quinta-feira, 27 de maio de 2010

Aniversário.

E não importa o quão forte são os ventos do outono,
Eles jamais ultrapassarão a linha do tempo.
Vai ser preciso esperar.
Foi preciso esperar.
Chega a hora certa,
Ganhar a liberdade,
Que a ansiedade nunca deixava chegar.

E hoje, num outono como de quando nasceu,
Tu completas teus 18 anos,
E pode voar,
Aliás, pode finalmente ir além.

É dia de festa,
É começo de um recomeço,
É hora do bolo,
É riso, é choro.
É tudo que quiser ter.

Viva a ele que enfim se tornou um homem,
Ao menino que se permitiu crescer,
Chega de sonhos, mas não pare os sonhos,
Apenas comece a acontecer.

Então as luzes se apagam,
Não existe silêncio na escuridão,
Palmes se misturam com falas.
É big! É big!
É hora! É hora!

Assopre as velas,
Não se esqueça de fazer um pedido.
Parabéns meu querido,
Parabéns meu amigo,
Feliz aniversário,
Saúde e paz no coração.

(Aniversário – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Além do verão...

O sorriso aos poucos deixa de ser presente. O caminho torna-se menos atrativo e muito mais cansativo. Não tem um ano, apenas um pouco mais que um verão, e já não quero mais ficar.

Conheci pessoas interessantes, aprendi um mundo de coisas que não imaginava “não saber”, me senti útil ao mesmo tempo em que me senti incapaz.

Estranha mudança, antes eu todas às seis horas de permanência na masmorra, seis vezes por semana, driblava todo o estresse, e por anos consegui me colocar fora do caos. Mas agora é diferente, em pouco tempo os sintomas são idênticos aos que me fizeram querer sair da minha antiga prisão (hoje percebo o quanto amava aquele lugar).

É hora de partir – Diz aflito meu coração já cansado de uma rotina capitalista que não se importa com os outros, e que não te dá opção de mudar. É realmente hora de buscar um novo lugar.

(Aguardando um novo outono – Leonardo Kifer)

domingo, 23 de maio de 2010

Reprise.

Era uma vez um menino que descobriu que podia voar, no inicio ele se atrapalhou todo com a novidade, mas pouco tempo depois dominou os céus com seus vôos cada vez mais altos.

Depois de algum tempo o menino decidiu compartilhar com outras pessoas a sensação maravilhosa que era estar voando livre como um pássaro, e dia após dia ele levava consigo algum curioso que queria voar... Um certo dia em um desses vôos que fazia com alguém, ele conheceu uma pessoa diferente, que além de voar queria conhecer quem era o tal menino, e que ele fazia quando não estava voando...

O menino a principio assustado foi aos poucos cedendo as curiosidades daquela menina curiosa... E com o passar dos dias ela foi conhecendo-o melhor, e ele a se encantar com o jeito dela que perecia não se importar com o mundo lá fora, vivia apenas a desvendar suas muitas curiosidades...

E quando menos esperava o menino voador estava apaixonado pela menina curiosa, e seus dias pareceram ganhar um novo sentido, ele já não voava mais para ninguém, apenas para aquela que conquistará seu coração.

Só que um dia a menina simplesmente não apareceu para voar, o menino com medo de que algo tivesse acontecido procurou saber o que acontecera, e voou até a casa dela. Ela estava sentada no portão, e respondeu apenas que não tinha ido porque estava com preguiça. Mas o menino sabia que não era esse o motivo, mesmo assim voltou para casa e na manhã seguinte foi até o parque que sempre a encontrava, mas ela novamente não foi...

Os dias passavam e ela não aparecia, mas ele ainda sim continuava a ir todos os dias no local marcado e esperava até o final do dia na esperança de que ela pudesse aparecer, mas em vão...

Depois de algumas semanas ele parou de ir ao parque, deixou de voar com outras pessoas, e voltou a ser o menino que era antes de saber que podia voar... E um dia caminhando ele encontrou a menina curiosa, ela veio até ele e lhe deu um forte abraço, disse que voltara ao parque um tempo depois e não o encontrou mais, e ele a explicou que parou de levar as pessoas para voar. A menina começou a falar de seus sentimentos e confessou ser apaixonada pelo menino voador, mas ele apenas beijou sua testa e não falou nada...

Nesta hora veio voando uma bela menina que deu a mão ao menino voador e levou consigo...

A menina curiosa ficou ali, parada, olhando o seu amor partir, sem que ela pudesse fazer nada... Foi então que ela entendeu que sentimentos não são mais que simples curiosidades, e que não podemos deixar ninguém esperando a gente se entregar ao mundo incerto que é a paixão.

(O menino voador - Leonardo Kifer)

Métrica...

Eu queria construir um castelo – Disse o menino assim que a água veio e levou toda a areia que começava a ganhar forma.

Quantas vezes a onda não levou consigo nossos sonhos?E quantas vezes não precisamos de calma para reconstruir tudo de novo?

Sempre é possível recomeçar.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Diferenças...

Era uma quinta-feira gelada quando descobri que a vida, a minha, não seria como sempre sonhei, eu teria que enfrentar a minha nova condição, ter cuidado redrobrado em tudo que eu fosse fazer e nunca poderia correr o risco de me descuidar uma outra vez.

“Tire o espinho de todas as rosas antes de tocá-las”, foi assim que aos 16 anos recebi a noticia de que eu era soropositivo. De repente as cores pareceram sumir para mim. A única cor que continuava presente era o vermelho, levemente rosado, que eu imaginava ser a cor que meu sangue passara a ter.

Por que logo comigo? Me perguntei incansavelmente, mas não havia resposta. Eu tinha um fato a enfrentar, não adiantava argumentar sobre o que já estava feito.

Não lembro por quantos dias seguidos chorei, foram muitos. O silêncio havia virado meu melhor amigo, a quem eu compartilhara todo meu tormento. O medo de que os outros descobrissem meu segredo fazia com que eu deseja-se a morte, e por várias vezes cheguei muito perto dela, mas a covardia não me deixou ir longe e acabei desisistindo de dar fim ao meu sofrimento.

Existiam duas opções, seguir em frente e tentar ter uma vida normal ou abrir mão de todos os meus sonhos e me entregar a morte, uma vez que com minhas próprias mãos eu não era capaz.

“Tire o espinho de todas as rosas antes de tocá-las”. As mesmas palavras que me condenaram a morte me trouxeram a vida de volta. Eu podia viver como qualquer pessoa, só precisava me cuidar. Foi então que decidi que não desistiria de mim.

Muitos dos meus amigos se afastaram, a maioria das desculpas era a falta de tempo, mas os poucos que ficaram pareciam não ter noção do perigo que eu era para eles, e o risco que eu repressentava por estar por perto.

Me formei sete anos depois e fui o melhor aluno da minha turma de Direito. Era 18 de Setembro de 2001, mas uma quinta-feira gelada da minha vida, e eu após sete anos de superação era só mais um dos muitos formados daquela festa, com a única diferença que ao contrário de todos os meus amigos eu era o único que não tinha companhia para o baile de formatura.

Depois que descobri que eu havia sido “tocado” pelo vírus da Aids eu fiquei muito tempo sem me relacionar com ninguém, na verdade eu só fui voltar a me relacionar com alguém na noite de minha formatura, quando finalmente resolvi que deixaria meu medo de lado e voltaria a me permitir ao amor. E assim fiz, ri como á tempos não ria, mexi com todas as moças solteiras que passavam por mim, não me importava com o fato de algumas virarem a cara, só queria curtir. Até que acabei esbarrando com a garota mais linda da festa, e de imediato decidi que eu ela seria a muher da minha vida.

Não foi diferente do que desejei, comecei a namorar Julia dois meses após conhecê-la. Contei a ela que sou soropositivo na noite do baile de formatura, minutos antes de convidá-la para dançar. Um ano e cinco meses depois ficamos noivos. Nos casamos há três anos atrás, seis meses após noivarmos. Temos uma filha, Vida é o nome dela, a adotamos há sete meses atrás.

Vida é uma criança linda, que me ensina diariamente que o amor é uma conquista. Não importa se meu dia foi ruim ou não, pois quando chego em casa, sou sempre recebido pelo sorriso de minha linda mulher e de minha filha.

Julia me trouxe de volta a vontade de amor, Vida a determinação em nunca me entregar.

(A história de Tiago – Leonardo Kifer).

Às vezes encontramos nos percausos a oportunidade de reencontrar nossos caminhos. Quantos Tiagos’s, Julia’s e Vida’s não deixamos passar sem que percebamos o quanto essas pessoas podem fazer uma enorme DIFERENÇA em nossas histórias?

Teremos sempre os espinhos, mesmo quando ele não existir. Pense.

terça-feira, 18 de maio de 2010

15? Não era para ser 20?

Eu não me lembro como era o mundo quando nasci, mas consigo perfeitamente lembrar a imagem que tive dele quando olhei e vi que eu não era igual a todos que estavam ali. Eu tinha 4 anos e meio quando finalmente me dei conta de que todos ao meu redor, menos eu, tinham vinte dedos (10 nos pés e 10 nas mãos), não chorei, apenas quis saber por que meus dedos somavam-se apenas 15, e eu ao contrário de todos que conhecia,eu só tinha uma mão.


Minha mãe com seu jeito sempre sincero, que os anos não o fizeram mudar, explicou-me sem fantasias que eu havia nascido com um defeito genético e que cabia a mim, e a mais ninguém, me fazer ser igual no mundo onde as pessoas tinham 20 dedos;

E assim cresci fazendo tudo da minha forma, sempre encontrando “jeito” para dar “jeito”...

O mais engraçado era o fato de que parecia que ninguém notava que eu só tinha uma mão. Eu próprio também deixava de lembrar, e só parava para me dar conta quando após aprontar uma de minhas peraltices (e foram muitas) ouvia alguém com raiva por eu o ter sacaneado gritar: “Seu mãozinha!”, mas eu fingia que nem era comigo, e na maioria das vezes já tinha corrido e quase que não podia escutar.

Já entrando na adolescência descobri que a Senhora da rua de cima tinha 16 dedos nos pés (8 em cada), e ao contrário de me perguntar o porque dela ter dedos sobrando e eu faltando, danei a apelidá-la de rainha dos dedos... A mesma morreu anos depois.

Definitivamente eu era uma criança feliz, e ao que lembro nunca parei para lamentar ter nascido “diferente”. Sempre que alguém perguntava se eu sentia falta, eu dizia: “Falta do que? Eu nunca a tive! Não tenho porque querer!”. E não era mentira, eu não a tinha e ainda não a tenho (afinal de contas ela não cresceu de um dia para o outro). Algumas pessoas me viam andando de bicicleta, agarrando no jogo de futebol, amarrando meus cadarços, fazendo essas coisas que todo mundo faz no dia a dia, e comigo não era diferente, e vinham comentar que se sentiam felizes por ver que eu me adaptara muito bem a fazer tais atividades. Espera aí, eu me adaptei? Nunca. “Adaptar” seria eu colocar uma prótese e reaprender fazer tudo que sei (proposta que recusei por toda minha infância, sempre os outros de fora quem ofereciam, e irei continuar a recusar, SOU “SEM MÃO” E PRONTO!).

E antes que me desse conta, eu havia transformado em um homem, com emprego, faculdade, como todos que completam seus 18 anos, a diferença? Não precisei me alistar (além das vantagens de impostos e tarifas de ônibus gratuitas, temos outras vantagens).

E assim tem sido até hoje, eu e meus 15 dedos em um mundo onde outros também como eu tem 15 dedos, alguns menos ainda. Outros com apenas 15 dedos?

Foi só adulto que descobri que a “diferença” não estava em mim, e que nem todos eram “perfeitos”, o mundo em que eu vivia era feito de GENTE, que assim como eu tem suas diferenças e limitações, umas aparentes outras não.

Deficiente não sou eu, aquela menina da cadeira de rodas, o menino surdo ou mesmo o menino cego... Deficientes são aqueles que enxergam nas limitações, suas ou dos outros, um caminho sem escolhas e que parecem criar raízes dentro de um jarro feito pelo preconceito de não se enxergar capaz.

Eu me chamo Leonardo Kifer, um homem de 15 dedos, cheio de sonhos e certo de viver no meu lugar.

(Um mundo além dos 20 dedos – Leonardo Kifer).

Descomplicando!

Conversando com um amigo, me dei conta do quão diferente sou a cada nova pessoa com quem encontro... Sinto que me transformo constantemente quando me deparo com um novo amor.

E sim vou escrevendo minha história, ou melhor, vão escrevendo uma história em que sou personagem principal transitando em um mundo preso dentro do meu.

Complicado, eu sei... No entanto não me importo, apenas me permito viver.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

CaHe.

Alguém que surge do nada,
Simplesmente não podia ter vindo pra ficar...
Era tudo tão diferente antes,
Que eu nem percebi quando começou a mudar.

O branco ganhou cor,
Vermelho, amarelo, verde, azul, um pouco de todas as queriam pintar,
Colorido disse o poeta pintor,
E meu mundo logo parecia de brincar.

Eu num quarto de criança,
Não queria lembranças,
Tinha cansado de tudo,
Não pensava em voltar amar.

Mas como foi com as cores,
Minha vontade eu não pude controlar.
Veio primeira a foto,
3x4, chame como quiser,
Era um primeiro contato.
Daí as palavras...
A filmagem era de uma web cam.
Tecnologias de um poeta que deixará de ser pintor,
E passava a comandar um computador.

A voz veio por último,
E quer saber?
Veio pra ficar...
Conquistou-me num soneto mudo,
De um canto sem cantar.
De versos tão simples,
Que não pude dispensar.

Hoje teu choro é minha lágrima,
Teu sorriso meus dentes.
Teu rosto meu sonho,
De um coração já contente.

Tem a distância eu sei,
Ninguém me deixa esquecer,
Mas eu a ela não me rendo,
E acredito que juntos vamos vencer.

É paixão?
Disseram-me que estava escrito amor.
Mas eu fingi que não ler
Só para deixar acontecer,
Uma história assim,
Umas dessas que tem eu e você.

(Escrito para durar – Leonardo Kifer)

domingo, 16 de maio de 2010

Ah!

Aconteceu,
Fiz o que queria,
Não como queria,
E ainda sim gostei de fazer.

Acontece que sou um pouco estranho,
Não tenho medo de do inusitado,
Não me importo de errar,
Desde que eu tenha o que aprender.

Não me arrependi,
Não fiz nada de errado,
E por mais difícil que pareça,
Eu simplesmente não consigo me arrepender.

(Ausente – Leonardo Kifer)

sábado, 15 de maio de 2010

Estranho jeito...

Uma ventania arrastou e levou para longe tudo o que eu sabia sobre mim. E sem história me vi perdido, tentando achar pedaços que pudessem retratar o que um dia fui.

De uma hora para outra o beijo que não dei me fez enxergar um mundo tão longe, que foi inevitável não passar toda a semana pensando em como tudo poderia ser diferente. Em cada canto era possível me deparar com olhares aflitos, de uma vida sem cores, de passos pensantes. Não me via em nenhum dos olhos que olhava, e por mais estranho que possa parecer, me sentia feliz por não ser diferente dos demais.

Os abraços sentidos, se perderam com o mundo que ruim... Não foi a guerra dos que matam por poder, não foi o ódio cultural. O que distruiu os castelos dos beijos nãao dados, foi o cruel e invisivel sentimento do arrependimento... Antes tivesse sido uma facada a ter distruído.

A semana começa no domingo e demorar um outro domingo inteiro para acabar!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Explicações!

Ola pessoas!

Tenho andado tão sem tempo que quase decidi tirar de vez o blog do ar (ou sou fiel a ele, ou não o tenho. Decidi ser fiel). As coisas têm acontecido com uma enorme velocidade e eu tenho me atropelado cada vez que tento compartilhar essas novas “surpresas” que tem me sido apresentadas.

Uma das melhores coisas foi à volta do meu pai (eu não dividi com vocês as duras e tristes semanas em que ele ficou internado, chegando até mesmo fazer uma operação cardíaca), visivelmente envelhecido e debilitado o estado dele ainda inspira cuidados. De toda forma é bom tê-lo de volta, ainda que as inúmeras reclamações tenham voltadas com ele.

São tantos os novos parágrafos da minha vida, que fica difícil administrar todas as pontuações... Como é estranho de uma hora para outra ver que tudo ao teu redor mudou, como um passe de mágica.

Os antigos percalços ficaram tão insignificantes que nem incomodam mais. Mudaram os cenários e novas pessoas surgiram. E eu não fiquei indiferente a todas as novidades que surgiam em minha volta.

A distância tem sido a única coisa com a qual não tenho conseguido lidar, no entanto não a tenho dada o mérito de vencedora, pois não desistir de lutar e continuo dia a dia duelando com esse obstáculo incansável.

Vou passar mais tempo na internet, e contarei mais...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Choro quando tu choras. =/

Algumas lágrimas se perdem no vazio que deixamos jogado ao silêncio, nos proibindo de esticar nossos braços e quebrar os vidros que nos dividem...

As suas lágrimas também serão as minhas,
Assim como é impossível separar a tua história da minha...

É paixão, misturada ao medo e a incapacidade de não estar do teu lado quando você chora.
É inquietação de querer enfrentar o mundo, sem medo do que tem lá fora.

(Lágrimas perdidas – Leonardo Kifer)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sem trilhos...

De repente parece que a vida passa pela gente com tanta velocidade que nos torna espectadores de nossas próprias experiências, nos coloca sentados assistindo todo nosso filme passar pela janela de um trem em movimento a caminho de um estranho e desconhecido vazio.

Somos inconstantes interrogações quando queremos encontrar a saída das perguntas perdidas, feitas ao vento a cada vez que a solidão nos cobra uma justificativa pelo por que de nossos atos.

Fazemos poemas mortos e os declamamos para as cadeiras vagas do teatro vazio chamado “vida real”, e para que?

Não há respostas a dar depois que deixamos o palco no meio do primeiro ato. Tudo é tão deliberadamente ao acaso que assinamos a cena com nome de Destino. E o que realmente é feito ao natural?

Deixamos as palavras irem embora com as folhas de um outono seco, afinal, sem que percebamos será inverno, e o frio poderá nos castigar senão estivermos protegidos o suficiente com braços de uma primavera destemida e confiante de um verão quente e duradouro.

Então não somos incompletos, nem vivemos pedaços de histórias. Vamos até onde nos permitimos ir, e não importa o que aconteça fora das janelas do trem que nunca para de correr. Seremos sempre a última palavra na hora de decidirmos aonde queremos chegar.

(Destinos Incertos – Leonardo Kifer)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Será?

De repente a gente acorda e percebe que algo está diferente (Mas espera aí, o que mudou? Nada não é?), e começamos a nos questionar o que está faltando, e não conseguimos chegar achar a resposta, por mais que alteremos as perguntas...


Estou assim, “Diferente”, mudou algo em mim que não vejo... E por um motivo que desconheço, esta mudança me trouxe uma postura diferente da minha habitual, e faz com que me sinta livre e confortável para me permitir ir além dos passos já dados, me torna seguro e consciente de que é possível sorrir sem ter medo...

De repente, estou apaixonado e não sei.

Um dia ruim

Devagar, sono, medo, pranto, sonho, angústia, desejo, confusão, risos, tristeza, contradição... Olho para o espelho, não vejo nenhum estranho, mas também não me vejo. Eu mudei!

(Indiferença - Leonardo Kifer)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Dois anos...

Engraçado como somos parecidos com as árvores, ainda que não tenhamos raízes estamos constantemente nos desenvolvendo a medida que sofremos com as alterações do tempo...

Nascemos sempre em nossa própria primavera, não importando em que estação estamos, nós seres humanos independemos de previsões, e fazemos que nossas vivencias mude por completo nos escolhas presentes.

Mudei, vi minhas folhas caírem a um novo passo que eu ia dando, a um novo olhar que encontrava, a um sorriso que me prendia a atenção, a cada lágrima que não conseguir conter, a cada não que ouvi...

Perdi galhos e ainda sim continuei de pé, mesmo com os muitos golpes de machado que recebi. Por fim surgiram novos galhos nos lugares dos antigos, e se não fosse por algumas marcas, cicatrizes, em poderia até dizer que esqueci.

Espalhei frutos, ainda que não tenha produzido sementes, e fiz sombra em muitos corações que se se encostaram a mim buscando mais que um simples lugar para deitar.

Espera! O que estou falando?

Há dois anos plantei sim uma semente, uma linha, que de pouco em pouco foi ganhando vida, germinando tão lentamente que me surpreendi quando a vi brotar. Um texto foi o primeiro galho que brotou, e muitos galhos o seguiram... E como todos que nascem também renascem, e assim uma nova primavera se deu e ao invés de flores e frutos, histórias, e o que antes era muda, agora era uma linda árvore... Dois anos regando este blog, encarando o inverno e o outono sem medo de não vencer.

Hoje, é mais do que um simples 4 de maio, é a confirmação de que é preciso dedicação para conseguir transformar sementes em árvores, de acreditar quando ninguém mais acreditava, de ir por onde todos diziam ser impossível caminhar... E sonhar, mesmo que por cima de um sonho frustrado, mas sempre sonhar, esperando tornar real o que não podemos tocar... Sonhar com mais leitores que possam dar continuidade a está pequena muda chamada: NAMACUMBA.

 Este texto é dedicado a todos aquelas pessoas que passaram por aqui, que deram um pouco de seu tempo a este espaço, feito com carinho, e principalmente escrito com prazer, tentando ser sempre verdadeiro.

 Um ip Ip uh Ra: Hoje é aniversário de uma guria muito, mas MUITO, especial que conheci à pouco tempo, mas que é impossível não gostar e admirar a pessoal encantadora e humana que ela é. É aniversário da Valéria (prometo fazer um post em homenagem a ela depois). Poderia ficar aqui me rasgando em elogios, mas vou preferir parar por aqui e apenas dizer: Felicidades Valéria! Você merece o mundo e junto as estrelas!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Grêmio foi campeão!

Se todas as manhãs de domingo aqui em casa começassem ao meio dia, todos os domingos seriam perfeitos! Ontem acordei com um agradável cheirinho de feijão, na verdade acordei com minha mãe me gritando para ir comprar frango assado (mas o cheiro do feijão era real), e uma enorme e gostosa preguiça, que em resumo me fez dizer não a minha mãe e permanecer na cama.


Geléia de mocotó embasa ENGORDA!

Minha mãe gritou isso comigo três vezes antes de apelar dizendo: DEPOIS NÃO SABE POR QUE VOCÊ FICA BARRIGUDO (Alguém diz a avisa que ela está pegando pesado? Dizer isso para quem acabou de acordar é muito cruel, sem citar o fato de que é um domingo). Comi 4 caixinhas de geléia, só de raiva. Depois almocei (Não foi frango assado).

Filmes com preguiça, combinação perfeita.

Tirei à tarde para assistir filmes, e nossa, como valeu à pena... Assisti “Coco, antes de Chanel”, simplesmente PERFEITO! E depois “Sempre ao seu lado”, Ótimo também (chorei!). Para que sair de casa e ficar batendo coxa? NÃO! Fiquei rindo em família, e me distraindo com os produtos piratas.

A cópia que não é cópia, A cerveja, O jogo da velha, e o Croaçã de Frango.

Já no finzinho de tarde (ou era inicio de noite?) saí com um amigo para conversar, e me diverti indo com ele comprar uma blusa igual a minha (por sinal eu estava usando ela)... Muito agradável estar com alguém que faz com que nos esquecemos das horas... Do shopping ao “oi mãe vamos ali comer algo” paramos para beber uma cerveja (Eu bebi quase que sozinho) e depois o inusitado convite para comer croaçã, enquanto o tal francês não ficava pronto jogamos jogo da velha na rua (eu perdi uma e a outra deu velha), conversamos sobre coisas legais das nossas vidas e que dificilmente falamos, até que chegou, a deliciosa massa recheada de frango com catupiry (Genteeeeeeeeee! Muitooooooo perfeito!).

O dia foi perfeitinhooooooooooo... Adorei a simplicidade como começou e terminou.

domingo, 2 de maio de 2010

Voar...

Era uma vez um menino que descobriu que podia voar, no inicio ele se atrapalhou todo com a novidade, mas pouco tempo depois ele dominava os céus com seus vôos cada vez mais altos.


Depois de algum tempo o menino decidiu compartilhar com outras pessoas a sensação maravilhosa que era estar nos céus livre como um pássaro, e dia após dia ele levava consigo algum curioso que queria voar... Um certo dia em um desses vôos que ele fazia carregando alguém, ele conheceu uma pessoa diferente, que além de voar queria conhecer quem era o tal menino, e que ele fazia quando não estava voando...

O menino a principio assustado foi aos poucos cedendo as curiosidades daquela menina curiosa... E com o passar dos dias ela foi conhecendo melhor o menino, que se encantava com o jeito dela que perecia não se importar com o mundo lá fora, vivia apenas a desvendar suas muitas curiosidades...

E quando menos esperava o menino voador estava apaixonado pela menina curiosa, e seus dias pareceram ganhar um novo sentido, ele já não voava mais para ninguém, apenas para aquela que conquistará seu coração.

Só que um dia a menina simplesmente não apareceu para voar, o menino com medo de que algo tivesse acontecido procurou saber o que acontecera, e voou até a casa dela, que estava sentada no portão, e respondeu apenas que não tinha ido porque estava com preguiça. Mas o menino sabia que não preguiça, mesmo assim ele voltou para casa e na manhã seguinte foi até o parque que sempre encontrava sua amada, mas ela novamente não foi...

Os dias passavam e ela não aparecia, mas ele ainda sim continuava a ir todos os dias no local marcado e esperava até o final do dia na esperança de que ela pudesse aparecer, mas em vão...

Depois de algumas semanas ele parou de ir ao parque, deixou de voar com outras pessoas, e voltou a ser o menino que era antes de saber que podia voar... E um dia caminhando ele encontrou a menina curiosa, ela veio até ele e lhe deu um forte abraço, disse que voltará ao parque um tempo depois e não o encontrou mais, e ele a explicou que parou de levar as pessoas para voar. A menina começou a falar de seus sentimentos e confessou ser apaixonada pelo menino voador, mas ele apenas beijou sua testa e não falou nada...

Nesta hora veio voando uma bela menina que deu a mão ao menino voador e levou consigo...

A menina curiosa ficou ali, parada, olhando o seu amor partir, sem que ela pudesse fazer nada... Foi então que ela entendeu que sentimentos não são mais que simples curiosidades, e que não podemos deixar ninguém esperando a gente se entregar ao mundo incerto que é a paixão.

(O menino voador - Leonardo Kifer)

sábado, 1 de maio de 2010

Em duas linhas...

Faltaram palavras hoje para me defender de acusações tão levianas e banais...
É tão fácil cuspir palavras contra os outros, difícil mesmo é ter argumentos que possa mantê-las válidas.