quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Não ser...

O que sou?
De fato eu não sei responder.
Não sou um ser estático,
Vou além da tradução da palavra “ser”.

Um mutante,
De asas alongadas,
Que não voa além dos sonhos,
E que vive na constante e fria solidão.

Uma água que passa pelo rio,
Na terra seca,
Respingada de chuva,
Na tempestade de contradições.

Um leste e oeste,
Cortado pelo norte e sul,
Um aventureiro,
Que nunca foi a lugar algum.

O vento parado,
Nas horas passadas,
Do dia que não chegou.

Um olhar atento,
Vivendo o despercebido,
No inconstante destino,
De que não vive em uma prisão.

Sou um “não ser”,
Formado por um amontoado de “acaso”,
Entrelaçado por passado e presente,
Uma linha continua,
Sem uma data certa de duração.

(Ser – Leonardo Kifer)

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