segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Anjo Noturno

É só quando surge o crepúsculo que me liberto do sono,
E me permito viver,
Por entre as ruas frias e inseguras,
Caminho buscando o vago cheiro de desejo,
Nos olhos perdidos,
Da madrugada ainda sem fim.

Longe do que é bom,
Vou me mantendo íntegro,
No meu conceito de ser.

Atravessando corpos,
Rompendo sonhos,
Desafio a lua,
A nunca mais desaparecer.

O sol, é um inimigo constante,
Que duela com minha insegurança,
Me sufoca,
Fazendo com que eu precise recuar.

Infiel triunfo da morte,
Que pernoita as noites chuvosas,
De uma cidade sem leis,
Com pessoas sem fins.

(Anjo noturno - Leonardo Kifer)

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