segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Anjo Noturno

É só quando surge o crepúsculo que me liberto do sono,
E me permito viver,
Por entre as ruas frias e inseguras,
Caminho buscando o vago cheiro de desejo,
Nos olhos perdidos,
Da madrugada ainda sem fim.

Longe do que é bom,
Vou me mantendo íntegro,
No meu conceito de ser.

Atravessando corpos,
Rompendo sonhos,
Desafio a lua,
A nunca mais desaparecer.

O sol, é um inimigo constante,
Que duela com minha insegurança,
Me sufoca,
Fazendo com que eu precise recuar.

Infiel triunfo da morte,
Que pernoita as noites chuvosas,
De uma cidade sem leis,
Com pessoas sem fins.

(Anjo noturno - Leonardo Kifer)

domingo, 29 de novembro de 2009

Um adeus.

A vida, doce levemente amarga, que deixa vontade de quero mais quando chega ao fim...
Triste ver alguém que conhecemos partir, sem sequer dizer adeus... Às lágrimas dos mais íntimos torna-se irritação aos olhos apreensivos de que não queria chorar, e sem perceber, fazem com que até os mais fortes se desmanche em uma fina camada de emoção.
Domingo triste...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quimera

Um devaneio
Foi assim que ela surgiu pra mim.

Caminhando sobre a chuva fina de um outono calado,
Ela roubou minha atenção no instante em que a vi.

Deslizava sobre o asfalto molhado,
Ao mesmo tempo, que parecia voar com seu longo vestido branco.

De onde ela veio,
E para onde ela pretendia ir?
Não conseguia parar de me perguntar quem era aquela estranha mulher,
Que sorrateiramente me roubara pra si.

Fiquei imóvel,
Enquanto ela avançava em minha direção,
O cheiro de jasmim era tão intenso,
Que não se perdia no vento,
E vinha a mim por entre as gotas de chuva.

Ela não parou ao passar por mim,
Não me olhou,
Sequer pareceu me notar.

Eu rompi minha gelidez,
E a segui por entre à noite,
Ela prosseguiu sem sequer olhar para trás,
Eu começava a sentir frio,
Mas estava decidido a ir em frente.
Não conseguia querer parar.

Inexplicavelmente ela sumiu,
Como uma sombra que se perde no escuro,
Ela desapareceu.

Eu estava em um lugar que nunca havia estado,
Agora sozinho,
E assustado.

Tentei correr,
Voltar de onde eu vim,
Mas não me lembrava do caminho de volta.

Comecei a gritar,
Derrubar tudo que via na frente,
Clamava por alguém que pudesse me dar audiência,
Mas tudo em vão,
Eu realmente estava só.

Adormeci,
Talvez o cansaço me permitisse deitar em qualquer canto,
Escolhi o chão.

Era noite ainda,
Achei estranho ter dormido por tantos dias,
Pois já nem me lembrava como era o sol.

Até que a luz voltou,
Uma porta,
Este era o formato da luz.

Um homem de imediato surgiu em forma de uma enorme sombra,
Me levantou,
Eu amedrontado com tudo aquilo, não reagi.

Então como alivio,
Ele desamarrou o nó da blusa que segurava meus braços,
Eu estava solto de novo.

Ele perguntou se eu ainda via a mulher vestida de branco,
Mas desta vez eu menti,
Disse que não.
E ele me deixou ir.

Eu não queria que ele a conhecesse,
Estava perguntando demais sobre ela.
Por isso não falei a verdade.

Essa noite quando ela aparecer de novo,
Vou perguntar seu nome,
E se ela disser,
Eu não contarei a ninguém.

(Quimera – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Quanto vale o teu sorriso?

Alguma vez na tua vida tu já te perguntaste quanto vale teu sorriso?
Ao longo das nossas vidas passamos por tantos momentos, vivemos tantas coisas que acabamos por deixar e nos atentarmos as pequenas coisas que nos motivam, que nos provocam suspiros, nos fazem arrepiar, e por fim, nos levam as gargalhadas...
Atropelamos diariamente a sensibilidade as coisas simples e puras da vida, e cobramos cada vez mais de nós mesmos, sempre em busca da felicidade, trabalhando cada vez mais para nos sentirmos realizados, e só depois felizes.
Estamos sempre reclamando de que o ano está passando rápido, que nos falta tempo para tudo. Mas se pararmos pra pensar, o ano tem os mesmos 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos. Será que não estamos usufruindo de forma errada nosso “tempo”?
A sociedade está cada vez evoluindo mais rápido, a tecnologia se aprimora a cada novo instante, tudo a favor em nome do progresso, a todo instante uma nova ferramenta tecnológica é inventada para facilitar a vida do ser humano.
Mas ao que parece nada inventado até hoje é tão bom que nos faça ganhar tempo e dinheiro ao mesmo tempo... É a “eterna” era do Capitalismo, em que nos sacrificamos constantemente em busca de condições sociais para estarmos sempre nos enquadrando as novas tendências do mundo consumista em que vivemos. Por fim nos lamentamos por não conseguirmos encontrarmos o equilíbrio entre as conquistas materiais e as pessoais.
Recorremos aos analistas, eles sim sabem o que nos falta, afinal de contas, fazer análise hoje em dia é cult, está na moda.
Precisamos nos libertar dessas amarras, e voltarmos a ter a felicidade das crianças, que riem quase que o tempo todo, independente do problema que está se passando ao redor delas, só assim, livres, que encararemos a vida de uma forma mais leve, mais fácil de se viver... Só quando enxergamos a felicidade dentro de nós sempre, e ela está o tempo todo com a gente, e que iremos descobrir que nossos sorrisos são gratuitos, que simplesmente surgem, e quase nunca conseguimos contê-lo.
Sorria por tudo, ache no problema uma coisa que te faça ri, assim tu vais solucioná-lo com mais facilidade.
Sorria para a vida, para si, para todos, e veja como esse simples gesto te fará mudar.

(Sorria - Leonardo Kifer)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Última chance...

Cafajeste! - Foi o a única coisa que ela disse quando eu a informei que estava indo embora.
O silêncio quase nunca me foi incomodo, mas desta vez veio como uma bofetada na cara.
Eu fiquei encarando os olhos lagrimejados de Marta por minutos, mas eles não me olharam uma única vez. Após romper a quietude em que nos envolvíamos, ela me deu de costas, e simplesmente se foi.
Lembro-me de ter ficado imóvel até o fim da tarde, e de ter me surpreendo por não chorar, por não fazê-la ficar e ouvir minhas explicações, afinal eu tinha tanto a dizer, não queria partir sabendo que Marta estava com ódio de mim, não foi assim que eu havia planejado minha partida, esperava que ela me ouvisse, e só então entendesse meus motivos e os aceitasse.
Só voltei a ter noticia de Marta três anos depois, eu havia voltado ao Rio, e encontrei uma antiga amiga, que entre uma conversa e outra deixou escapar que Marta havia se casado logo após minha ida para Porto Alegre, e que tinha um filinho com um pouco mais de dois anos. Eu estava noivo, mas ainda sim me abalou muito saber que a mulher que muito amei estava casada e era mãe, era egoísmo meu me sentir assim em relação à felicidade dela, ainda sim eu não conseguia me sentir feliz.
Casei-me com Julia um ano depois, escolhi o Rio de Janeiro como cenário de minha Lua de mel. Aproveitei minha estadia na cidade maravilhosa para rever velhos amigos e alguns parentes que ainda moravam na cidade. Inevitavelmente me peguei pensando em como Marta estaria, e sem perceber estava ansioso por informações dela. Aproveitando que havia resolvido dormir durante a tarde por conta de uma inesperada dor de cabeça, fui à casa de Dona Dora, mãe de Marta, com o pretexto de que estaria próximo e aproveitara pra saber como minha ex-sogra estava. Assim mais uma vez tive noticias de Marta.
E desde então eu nunca mais soube nada sobre Marta, até que ontem, fui informado de que ela havia sofrido um acidente de carro, e não resistiu aos ferimentos, faleceu antes mesmo de receber os primeiros socorros.
A noticia chegou a mim de uma forma tão abrupta que demorei a assimilar que havia perdido a mulher que um dia amei de uma forma tão inesperada e dolorosa, que na hora só pude pensar em voltar ao Rio e olhar uma última vez para Marta, e dizer o que não tive coragem em todos estes anos, que ainda a Amo, e que a amei por todos estes anos, só nunca tive a coragem de assumir.
Nunca imaginei que depois de tanto tempo eu fosse reencontrá-la deste modo, me doeu muito vê-la em um caixão, uma sensação desesperadora me sufocou, e quando dei por mim estava revivendo aquela tarde em que eu me despedia de Marta, e quando o silêncio estava para ser rompido novamente eu a segurei e não a deixei partir, disse que ela deveria ir comigo para Porto Alegre, e disse que ela era a mulher da minha vida, que eu a amava mais do que um dia sonhei amar alguém.

Acordei assustado demais... Tudo fora um sonho. Aí de casa feito um louco, corri até a casa de Marta, e na frente da janela de seu quarto eu ajoelhei, e aos prantos declarei o meu amor, com toda a certeza de que jamais irei deixar para dizer que amo alguém quando não mais tiver a oportunidade.

domingo, 22 de novembro de 2009

Escolhas

Chega um momento em nossas vidas que paramos e observamos a direção que nossas escolhas nos levaram. Algumas vezes optamos por seguir por um caminho sem que naturalmente tenhamos percebido que estamos fazendo uma escolha, e quando nos damos conta, fizemos uma escolha que não podemos voltar atrás, o que resta é seguir em frente.
Mas a vida como sempre nos prega peças, e vez ou outra resolve nos colocar à prova, e coloca frente a frente, o passado esquecido e o presente escolhido, e faz com que paremos pra pensar se fizemos realmente a escolha certa, nos cedendo um pouco das lembranças já esquecidas como forma de mostrar que poderia ter sido diferente.
É bem certo que precisei fazer muitas escolhas, mudar muitas vezes de caminho, seguir em frente sem saber por onde eu estava indo e por muitas vezes me enxergar só... Mas se precisasse escolher lá atrás de novo, eu faria tudo novamente, mesmo me custando todas as lágrimas, as noites em clara, e as muitas vezes que tentei desesperadamente mudar tudo, e depois simplesmente ceder aos beijos... Pois os poucos felizes, ainda que passageiros, serão sempre inesquecíveis, e por mais que minha vida esteja mudando de novo, eles valeram à pena.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ontem à noite.

Às vezes a gente espera tanto da vida, que a simples mudança de planos parece nos abalar por inteiro... Mas não se pode desistir porque as coisas não saíram como gostaríamos que saíssem, é preciso seguir em frente e enfrentar o imprevisto com coragem e maturidade. Se preciso, mude o foco, e continue a caminhar...

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A noite de ontem era tão esperada, que quando aconteceu simplesmente arrastou de supetão todas as emoções que eu podia sentir... de momentos que beiravam a perfeição e outros que se perdiam no caos. A quinta-feira que antecipou o feriado veio para ficar marcada nas páginas eternas da minha história...

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Estranho o amor, sentimento sorrateiro, egoísta e impreciso. Se pudesse escolher, não amaria nunca, ou quem sabe só me permitiria sentir isso quando realmente tivesse a certeza de que não sofreria jamais... Mas uma vez o amar puxou meu tapete, justo quando eu me julgava forte o suficiente para achar que eu havia superado esse sentimento que ao menos por esta pessoa quase nunca me fez feliz...

Doeu reviver uma cena que por muito já me fez chorar... Ao menos esta noite eu não chorei. Doeu novamente, não como no passado, mas é bem certo que evoluímos, e nem um grande amor é capaz de resistir ao tempo.

Vou colocar um poema que fiz ontem à noite no caminho de volta pra casa...

Amei Mariana desde o primeiro momento que a vi,
Dela só sabia o nome,
E sabia que seu coração era de outro alguém.

Tempos depois,
Aquela que eu amava as escondidas, estava só,
Vi nascer em meu peito sinais de esperança,
E sonhei.

E foi sonhando que as coisas aconteceram,
Das muitas conversas,
Os carinhos simples,
Meu enorme desejo,
O beijo.

E em pouco tempo,
Tudo que nem havia começado, terminou;

Eu tentei fugir,
Encontrei um novo alguém,
Em pouquíssimos dias eu estava feliz.
Ainda que eu não estivesse esquecido Mariana,
Eu estava feliz sem ela...

Mas ela de novo apareceu.

E sem perceber eu estava só,
E sofrendo,
Confesso que tive por outra vez os beijos de Mariana,
Mas nunca o carinho,
Ou a vontade de acontecer.

O tempo passou,
De novo só,
Eu e o vento,
Os beijos,
Os choros,
A falta.

E quando vi,
Eu estava namorando novamente,
Alguém que nunca havia sonhado em conhecer,
Um mundo novo,
Longe de todos,
E principalmente,
Afastado da dona do meu coração.

Mas reencontrei-a meses depois,
E percebi que nada havia mudado,
E me deixei envolver,
De novo vieram os beijos,
E meu namoro perfeito,
Simplesmente se desfez...

Tentei até onde pude,
Mas decidi parar,
Preferir ficar só,
E por uma vez por todas esquecer Mariana,
E me permitir viver um novo amor.

Mas ontem eu revi Mariana,
Tentei me fazer de forte,
E me permitir viver...
Mas pra meu total descontrole,
Vi a mulher que amo de mãos dadas com o passado,
E justo com o passado que já a roubou de mim uma vez.

Eu não chorei,
Não podia, afinal eu estava com outra pessoa,
Mas fui embora,
Sozinho,
E com muita dor.

Dor de não conseguir esquecer a mulher que amo,
De não consegui me ver com ela,
De amar,
E amar...

Eu realmente amo Mariana.
Mas estou decidido a esquecer...
seguir em frente,
Sem saber aonde chegar,
E quanto tempo vou precisar para isso.

É estranho querer tanto ser feliz com alguém que sequer gosta de ti,
Fazer planos,
E imaginar um futuro que jamais irá acontecer...
Mariana faz com que eu me sinta assim...
Estranho.

(Por enquanto, Mariana – Leonardo Kifer)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Marisa...

No dia em que deixei Marisa, olhei bem nos olhos dela, ela estranhou, de certo havia notado que eu buscava muito mais que enxergar a cor escura dos seus olhos, ou esperasse ver alguma verdade escondida em seu olhar ainda perdido, ela tinha certeza de que eu estava tentando me ver em seu olhar.

Na hora que eu disse até amanhã, ela me segurou, me abraçou forte e disse que me amava, esse foi o jeito que encontrou de se despedir, pois sabia que eu estava indo embora sem sequer dizer adeus.

"Marisa é forte, ela vai entender!", Eu repeti isso vezes seguidas em meu pensamento quando ela desceu algumas estações antes de mim.

Olhando para trás repetitivas vezes antes que o trem partisse novamente, Marisa já dava sinais de fraqueza, e as lágrimas gentilmente começaram a acariciar sua pele, anunciando que vinham para ficar.

As portas se fecharam, e junto a elas um ciclo, eu estava livre novamente, de certo Marisa partira entendendo que aquilo era o fim, já não existia mais um compromisso, eu podia voar como há tempos não fazia, já não devia mais explicações...

Hoje, meses depois de largá-la chorando em uma estação de trem, eu a encontrei. Ela não sorriu pra mim como sempre fizera quando estávamos juntos, apenas me olhou de um jeito diferente, que fazia com que eu me sentisse um estranho.

Marisa estava linda em um vestido vermelho que fazia realçar sua linda pele branca, não parecia a mesma que eu havia deixado para trás. A mulher tímida e sem jeito aflorou-se em uma musa, destas que nos fazem perder os sentidos.

Mas ela não estava só, acompanhada de um homem que nunca vi a mulher que um dia chorou por mim, partiu sem sequer dizer adeus, simplesmente me deu de costas e sem explicação eu chorei... As lágrimas desceram sem que eu percebesse, e quando dei por mim, eu já estava em prantos, sofrendo por perder quem sempre esteve ao meu lado, mas que eu nunca havia me permitido amar...

Eu amei Marisa e só me dei conta quando a perdi.

(Sem dizer Adeus - Leonardo Kifer)

domingo, 15 de novembro de 2009

Post rápido...

Final de semana começa chegar ao fim... Aí aí... Como coisas simples fazem uma enorme diferença na vida da gente...
Nada melhor do que passar o sábado à noite comendo pizza feita em casa, precisa melhorar a receita (kkkkk), jogar UNO até enjoar, beber coca zero (Eu odeio coca zero), e por fim adormecer quando as horas já estavam perdidas na madrugada de domingo...
Acordar e descobrir que todos foram pra igreja e você está só em casa, mas ao lado da cama ficou uma recado lindo, e junto o café da manhã do jeitinho que a gente gosta... Coisas simples que realmente são capaz de fazer nos sentirmos a pessoa mais feliz do mundo.

Quem venha a segunda-feira... Rs.

sábado, 14 de novembro de 2009

Longe de casa.

Às vezes é um saco estar longe de casa, tudo parece incomodar, e nada nos faz se sentir à vontade... daí vem um abraço, um carinho ainda tímido, e o beijo, já tão conhecido, mas que sempre parece novo... E de repente o que antes era uma enorme vontade de ir, transforma-se em um desejo incontrolável de ficar.

Dois corpos quando se unem ao desejo, provocam alquimia, e do mineral mais nobre o sexo, e não importa o que venha acontecer, nunca essa sensação irá mudar...

Às vezes estar longe de casa... É a oportunidade para amar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lentidão de Novembro

Novembro parece ser arrastar em momentos de completo marasmo e melancolia, e assusta o fato de estar só no inicio do mês. De certo, não posso pensar que estes dias desgostosos se estenderão por todos os pesados 30 dias do mês, uma hora ou outra algo novo acontece, e tudo volta a ter cor e luz, e o cinza do Tédio que tem sido esses últimos dias finalmente ficará para trás.

Talvez por conta desta falta de entusiasmo, tenho me afetado muito rápido com tudo que acontece ao meu redor, e na mesma velocidade deixo de me importar com tudo, e acabo por não dar tanta importância aos pequenos rompantes de insensatez das pessoas com que convivo ou convivia, e que agora simplesmente não me preocupo em ter por perto.

Impressionante que em meio a tudo o turbilhão de coisas que estão acontecendo, me falte apenas preocupação, me sinto tão livre, e tão pré-disposto a me sentir feliz que fui incapaz de ser atingido por acusações infundadas, de quem jurava amo a mim. Ato falho meu por simplesmente estar interessado em ter paz de espírito ao invés de rebater críticas infâmias que apenas servem para nos consumir e que no momento não vale a pena eu me preocupar.

O que parece não mudar é o jeito como meu coração se desencontra com a minha vontade, e segue rebelde, desobedecendo as velhas, ordens já muito esquecidas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Doce Deleite.

E de repente a gente para, olha ao redor, e observa que diferente do que achávamos, nós não ficamos parados, caminhamos sempre, mesmo nos momentos em que pensávamos que a vida parecia estar no fim.
É quando descobrimos que o mundo não para jamais, e nos leva sempre com ele, que saímos da inércia e despertamos para vida, na tentativa de recuperar todo o tempo perdido.
Quantas foram às vezes que deixamos de fazer coisas por nos importamos com a opinião alheia, por achar que estávamos cometendo um erro, por medo, ou por simplesmente não querer mudar?
A vida é cheia de surpresas, constantemente estamos sendo surpreendidos com o “inesperado”. Porque precisamos dar as costas para o novo, se podemos aprender ainda mais?
Vamos deixar de pensar que já vivemos tudo, pois existem uma quantidade infinita de sabores, cheiros, sensações e desejos, que não sentimos, e que estão sempre disponíveis para que possamos provar.
Viver é um deleite e um imensurável misto de emoções, que começa doce, segue imprevisível e termina sem muita explicação.

(Leonardo Kifer)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

I Believe

Em algum momento de nossas vidas acabamos reconhecendo que por mais que tenhamos fé em alguém e não deixamos que os comentários das pessoas que nos rodeiam nos influencie, uma hora ou outra acabaremos enxergando que só a crença não basta para tornar ninguém uma boa pessoa.

Quero continuar a crer que eu estou certo em acreditar nas pessoas, e enxergar nelas atitudes boas e verdadeiras, não o que simplesmente elas querem nos mostrar.