segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Rio de lágrimas...


Pra onde vão as lágrimas quando o choro não vem e dá lugar um menino feliz que esconde toda tristeza de um homem?

Não sei pra onde vão minhas lágrimas,

Talvez eu já nem saiba mais chorar.

O sorriso tornou-se obrigatório,

Tiraram-me o direito de triste ficar.
E assim começaram a traçar por mim um caminho que era só meu,

Dizendo pra onde ir,

O que fazer,

E quem ser...


Minha liberdade?

Ela partiu sozinha,

“Talvez estivesse com medo”,

Pois sabia que comigo não podia mais estar.
Mas cansei,

Quero minha vida de volta,

Quero sorrir de verdade,

Chorar por vaidade,

Só pra lágrimas poder derramar...

Quero minha liberdade,

Minhas próprias escolhas,

Errar, e errar...

E quem sabe às vezes também poder acertar.

“Deixem-me ser eu”,

Deixem-me descobrir pra onde foram minhas “lágrimas oprimidas”,

Dei-me o direito a escolha,

E me deixem chorar.


(Rio de lágrimas – Leonardo Kifer)

domingo, 16 de novembro de 2008

Separação...


Realmente o Brasil é um país com uma economia solida e segura, as pessoas não estão nem ai com a crise mundial, todos as emissoras brasileiras esqueceram os problemas das principais bolsas de valores do mundo para poder noticiar a separação da atriz Suzana Vieira, que aos 63 anos de idade foi traída pelo marido bem mais novo. Espera aí, o cara vivia as custas dela, não mexia na carteira para nada que não fosse guardar a mesada que ela dava pra ele. Porque as pessoas estão tão abaladas com isso? Ele era um safado mesmo...Enfim... A economia japonesa entrou em recessão e blá blá blá, blá blá blá....

sábado, 15 de novembro de 2008

Sem música...

Queria escrever uma música e colocar nela todas as minhas angústias, Rabiscar em cada linha sentimentos que teimam em vingar...Queria escrever o mundo,Onde eu pudesse caminhar,Falar palavras da alma,Desenhar coisas do coração,Queria ser livre, talvez até poder voar...Queria um dia de sol num inverno que pode esfriar,E um vento gostoso, soprando a brisa do mar...Meu coração que agora chora,Confundi dores,Troca sentimento,Causa desamores,Eu que sou amado por quem não quero,Amo quem não me quer,Me vejo sofrendo pra não magoar ninguém,sofro porque não tenho ninguém...Agora que só estou,Clamo por ti...Como escrever uma música, se não posso viver a letra de um grande amor?(De um autor q espera cantar...)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sem tempo...


Às vezes me pego pensando no passado,
E sem querer começo a chorar,
Mas o motivo é saudade,
Saudades de momentos felizes que vivi,
E por algum motivo que não sei, só agora percebi q fui feliz...
Voltando pro hoje,
Percebo que muitas coisas mudaram,
Pessoas nas quais eu julgava conhecer,
Hoje são apenas meras desconhecidas pra mim...
Eu mudei,
Amadureci, deixei minhas utopias de lado,
E fui apresentado à vida.
E agora aprendo a viver trechos de uma opera,
Onde o fantasma chama-se realidade.
E meus sonhos não deixaram de existir,
Ainda os tenho todas as noites,
Somente os guardo pra mim.
(sem tempo - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

É... 4 anos e pouco mudou...


Eu podia dizer que estou fazendo um livro, o livro da minha vida...Mas eu estaria mentindo...Como posso escrever sobre alguém q n se conhece?Como posso escrever sobre mim, se me desconheço em atitudes?Seria complicado preencher páginas descrevendo-me, pois antes eu iria precisar ler várias histórias, para me achar...Sou um doido varrido, que tem sofrido calado, um palhaço que chora após o espetáculo, sentindo-se sozinho, um poeta que sempre sabe falar d amor, mas nunca consegue viver o seu próprio...Não... não me acho em livros, tão pouco conseguiria me auto biografar.
Como descrever uma loucura de sentimentos, uma confusão de almas em palavras q qualquer um possa entender?Vou deixar estas linhas em branco, na esperança que um dia eu possa escrever...Agora vou dormi desconhecido, na esperança de acordar e ser alguém, alguém que se conheça, e não um desmemoriado de si...
(Parágrafo nº1, de um autor q ainda não sabe contar histórias...Léo Kifer)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poemas de menino...


Então mais uma vez o destino me pregou uma peça,
Me fez o encanto parecer amor,
E chorando deixo o encanto,
É com lágrimas que tenho a certeza que é amor.
(Poema de menino - Leonardo Kifer)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A volta pra casa...


Era pra ser um dia calmo, acordar um pouco um pouco depois do despertador, resolver com calma o que tivesse que ser feito pela manhã e ir ao compromisso da tarde. Até aí tudo bem, o problema foi a volta para casa, resolvi junto a um amigo me aventurar voltar de trem.
Estação praça da bandeira, a idéia era seguir até a central do Brasil, se manter dentro do mesmo trem sentado aguardando a parada na estação próxima da minha casa, só que a primeira surpresa foi o fato de que o trem em que estávamos não iria seguir para a zona oeste, precisei levantar e aguardar as portas do vagão serem abertas, meu amigo me pediu para ficar do lado oposto as portas e eu obedeci sem saber o porque do distanciamento, as portas se abriram e logo pude ver o motivo pra permanecer tão longe da porta de saída, uma enorme correria, centenas de pessoas correndo para conseguir um lugar para sentar-se, as mães jogavam seus filhos pro alto na tentativa de poder se movimentar melhor, os mais idosos lançavam suas dentaduras e bengalas, assim como os “cornos” arrancavam seus chifres e jogavam na tentativa quase infeliz de conseguir reservar um acento. As vagas reservadas aos idosos e deficientes eram ocupadas por gente saudável fisicamente, mais que quando questionadas o por quê de estarem ali inventavam na hora deficiências das mais extraordinárias, até gente dizendo que não tinha coração estava sentado nos acentos prioritários.
Depois de duas baldeações em trens parados e seguimos o nosso destino (com uma baldeação certa na estação de Deodoro), a viagem se assemelhava muito com as viagens aeres que costumam ter servido de bordo, com o diferencial de estarmos em terra e precisarmos pagar pelos itens escolhidos, e opções eram o que não faltava, de chocolate caseiro à venda ilegal de órgãos. Consegui me controlar e não consumir nenhuma destas tentações ilegais servidas no trem.
Depois de quase duas horas de esperas e baldeações conseguir chegar em casa, ileso a qualquer alteração... Qualquer dia irei tentar voltar pra casa de charrete...
(A volta pra casa - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Problemas com a internet...



Algumas vezes na vida desejamos ser surdos a ter que ouvir certas coisas, o problema que daqui à pouco acabarei realmente ficando surdo, pois não agüento mais escutar “abobrinhas” das atendentes da Claro.
É bem certo que as pobres telefonistas não tem nada haver com os problemas das empresas em que trabalho, mas ainda mais certo é que no momento de raiva isso pouco importa, e temos sim o direito de descontar nelas, porque ninguém mando ela trabalhar justamente como atendente de uma empresa que só nos aborrece.
Cansado de fazer reclamações por telefone e escutar coisas do tipo “Aguarde um minuto senhor” fui reclamar diretamente na loja da Claro, cheguei lá e expliquei todo o meu transtorno por não ter sinal de internet e não estar conseguindo conectar-me, mas parece que os atendentes das lojas são ainda piores que os do telefone, e tive que ouvir a seguinte resposta: “Mais aqui dentro tem sinal senhor”. Não pensei duas vezes, perguntei: “Tu esta vendo minha cama aqui dentro da loja?”, o rapaz percebeu imediatamente que eu estava nervoso e começou a preencher um relatório (Que demorou quase 1hora) pedindo um reparo imediato no meu modem 3G. Nada adiantou, continuo sem conexão.
Amanhãs irei ligar novamente, e quando a telefonista perguntar como pode me ajudar irei ser “curto e grosso” e direi: “Me arruma um outro saco, porque os meus estão cheios!”
(Problemas com a internet - Leonardo Kifer)

domingo, 9 de novembro de 2008

As Feias...



As feias... Em geral andam sempre ao lado de alguma outra feia (Que quase sempre é menos provida de beleza, só para que ela possa se sentir bonita).
Elas costumam freqüentar pagodes às quintas-feiras, as sextas baile funk, no sábado um forró e domingo procuram sempre uma festinha de igreja para ver se consegue arrumar um namorado. Mas não se engane, dê mole para uma feia e levará um “toco”, porque elas preferem dar um “fora” em um menino a perder a chance de se sentir linda e ter a e esnobar alguém uma vez na vida, só para depois poder tirar onda com suas também amigas feias.
Dizem que o ego de uma feia é ainda maior que o da Luana Piovani. Mais o certo é: Dê uma roupa nova a uma mulher feia e a chance de escolher ao invés de ser escolhida e descobrirá o monstro que existe dentro dela. Prova disto são as participantes do programa “Melhor do Brasil” exibido todas as tardes de sábado na Record e apresentado pelo Rodrigo Faro, no programa existe um quadro chamado o "namoro na TV", e nele as participantes que estão a procura de namorado podem escolher seus pretendentes. Mas a resposta que mais se ouve é: “Não”. É isso mesmo, elas esnobam e ainda debocham dos participantes, como se elas fossem princesas de contos de fadas a espera de um lindo príncipe em um cavalo branco que as levarão para um enorme castelo em um reino encantado.
Espera aí, elas não sabem que na verdades são sapas encantadas por escovas e roupas da produção do programa e que no outro dia voltaram ficar feias? Ainda mais agora que com a lei seca ninguém mais fica como uma feia por engano, somente os corajosos se arriscam as investidas das feias, e aqueles que se aventuram a tal coisa ainda corre o risco tê-la o tempo inteiro no seu pé, como um chiclete grudado em nossos sapatos, só para não deixar passar a oportunidade de estar com alguém.
Enfim... Cuidado quando resolver chamar uma feia pra sair, pois ninguém nunca sabe o que de pior ainda estar por vir.
As Feias - Leonardo Kifer.

sábado, 8 de novembro de 2008

Meu vizinho "Faz Bem"!!!!!!?????



Vizinhos. Acho que todo mundo tem algo pra falar dos seus, de elogios a reclamações (Normalmente ficam as reclamações), mais tenho bons vizinhos, que de tão bons se tornaram até amigos...
Aqui na minha rua tem uma variedade muito grande de "tipos" de vizinhos. Da fofoqueira da rua ao “namorado” da Bruna Lombardi, e é justamente este em particular que irei falar, o “Faz bem”.
O “Faz bem” é o meu vizinho de muro e também o vizinho da frente, uma vez que ele tem uma imóvel em frente a minha casa e é ali que ela passa grande parte de seu dia. Ele se chama Hilton, o “Seu Hilton”, e é conhecido por todos como “Faz Bem”, se ele realmente faz algum bem a alguém eu juro não saber, pois o conheço deste de gurizinho, e a única coisa que ouço sobre ele são reclamações, jamais ouvir dizer algo benéfico que ele tenha feito ao longo de sua vida. Talvez este apelido seja o alter ego dele desejando ser algum tipo de super-herói, mais o certo é que as únicas pessoas que poderiam ter motivo para serem gratas a ele são as cachaceiras que param e recebem cachaças de graça e também as mulheres que fingem que estão dando mole pra ele, só para se beneficiar de algum jeito, seja recebendo dinheiro ou a cachaça (Que é a que tem mais saída).
Mais é preciso aceitar que ele é uma figura que vai ser sempre lembrada na história deste bairro, terá alguém sempre dizendo assim: “Aqui morou o namorado da Bruna Lombardi”. Pois ele passou e continua passando os dias de sua vida cantarolando músicas como “A vida nunca foi tão boa, tão boa quanto é a nossa, cheio de saúde, cheio de dinheiro porque é o que as mulheres mais gostam...” e emenda dizendo “Eu sou feliz porque namoro a Bruna Lombardi”. Se ele namora a Bruna Lombardi acho que ela nunca soube deste tal namoro, e certamente desconhece o tal namorado de 80 anos que ela tem aqui no Rio de Janeiro.
O nosso garanhão da terceira idade é um exímio galanteador, pois dá em cima de todas as mulheres que passa na rua. Não é difícil presenciar um ataque desta “velha águia”, basta aguardar passar um rabo de saia (Das mais lindas as mais feias, e neste caso são as feias o seu alvo principal) para poder assistir esta cena. O fato é que ele depois de ficar viúvo já aprontou várias peripécias e hoje em dia namora uma senhora da rua de cima, que morre de ciúmes deste senhor, carinhosamente chamado por algumas pessoas que conheço de “Velho babão monstruoso”, acho que elas não compreende que até os mais feios também tem seu charme.
Ele é o dono da Brasília marrom cocô (Já citada em um texto aqui mesmo do blogger), que atormenta a vizinhança com o barulho que o motor faz.
Enfim... Vizinhos..."Faz bem"!!!!!????
(Meu vizinho “Faz bem”!? - Leonardo Kifer)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Rodízio...


Hoje fui a um rodízio de pizza para comemorar o aniversário de uma amiga, sai de lá bem assustado com o que vi, não sabia ao certo se estava em um conglomerado de salões de festas, porque a quantidade de parabéns pra você cantada naquele local e a gritaria lá dentro me fazia pensar nesta possibilidade. Fotos para todos os lados, flashes disparados por todas as direções, fazendo com que a gente mastigasse a fatia de pizza sorrindo, para assim não correr o risco de sair mal em uma foto ou outra. Um tal de junta aqui, junta ali não te permitia se manter em um local certo, era quase que uma constante dança das cadeiras, que se acionava quando alguém gritava de longe: “Junta aê!”.
Se não bastasse o transtorno de estar em um ambiente tão barulhento (sim porque as pizzarias tem se tornado quase que uma boate com rodízios, falta apenas uma música muito alta com um DJ tocando ao fundo, muita fumaça e um jogo de luz) as pizzas não ajudavam muito, quando não vinha um único sabor, vinha pizzas frias, aquelas que foram rejeitadas por todos e que o garçom acha que vai finalmente despachá-la te servindo e fazendo tu pensar que acabou de ser feita. Isso sem contar as invenções de sabores, hot dog e hambúrguer com cheddar... Espera aí não era um rodízio de pizza? Porque então estão servindo os lanches das barraquinhas de ruas em pizzarias? Enfim...
Saí de lá com uma ligeira sensação que na próxima vez que for convidado para uma comemoração em uma pizzaria eu irei dizer que estou de dieta, e ligarei pedindo uma pizza. Rodízios nunca mais!!!!
(O Rodízio - Leonardo Kifer)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A empada...



Acordei com uma vontade louca de comer a empadinha que minha mãe trouxe para mim da festa ontem na casa da vizinha. Levantei e fui direto para cozinha, abri a geladeira e lá estava ela, deliciosamente fria e murcha, inteirinha na primeira prateleira da geladeira... Peguei aquela iguaria e antes que pudesse dar a primeira mordida e a admirei, como se estivesse apreciando a última empada de camarão do mundo, mais neste momento escuto adentrar a minha casa uma indesejável visita, sim, Cida, a amiga da minha mãe que devora tudo que vê pela frente... Sem pensar duas vezes devolvi a empada para seu refúgio gelado e fechei rapidamente a geladeira, e fiquei por ali, caso fosse necessário impedir que alguém pudesse atacar a integridade física daquela inocente e suculenta empada.
Mas o destino vez ou outra parece conspirar contra minha pessoa, pois para meu azar a amiga da minha mãe foi sentar-se a mesa da cozinha, e resolveu “filar” o café da manhã, atitude esta que fez com que eu redobrasse minha vigilância e também me colocou na situação de ter que servir a Cida para que ela não levantasse Dalí para nada ou mesmo minha mãe servi-la querendo agradá-la e claro me desagradar, mesmo que sem intenção.
Fiquei por ali quase que toda a manhã, por que para meu completo desespero minha mãe acabou convidando sua amiga para ficar para o almoço, uma vez que a mesma não se levantava da mesa para nada, e logo o almoço já seria servido. Foi ali que tracei um novo plano, minha meta agora era fazer com que a Cida fosse sentar na sala enquanto esperaria pelo almoço, mais precisei logo abandonar esta estratégia, por que não tive sucesso em nenhuma das alternativas tentadas, ela não se levantou disse que ia aproveitar que já estava ali e iria ficar.
A hora do almoço já esta próxima e eu precisava comer minha empada antes que meu pai chegasse para almoçar, porque ele não iria resistir aquela gostosura dentro da geladeira....
Decidi então falar da empada com minha mãe para ver se a Cida iria se manifestar e se eu teria que cometer a insanidade de dividi-la com ela... Mas para meu mais cruel devaneio assim que comentei com minha mãe que iria comer a empada a tal Cida gritou (Isso mesmo, GRITOU) dizendo que queria um pedacinho, e uma segunda voz vinda do corredor emendou dizendo “Também quero!” era minha prima Thuanny, uma máquina de comer, me arrisco aqui a dizer que ela não tem estômago e sim um triturador de pia, destes que os americanos tem em suas casas.
Agora além da Cida eu tinha a Thuanny e lutava contra o tempo para que meu pai não comesse a empada assim que chegasse para o almoço.
Foi quando tomei a decisão de comer em uma única bocada a empada, na frente de todos mesmo, sem me importar com educação oferecendo as visitas um pedacinho, afinal empada é igual a biscoito goiabinha, não se divide!
Peguei a empada na geladeira e quando fui enfiá-la na boca eis que me desequilibro e a deixo cair, mesmo escutando todos dizer, “Bem feito, quem mandou se olho grande”, eu estava disposto a comer os pedaços cair no chão, mais foi quando a grande desgraça se deu, Morfeu entrou correndo e começou a comer a minha tão desejada empada de camarão deliciosamente murcha e fria. O Gato não se importou com a Cida, com a Thuanny, e nem olhou as horas pra ver se meu pai estava chegando, comeu tudo, e nem se deu o trabalho de olhar para mim, como se pudesse oferecer-me um pedaço.
(A Empada - Leonardo Kifer)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Figurante...



Ainda era manhã quando sai de casa para cumprir a minha agenda profissional, eu estava sem carro, logo precisaria me locomover a pé e usar conduções públicas então resolvi usar roupas que pudessem esconder minha identidade, e usei o recurso do óculos escuro... Mãos no bolso, ou melhor, mão no bolso e lá fui eu pelas ruas do Leblon... Sai pela entrada de serviço do prédio, assim evitei possíveis paparazzi logo na saída de casa... Passos rápidos, cabeça baixa, logo já estava na Ataulfo de Paiva, e estava conseguindo sair ileso a qualquer flash destes fotógrafos que só querem que a gente tropece para registrar e estampar depois nossas fotos nas capas dos principais veículos de imprensa que vive de noticiar a vida dos famosos...
O dia estava as mil e uma maravilhas quando resolvi ir almoçar, evitei sentar em um desses restaurantes da Dias Ferreira e optei pelo MC Donald que é menos visado por estes sangue sugas de plantão... Após o almoço fui encontrar alguns amigos, me limitei a certas brincadeiras e me contive nos contatos físicos, com medo de que surja assim um novo “affair”, como é de costume destes jornalistas/fofoqueiros transformar amizades em romances...
Com o horário apertado me despedi dos amigos e fui comprar algumas roupas, pois estamos sempre na mira de consultores de moda que querem aparecer criticando o modo de como nos vestimos, aproveitei o dia e o disfarce para comprar algumas novas peças para meu guarda-roupas, sem que isso vire uma notinha de jornal ou coisa assim....
Terminada as compras fui tomar um suco e aproveitar essa vida como um simples mortal, uma vez que não consigo desfrutar destes simples prazeres com muita freqüência...
Passadinha em casa rápida para deixar as sacolas e apanhar a bicicleta para uma boa e merecida pedalada na orla... Que foi um sucesso total, uma vez que ninguém me reconheceu, nenhum fã me parando pra pedir fotos e autógrafos, uma paz total, um Rio de Janeiro perfeito como há tempos eu não via...
A noite já tinha caído quando voltei despercebido para casa. Já cansado deste anonimato resolvi descer e dar um pulinho em um restaurante da Dias Ferreira, e permitir que os flashes me alcance um pouco.
Escolhi a mesa da frente, aquela que dá pra rua, justamente para ser visto. De repente um enorme alvoroço, muitos fotógrafos, flashes e mais flashes, eu me posicionei na tentativa de sair melhor na foto e quando vejo é a Luana Pirovani quem esta entrando, ninguém me notou, nenhum fotógrafo registrou minha noite naquele badalado restaurante, era como se eu fosse um mero mortal, ninguém parecia dar significância a minha participação como elenco de apoio na novela das oito, quatro capítulos com fala e tudo, e ninguém se importou... Voltei pra casa abatido e completamente magoado com esta parte da imprensa que não dá o devido valor aos profissionais.
O Figurante - Leonardo Kifer

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Consumismo...



Hoje eu descobri que vou ser rico, então não perdi tempo, tratei logo de pegar papel e caneta e comecei a anotar os itens de prioridade, também aproveitei para fazer a lista dos futuros empregados e desde já destinar cargos específicos para cada um, assim como o salário já pensado antes mesmo da contratação. Feito isso escolhi um enorme terreno para assim poder construir uma belíssima propriedade, uma vez que a planta da mesma havia sido desenhada antes mesmo de saber que serei rico.
Depois de estudar alguns projetos paisagísticos que vi na internet optei por mesclar o trabalho de alguns, assim é possível ter uma variedade grande de espécies nos jardins de minha futura casa, residência essa que já posso comemorar até uma pequena economia, uma vez que depois de muitas pesquisas pude resolver em aproveitar partes do terreno que dá para um morro, assim economizarei tempo e dinheiro deixando de contratar uma empresa para deixar o terreno plano. Acho que consegui diminuir os custos totais da obra da casa para pouco mais de 1 milhão e meio de reais.
Deixando os projetos de moradia de lado, eu já planejei as viagens para o próximo ano, pensei em começar pela Europa, ficando por 6 meses (tempo que julguei necessário para conhecer mais a fundo os lugares por onde passarei), depois América do Norte (Passando rápido pelos Estados Unidos e aproveitando mais o tempo no Canadá) e depois visitar a Austrália e a Nova Zelândia, deixo para conhecer a Ásia no próximo ano, até mesmo para não gastar muito dinheiro.
Fico pensando em estar deixando algo fora da minha lista... Não sei o que é... Anotei a Ferrari, o Iate em frente nossa mansão em Angra... Algo me diz que esqueci de anotar alguma outra prioridade... Até os convidados para a inauguração da minha boate eu já foram selecionados... Hummmmmm... Não sei o que faltou. Enfim... Bem vou voltar ao trabalho porque a hora do almoço acabou...
(O consumista - Leonardo Kifer)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A Dieta...



De verdade, eu juro que amanhã começo minha dieta, afinal de contas nada melhor do que uma segunda-feira para se começar uma dieta... Tudo bem, eu sei que toda segunda eu estou iniciando uma dieta, mais desta vez será sério... Ta bom, eu sei que das outras vezes também era sério, mais desta não passa.
É assim que vou lutando arduamente com meu peso, uma dieta ali, um hambúrguer aqui, uma coca-cola acolá e assim os quilinhos indesejáveis vão dando espaço a novos quilinhos indesejáveis, montando assim uma comunidade de gorduras que eu não precisava ter... O pior não é a barriguinha, essa eu lido bem com ela, umas corridinhas pelo bairro logo da conta da famosa “pochete” que carregamos debaixo da blusa, o grande inimigo são é a maldita gordura localizada, que se localiza quase no corpo toda e vem pra ficar, é como visita de sogra que chega para passar uns dias e anos depois e você que sai de casa, já no caso da gordura localizada ela é sua e não te abandona jamais.
Em alguns casos podemos dizer que algumas pessoas tem dois quadris, uma vez que o lugar predileto das tais gorduras localizadas é na cintura, transformando o que antes era um violão em um piano de calda longo, com raras exceções para os pianos verticais, que são aquelas gordinhas sem bunda.
O fato é que eu darei fim a minha preguiça e começarei de uma vez por todas a minha tão esperada dieta, antes que eu apresente algum tipo de talk show e fique espalhando beijos do gordo nas madrugadas à fora. É amanhã, segunda-feira, sem falta.
A Dieta - Leonardo Kifer

domingo, 2 de novembro de 2008

Novamente temos as manhãs de domingo...



Acho que nem lembrava quando foi a última vez que torci tanto em uma corrida de fórmula, talvez tenha sido no dia em que a torcida pela vitória se transformou na torcida pela vida de Senna que infelizmente não conseguiu resistir a uma batida a mais 300 km/h na curva Tamburello no autódromo de Imola.
Desde as manhãs de domingo perderam a importância que tinha, não tinha mais motivos para acordar cedo e liga a TV para assistir as corridas, não tínhamos mais o nosso herói, a fórmula 1 deixava de ser verde amarela e começa a ganhar as cores de outras bandeiras que não era a nossa. Tempos depois o Brasil ensaia novamente as alegrias de ter a nossa bandeira hasteada ao sono do hino nacional, mais tudo isso em vão, deixamos de ser patriotas para torcer pelo alemão Michael Schumacher porque torcer para o Rubinho Barrichello de nada adiantava, pois era certo que ele teria problemas com o motor de seu carro ou qualquer outra coisa que o impedia de finalizar a corrida, estávamos sem um representante, sem ninguém que pudesse mostrar ao mundo que somos campeões...
Hoje na final do campeonato mundial de fórmula 1 um brasileiro novamente mostrou ao mundo que o Brasil é sim um país de campeões não só no futebol, mas também no automobilismo. É bem certo que o Felipe Massa já corria quando o Barrichello enguiçava seu carro (É preciso lembrar que foi o próprio Felipe quem sucedeu o posto que o Barrichello ocupava na Ferrari, assim como interessante frisar que o Felipe começou a temporada como segundo piloto), mas Massa certamente soube aproveitar muito melhor as oportunidades que teve na escuderia Italiana.
Infelizmente hoje não ganhamos o título mundial, por um único ponto, mesmo tendo ganhado a corrida. O título foi perdido faltando apenas duas curvas para linha de chegada (Hamilton ultrapassou o 5º colocado, posição mínima que precisava para vencer). Muitos campeonatos virão, agora o mundo sabe que existe um brasileiro disputando o prêmio, e nós brasileiros sabemos que temos nossas manhãs de domingo de novo, com emoção, alegria o som do nosso hino junto a bandeira brasileira.
Um novo Ayrton Senna jamais, mas agora temos Felipe Massa que também é do Brasil...
Fórmula 1 - Leonardo Kifer.

sábado, 1 de novembro de 2008

A fofoqueira...



Quer saber quando tu vira a vítima da tua vizinha fofoqueira? Basta passar por ela e ela te virar a cara. Essa tarde eu descobri que virei um dos muitos alvos da fofoqueira da rua, pois ela me ignorou ao passar por mim...
Tudo bem que se tornar o assunto para a tal senhora não é tão difícil assim, pois ela é capaz de colocar até cabelo em ovos...
Até hoje a única pessoa que ainda não sofreu com os fuxicos maldosos da repórter de vizinhos foi a sua filha, que conseguiu sair ilesa da língua afiada da mãe, que não perde um único buxixo, e é capaz de saber com antecedência sobre episódios que acontecem em outras cidades, pois suas fontes a mantém informada hora à hora. Me arrisco a dizer que ela dorme em pé e de olhos abertos no portão da sua casa. Enfim...
O que se sabe que ela cativa hábitos diários, como passear com os cachorros de duas em duas horas, para poder saber o que se passa na rua de cima, uma vez que ela não tem visibilidade de sua casa...
Ainda espero ansioso pelo dia em que ela fará o almoço no portão de sua casa, para lhe poupar esforços de ficar o tempo inteiro correndo de lá para cá...
Bem, vou ficar atento as novidades recentes sobre minha pessoa, porque é bem certo que terei novas coisas para contar de mim em breve...


(A fofoqueira - Leonardo Kifer)