segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O varal...



Engraçado, quando perdemos alguém que amamos muito pensamos que com o tempo iremos conseguir superar a perda e a saudade aos poucos diminuirá. Talvez eu esteja precisando um pouco mais de tempo para deixar de sentir falta dos carinhos e broncas da minha avó que partiu sem dizer adeus, e deixou um vazio grande na vida de todos que puderam conviver com ela...
Hoje eu vi o varal da “casa da minha avó” (Não consigo me referir aquela casa como não sendo dela) com algumas peças de roupas penduradas, e chovia fino lá fora. E olhando aquela roupa eu pensei como minha avó poderia ter estendido roupa na chuva, se ela sabia que não iria secar... É realmente eu havia esquecido que ela jamais faria tal coisa. E o que parecia chuva escorrendo pelo meu rosto era apenas saudade que o tempo não apaga e vez ou outra transforma em lágrimas.

(Saudades da minha avó – Leonardo Kifer);

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