sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Escolhas e arrependimentos.

Escolhas estarão sempre em nosso caminho, e hoje sem ao menos perceber eu estava fazendo a minha.
O medo de errar é o meu companheiro destas horas. A presença do medo é tão significante para mim que se faltar o medo na hora de eu ter que decidir é sinal de que algo não esta caminhando bem. Ter segurança é muito bom, e pode acreditar sou bem seguro de minhas escolhas, pois apesar de estar sempre acompanhado do medo não é ele quem me move na hora de escolher. Talvez este receio na hora de me decidir sobre algo seja apenas o meu orgulho temendo ser ferido por uma decisão errada. Porque admitir o arrependimento é algo que poucos fazem.
Lidar com meu orgulho e meu ego tem sido uma experiência boa, tenho aprendido muito desde que comecei a olhar pra mim como um individuo que “não é ninguém”, que não se define “ser”, nem “estar”. Um constante-inconstante, um devir cheio de possibilidades, em eterna rotação dos meus muitos “eus”.
Talvez um dia consigamos ver finalmente o arrependimento como uma vivência válida, e entenderemos que não precisamos nos arrepender das escolhas não sucedidas que fazemos ao longo da vida, pois elas são apenas ações como tantas outras que já fizemos e continuaremos fazer em vida. E nesse dia enxergaremos o arrependimento de um outro jeito, e poderemos dizer que se arrepender é tentar viver de novo o que já passou. E que se outrora agimos de uma forma que hoje enxergamos como errada, podemos consertar no presente com atitudes. E fazer o novo é continuar a viver.

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