quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Chuva... de verão.

Ainda não tinha aberto os olhos quando me ouvi a suave música vinda da janela aberta do meu quarto. Demorei alguns segundos para perceber que a melodia quase silenciosa era nada mais nada menos que a chuva que caia fina sobre o gramado verde lá fora. Abrir os olhos não foi tarefa fácil, afinal meu corpo parece entender a chuva como um tempo a mais para descanso.

Meu pai não estava bem, já estava acordado e queixava-se de não ter dormido a noite. No fundo eu sei que tudo isso é a doença que continua a atacá-lo, e parece se desenvolver com mais velocidade do que antes. Assusta-me olhá-lo e pensar que a guerra contra essa maldita doença ainda não chegou ao fim.

E eu que acordara a pouco, estava triste, mal começava o dia e eu sequer tinha vontade de prossegui, e por mais preocupado que eu estava o que me angustiava e continua me apertando a alma não é o estado de saúde do meu pai, que apesar de preocupante ainda sim é estável, mas sim como irá se conduzir a cirurgia da minha tia, que neste momento esta na sala de operação.

Câncer, a doença que assusta a mesma que levou minha avó, que roubou a vida de pessoas que eu gostava... E agora de novo nos unimos para enfrentar esta mesma doença que fez com que o profundo corte que se abriu após a perda da minha avó doa sempre que a saudade bate.

O bom foi ter a companhia da “namorada”, que nem sei mais a este ponto como chamá-la, mas que me trouxe um pouco mais de tranqüilidade e acalmou a ansiedade que já me tomava por completo.

A chuva ainda cai lá fora, e parece que a tarde está triste, como se sensibilizasse com tudo que está acontecendo, e esperasse aflita por boas noticiais de como minha tia reagiu após a cirurgia.

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