domingo, 12 de dezembro de 2010

Roda Gigante

É estranho como fazemos das nossas vidas um constante depois... O “agora” é quase sempre indesejado, é comum transformá-lo em outro dia, que muitas vezes não chega. Fazemos planos, traçamos metas a serem cumpridas, e acabamos atropelando nossos desejos pela necessidade do “impulsivo”. Entregamos nossos sonhos ao acaso, que nos oferece de mão dada o deslumbre do instante.

E como árvores que pouco a pouco nova perdem suas vidas com avanço da nova era, perdemos também nossas possibilidades de realizações ao desperdiçarmos a chance de cumprirmos o que havíamos nos comprometidos em fazer. E por fim nos descobrimos lenhadores de nossos próprios galhos.

Estranho secar as lágrimas que escorrem ao refletirmos sobre quem somos e do que fazemos conosco... Deveríamos regar nossos sonhos e plantar as novas mudas, multiplicando as nossas conquistas.

Talvez tenha chegado à hora de olharmos para nós como s crianças que éramos em que os mesmos doze meses que completam um ano eram capazes de nos levarem aos mais fantásticos mundos, e ainda éramos capazes de dormimos como anjos, sem deixarmos para trás um único segundo.

(Roda Gigante – Leonardo Kifer)