sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Doces & Amargos


Engraçado como parece que foi ontem que sentei para escrever sobre a chegada dos meus 25 anos, e o quanto a idéia de fazer um quarto de séculos parecia me assombrar...
Os 25 anos chegaram, e não foi tão difícil vive-lo, tudo aconteceu do jeito que realmente tinha que acontecer, INESPERADAMENTE!
E foi assim, sem fazer planos, que vi minha vida caminhar para caminhos desconhecidos. Me levando para lugares que eu jamais iria se soubesse a onde iria chegar.
Vivi um amor impossível de acontecer, um amor solitário, que me deixou marcas, que insistiu e resistiu bravamente por mais de uma vez, mas que por fim se viu perdido, derrotado por não agüentar lutar só por tanto tempo.
Muitas foram as vezes que me vi criança, ainda que o mundo teimasse em me lembrar do doce-amargo gosto de se ter 25 anos, e não poder reviver a fase dos sonhos inocentes onde tudo podia acontecer.
E agora que me vejo prestes a fazer 26 anos, não me sinto perdido, tão pouco sinto que envelheço. Apenas me vejo mudar, transitando por muitas formas de “ser”, com uma calma que talvez eu nunca tenha tido, e feliz por ainda não me sentir completo.
De fato ainda irei arrastar comigo para a nova idade muitos assuntos inacabados que sequer sei se terei tempo para terminá-los, mas que certamente ainda se estenderam comigo por outras idades...
Aí de mim viver sem problemas. Realmente busco da vida, as felicidades escondidas nas imperfeições.
Que está nova fase não tenha o mesmo gosto doce-amargo da que estou deixando para trás. Que venha com gosto de mel, e se modifique em tantos outros gostos irresistíveis, para que eu possa desfrutar todo o sabor de se viver feliz.

(Mudança de sabores - Leonardo Kifer)

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