quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Poemas soltos.

Então, estou deixando um poema que escrevi há algum tempo atrás e junto o mesmo poema mais reescrito hoje.

Estou só, Comigo somente um lápis e um papel, E toda uma vida para rabiscar...
Traçando linhas tortas começo a falar de mim, E acabo me perdendo em você.
Não percebi antes, Mas acabamos virando um só...
Vou rabiscando frases onde não começo mais com "Eu sou”, E sim com "quem eu fui".
É impossível fugir da cobrança desta resposta, Eu era "um" antes de você, E hoje me tornei apenas o que você quer que eu seja...
Já estou na metade da folha, E começo a perder minhas idéias, Apago e reescrevo momentos que não consigo entender, E por fim, evito coloca-los em meus rascunhos...
Contradigo-me a cada parágrafo quando falo de mim e não cito você... Paro em um determinado momento e me pergunto o q escrevi.
Releio cada linha, Analiso cada palavra, Observo cada desenho que me fez formar as letras desta carta, E percebo, Me percebo, só... Sem você...
E pra encerrar escrevo, Eu sou eu, sem você!
(Pra tentar escrever - Leonardo Kifer)


Estou só,
E novamente tenho comigo somente um lápis e um papel,
E a certeza de uma vida inteira para rabiscar. Traçando linhas tortas começo a falar de mim,
E não me perco mais em ninguém.
Demorei pra perceber,
Mais eu posso ser livre.
E posso rabiscar frases onde começo falar como eu sou,
E entender que posso em determinado momento não me conhecer, mais jamais deixar de ser.
E não me cobro mais por uma resposta de quem sou.
Porque posso sou muitas possibilidades de mim,
Onde só ajo a partir de minhas vontades, mesmo em resposta a qualquer pessoa.
E agora que estou na metade da folha,
Vejo o quanto ainda tenho a criar,
Percebo que muitas coisas que vivi não precisam ser entendidas,
Mais jamais posso deixar de colocar nos rascunhos de minhas histórias.
Hoje meus parágrafos já não têm você escondidos em linhas.
Já não te cito mais em minhas memórias.
E se preciso reler algo que escrevi,
Só analiso as concordâncias,
Nenhum desenho ou alguns desenhos.
E me percebo,
Só,
Entre meus muito “eus”.
E encerrando escreveria
Que sou feliz.

(Para tentar escrever hoje – Leonardo Kifer)

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