terça-feira, 8 de junho de 2010

Complico e descomplico...

Às vezes me pergunto o porquê de nem sempre acordar feliz, de não me sentir motivado a fazer as coisas que preciso fazer, de me olhar e me enxergar mais sem graça do que a última vez que olhei e de desejar continuar a sonhar. Não existem respostas as perguntas que jogo ao vento, talvez pela forma como as jogo, pode ser que ele se sinta agredido por mim.

Abro a janela à noite, e o vento já não parece mais querer entrar, está frio, muito frio... À medida que o sono não vem minha ansiedade almeja por conforto, parece perdida no escuro quarto solto ao relento da penumbra.

Ainda não é sexta-feira e preciso sair para dançar, ver todos que não me suportam e rir com os que fingem gostar. É a rima da falsa felicidade, da que me acompanha fielmente, e não me deixa sofrer, é mais que desejo de querer mudar de vida, é saber que as coisas estão indo no caminho errado e eu louco para deixar tudo passar, e aproveitar para desaparecer.

Água de chuva não cai no meu quarto, não irei fechar a janela, também não farei perguntas, ficarei sem elas... Finalmente é o sono que chega, na madrugada gélida. Não é canto de ave, apenas o som da romaria vindo da rua deserta.

Amor que tenho, anda sozinho... Constantemente me faz chorar. Minto, não o tenho. Escondo que amo para acreditar que deixei de sofrer; É infâmia dos olhos alheios que me querem ver partir, é amargura ficar e não realizar, é mistério da minha amada Maria, que já não me tens em seus braços largos para simplesmente me abraçar.

(Não faz sentido... Leonardo Kifer)

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