quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ele...


Eu sei, em todos os anos que estamos juntos eu só me recordo ter dito eu te amo pra ti uma única vez. Mas, de verdade... Eu não me recordo quando foi à última vez que lhe ouvir dizer isso para mim. Mesmo assim eu acredito fielmente no teu amor, mesmo que ele não seja declarado.
E quantas vezes brigamos? Eu não saberia dizer ao certo, afinal foram várias... E em todas elas eu sequer consegui te odiar, e todos os rompantes de fúria que gritei dizendo que te odiava, foram apenas rompantes de um menino mimado. Afinal de como poderia odiar alguém que faz parte da minha vida, uma pessoa que me ensinou muito do que sabe, e pouco quis ouvir as que eu aprendi sozinho... Talvez não as tivesse julgado importantes. Quem sabe realmente não eram.
Eu te vi envelhecer a medida que tu me via crescer. Trocamos dentes de leites por fios de cabelos brancos, risos por brincadeiras e mimos, pirraça por palmadas... Um pacto sem palavras, um acordo que surgiu antes mesmo que eu pudesse aprender a falar...
Eu não lembro da minha vida antes de você ali... Certamente não existe uma vida minha sem você.
Você que tem regras irritantes, um jeito sério. Uma pessoa de poucas palavras, um pai... Com todos seus defeitos e manias... Meu pai.
Acho que preciso dizer mais vezes o quanto te amo...

(Pai – Leonardo Kifer)

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