domingo, 25 de outubro de 2009

Poema bobo.

Nem sempre deixo minhas lágrimas tombarem,
Muitas vezes escondo o choro por vergonha,
Outras pra não me mostrar frágil.
Mas é bem certo que em todas às vezes que minto sorrir,
Sinto a verdade escorrer pelo meu rosto,
Invisível comparada ao sorriso branco que à todos chama a atenção.

Mas engana-se quem me julgar infeliz,
Porque não sou,
A tristeza não apaga a alegria que carrego em mim,
Ela apenas surge pra Lembrar que apesar de homem,
Ainda carrego comigo um menino,
Desses que só aprendem a andar de bicicleta depois de muito cair e chorar.

Talvez eu precise aprender a levantar sozinho após meus tombos,
Só assim vou deixar pra trás o menino,
E me tornar por completo um homem,
Sem tempo para bicicletas,
Vivendo as responsabilidades da vida de gente grande,
Deixando pra trás os sonhos.
E pra sempre acordar.

Entretanto, não consigo deixar de me ver menino,
De não esconder lágrimas com risos,
De não tentar depois que cair,
E não ter vergonha de pedir ajuda pra me levantar.
Pois não consigo ser diferente do que sou,
Erros, acertos...
Qualidade, e muitos defeitos...
Alguém que vive a vida,
E nunca deixa de sonhar.
 
(Poema bobo de um menino bobo trancado no quarto - Leonardo Kifer)

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