sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Um poema do Maneco...rs.

Desencanto
Eu faço versos como quem choraDe desalento... de desencanto...Fecha o meu livro, se por agoraNão tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...Tristeza esparsa... remorso vão...Dói-me nas veias. Amargo e quente,Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia roucaAssim dos lábios a vida corre,Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
(Manuel Bandeira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário