domingo, 25 de abril de 2010

Espelho.

Passei tanto tempo da minha vida sendo uma pessoa que não sou, contida em “razões” e premissas que de uma hora para outra percebo vazia e quase que sem valor algum... Por muitas vezes engoli a vontade de chorar pelo simples fato de que cresci ouvindo que homens não choram, ou mesmo, fui cruel com alguém a quem queria somente abraçar e ser gentil... Quase sempre agi para ser quem sou, e não sendo realmente o que sou. E essa é mais uma de minhas verdades: “Não sou um bom menino... Já não sou mais menino, sou apenas um homem, que não sabe como lidar com a vida tão bem quanto queria saber. Sou e estou perdido!”.

Engraçado sentir ciúmes e demonstrar... Não lembrava quando havia sido a última vez que eu tinha realmente tomado uma atitude partida tão sincera de mim, sem me importar de estar me passando por ridículo, de ser julgado pelos outros, de bancar o idiota ou qualquer outra coisa... Apenas fiz. E por mais errado que tenha sido, eu nunca estive tão à vontade comigo mesmo, leve por ter agido em resposta ao que senti.

É ruim se sentir vulnerável perto de alguém e não poder fazer nada para mudar... Estar de mãos atadas apenas sentindo uma louca e incontrolável vontade de estar ao lado, abraçar e compartilhar momentos comuns... No entanto é quase impossível desejar a lua imaginando que o sol não irá iluminá-la por todas as noites...

É estranho não saber escrever sobre si, ainda mais quando se acaba de ser você mesmo.

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