sábado, 23 de agosto de 2008

O sábado, a chuva, o gato e a saudade.


O sábado parece ter trazido com sigo a chuva, e esta por sua vez trouxe junto um sentimento “gostoso” de saudade.
Enquanto escrevo observo o meu gato, o Morfeu, dormindo aos pés da jabuticabeira e parecendo não se importar com a garoa que cai lá fora. Talvez a chuva não desperte nenhum sentimento nele que parece dormir o mais tranqüilo dos sonhos, e só o barulho de um bando de pássaros parece fazer com que ele acorde, mais é passado os pássaros ele volta a o dormir sem perceber a chuva que cai sobre seu lindo pelo branco.
Eu já não consigo deixar de perceber a chuva mesmo de longe parece que ela tem um efeito sobre minhas lembranças e faz nostálgico de alguns momentos que vivi.
E inexplicavelmente consigo ouvir uma voz que há muito me foi familiar, uma voz tão calma que me prendia por horas, tamanha era sua magia em conseguir minha audiência. E ainda sem explicar eu consigo sentir um cheiro que era tão e agora parece vir com a chuva. E assim vou conseguindo aos poucos neste grande mosaico que vai surgindo em meio a tantas lembranças lembrar do teu rosto, da suavidade da tua pele, do seu beijo e de tudo mais que por tempos me fizeram feliz.
Tudo que sinto, toda essa saudade faz parte de um passado que jamais se fará presente. São lembranças boas, mas que hoje já não me convém as revive-las. Desde que tudo acabou eu já construí novos passados, vivi novos romances, e não é justo com o presente que tranço com o meu atual passado que eu tenha saudades de quem hoje não faz parte do meu passado-presente recente.
Saudade não se controla eu sei. Mais posso transformá-las apenas em histórias, em minhas histórias de muitas vidas que vivi.
Agora que termino de escrever olha pra janela de novo, e vejo que o Morfeu ainda dorme sobre a garoa (Agora ainda mais fina) que cai.

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