio as pressas uma Coca-Cola super gelada.
A música acabou, levanto e coloco para tocar de novo... Nossa como esta perfeita esta torta... Pedaços de chocolates. Hummmmmm... Sorrisos. Mordidas...
Tudo tão perfeito... Uma torta de chocolate, beijos, brincadeiras, tortas, sorrisos, torta, sorrisos, beijos, mais beijos, chocolates... Gargalhadas.
A tarde passou tão rápida que nem me lembro por onde ela começou... se foram os beijos ou se foi a torta... Alguma coisa me tirou a atenção.

(À tarde – Leonardo Kifer)

Ele...


Eu sei, em todos os anos que estamos juntos eu só me recordo ter dito eu te amo pra ti uma única vez. Mas, de verdade... Eu não me recordo quando foi à última vez que lhe ouvir dizer isso para mim. Mesmo assim eu acredito fielmente no teu amor, mesmo que ele não seja declarado.
E quantas vezes brigamos? Eu não saberia dizer ao certo, afinal foram várias... E em todas elas eu sequer consegui te odiar, e todos os rompantes de fúria que gritei dizendo que te odiava, foram apenas rompantes de um menino mimado. Afinal de como poderia odiar alguém que faz parte da minha vida, uma pessoa que me ensinou muito do que sabe, e pouco quis ouvir as que eu aprendi sozinho... Talvez não as tivesse julgado importantes. Quem sabe realmente não eram.
Eu te vi envelhecer a medida que tu me via crescer. Trocamos dentes de leites por fios de cabelos brancos, risos por brincadeiras e mimos, pirraça por palmadas... Um pacto sem palavras, um acordo que surgiu antes mesmo que eu pudesse aprender a falar...
Eu não lembro da minha vida antes de você ali... Certamente não existe uma vida minha sem você.
Você que tem regras irritantes, um jeito sério. Uma pessoa de poucas palavras, um pai... Com todos seus defeitos e manias... Meu pai.
Acho que preciso dizer mais vezes o quanto te amo...

(Pai – Leonardo Kifer)

Olhar para você novamente... ou pra mim?



Hoje a saudade que senti de ti foi sufocante, por um momento pensei não poder suportar. Peguei a caixa de fotos que já estava esquecida em cima do guarda-roupa e comecei a buscar por ti nas fotos, como se de alguma forma eu pudesse me sentir confortado por registros de lembranças suas. Mas foi em vão, não havia sequer uma única fotografia sua naquela caixa.
Seu telefone estava desligado, e por mais que eu continuasse a insistir nada iria mudar, ele continuaria desligado...
Tudo que eu mais queria era ouvir tua voz, olhar para você novamente e te ver ali com aquele sorriso sem igual, e suas gargalhadas, aí... Eu estava sentado na sala, apoiado no sofá, sozinho e prestes a chorar...
De repente toda aquela angustia havia passado, e as lágrimas que ameaçavam cair cessaram... Então lembrei que não encontrei suas fotos porque simplesmente eu nunca as tive, assim como eu não sabia ao certo o número do seu celular. E todo o vazio que sentia por não ter você junto a mim não poderia existir, pois eu sempre caminhei tão bem longe de ti...
Desabotoei o colarinho que estava me sufocando... Agora eu estava finalmente me sentindo bem.

(Sem você, Eu! – Leonardo Kifer).