sábado, 10 de abril de 2010

Eu quero!

Sábado à noite, e eu deitado, como strudel e assistindo filme, sem vontade alguma de estar em boates ou bares com meus amigos. Depressão? Não. Definitivamente não. Apenas vontade de estar só quando não posso estar ao lado de quem eu realmente queria estar. Proibido? Talvez... Mas não de nossas partes (mas deixem isso quieto).

Muito bom quando a chuva dá um tempo e fica esse clima de outono gostoso e sutil, indefinido, sem sol ou chuva, sem calor ou frio... Somente uma agradável sensação de bem-estar.

O sábado começou de forma sutil, e se desenrolou inconstante, entretanto prazeroso demais para deixar que as intempéries atrapalhassem a felicidade que estou sentindo, talvez resultado de uma sexta-feira tão enigmática e significante.

Dar um passo a mais com consciência e tranqüilidade é andar duas casas para o encontro de algo possível. Eu joguei os dados, andei o número de casas que eles me permitiram avançarem e recuei uma por cautela, ainda que minha vontade fosse estar três à frente.

Poema para o fim do dia:

Eu escuto pássaros cantar, mas ainda não escuto sinos.
Vejo estrelas cadentes, mas esqueço de fazer pedidos.
Olho dentro dos seus olhos, e ainda me esquivo.
Passo o dia me lembrando de você, e do quão doce é o seu sorriso.

É tudo tão novo, que me assusta enquanto me intrigo.
É diferente de tudo que já senti, mesmo sem saber o que sinto.
Tudo é tão errado, é tão proibido.
Mas a vontade ultrapassa a razão, e eu me permito.

Linhas tortas, sentimento perdido.
Estou tão confuso, estou sorrindo.
É coragem de dizer que também quero.
É querer ouvir além dos pássaros, os sinos.

(Jogo de casas – Leonardo Kifer)

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