quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aconte às vezes...

Um dia tu acordas e se pergunta: Cadê aquele amor avassalador que tanto me fez sofrer? Sim, o amor de uma hora para outra se transforma, em que? Ele deixa de ser inquietante, arrebatador e simplesmente deixa de incomodar (para mim estar amando é sentir um constante incomodo no peito, e NÃO estou dizendo que isso é ruim).

A gente ama tanto alguém a quem desejamos mais do que qualquer outra coisa, que quando deixamos de amar sentimos um vazio enorme, e fingimos ou achamos que ainda continuamos a nutrir o mesmo sentimento só para não nos sentirmos desamparados por não ter a quem amar, e daí vamos constantemente tapando buracos com novos “amores” que não duram mais que dois ou três meses. Por fim voltamos a dizer que tudo isso é por que não esquecemos “o fulano de tal” a quem amamos.

Talvez eu esteja apenas sendo mais uma vez incoerente, e por isso eu vá cometer um outro erro em minha vida, mas certamente estou livre para viver uma nova história (não falarei sobre minha vida pessoal, então já posso estar vivendo algo – suposições), e sinto que apenas tenho a necessidade de não afastar para sempre um sentimento que pode ainda existir.

É tudo complicado, eu mesmo estou confuso, mas me sinto tão livre, que me sufoco diante a tamanha ausência de impedimentos. A felicidade nunca me foi dada com tanta facilidade, o medo tornou-se uma inconstante e a distância meu maior desejo.

Um novo Leonardo partiu de mim, quando eu sequer tinha tempo para reconhecer quem eu acabara de me transformar, uma incógnita se fez presente e cortou como faz uma lâmina afiada as incertezas que eu outrora carregava.

E vou em frente, amando ou não, e me deixando viver, seja aonde eu for, e que o vento me leve para onde precisar me levar.

Um comentário:

  1. Nossa... Senti cada palavra.
    Tenho me permitido viver também não me importando se é bom ou ruim, se eu iriei sofrer ou não.

    Bom texto. Você escreve muito bem.

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